Em um campo de
treinamento, os terroristas juntaram 120 meninos e deram a eles espadas e
bonecas, para que cortassem a cabeça do brinquedo, numa simulação de
decapitação, segundo relatos de refugiados de áreas dominadas pelo Estado
Islâmico.
De acordo com
informações da Associated Press, todos os meninos assistiram a vídeos de
decapitações. Um dos meninos do grupo, capturado de sua família (minoria
iraquiana yázidi) e obrigado a se submeter ao treinamento, revelou que não
estava conseguindo cortar a cabeça da boneca, mesmo após vários golpes: “Depois
eles me ensinaram como segurar a espada, e me explicaram como golpear. Disseram
que era a cabeça de um infiel”, disse.
O relato do
garoto só foi possível porque ele fugiu do campo de treinamento e se escondeu
em um local não revelado pela agência, no norte do Iraque.
Quando a
região foi tomada pelos terroristas do Estado Islâmico, os homens adultos da
minoria yazidi foram massacrados, meninas e mulheres foram feitas escravas
sexuais e os meninos, capturados para serem reeducados e formados como
combatentes extremistas.
Moradores
que fugiram da Síria e Iraque contam que o Estado Islâmico está recrutando
adolescentes e crianças, usando presentes, ameaças e lavagem cerebral, em um
esforço para formar um novo exército, capaz de enfrentar a guerra contra o
ocidente por anos e manter aperseguição a cristãos em todo o mundo.
Na última
semana, os terroristas mostraram um vídeo de um menino decapitando um soldado
sírio, sob o olhar de um extremista experiente. Em junho, o Estado Islâmico já
havia mostrado um vídeo onde 25 crianças executaram com tiros na cabeça, sem
hesitação, 25 soldados sírios que haviam sido capturados.
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