O 128º
levantamento realizado pela entidade mostrou que a avaliação negativa de Dilma
subiu de 64,8%, em março, para 70,9% este mês. A pesquisa ouviu 2.002 pessoas,
em 137 municípios, entre os dias 12 e 16 de julho.
Os seguidos
escândalos de corrupção, a crise econômica – que havia sido negada pela
presidente durante as eleições de 2014 – e o ajuste fiscal pesam contra Dilma.
“A conclusão final da pesquisa mostra uma elevação do pessimismo do brasileiro
em consequência da alta do custo de vida, do aumento da inflação, do crescimento
do desemprego e da forte percepção sobre a corrupção e a incapacidade do
governo em resolvê-la”, disse Clésio Andrade, presidente da CNT.
O cenário de
Dilma Rousseff é o pior em 16 anos, superando a avaliação negativa de Fernando
Henrique Cardoso (PSDB) em 1999, no auge de uma crise econômica mundial, quando
o então presidente tinha apenas 8% de avaliação positiva.
Eleições e impeachment
O levantamento colheu também as intenções de voto
dos brasileiros para as eleições de 2018, caso não aconteça um impeachment ou
a cassação do mandato de Dilma Rousseff pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
por abuso de poder econômico e político durante a campanha do ano passado.
De acordo com informações da Agência Brasil, se a
disputa fosse hoje, Aécio Neves (PSDB) venceria com 35,1% dos votos, contra
22,8% de Lula (PT) e 15,6% de Marina Silva (Rede). Em um eventual segundo
turno, Aécio teria 49,6% dos votos, contra 28,5% de Lula.
Em um cenário alternativo, que o candidato do PSDB
fosse o governador paulista Geraldo Alckmin, ele também venceria Lula num
hipotético segundo turno, com 39,9% dos votos, contra 32,3% do ex-presidente.
44,8% dos entrevistados disseram
acreditar que se Aécio Neves tivesse vencido as últimas eleições, o governo
estaria melhor que o de Dilma.
O
número de pessoas favoráveis à remoção de Dilma do cargo através de um processo
deimpeachment subiu de 59,7% para 62,8%. Os motivos
apontados como principais são as “pedaladas” fiscais, (25%), a corrupção na
Petrobras (14,2%) e uso de dinheiro de corrupção na campanha (14,2%). 44,6%
apontaram todos os três motivos como justificativa.
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