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O objetivo é obstruir os trabalhos, chamar a atenção, impedir que ele se sinta
confortável nessa posição dele. Nós estamos dizendo claramente: ‘Você não vai
ficar aí, você vai ter que renunciar! – afirmou ao G1 o estudante de Ciência
Política da UnB, Marcelo Caetano, 23 anos.
Como
forma de impedir a obstrução por parte dos manifestantes à audiência sobre a
contaminação do solo por chumbo em Santo Amaro da Purificação (BA), que foi
presidida por Feliciano nessa quarta-feira (27), teve a entrada restrita a parlamentares,
aos debatedores e à imprensa. Em resposta, manifestantes se concentraram perto
do corredor que dá acesso ao gabinete do parlamentar numa tentativa de
protestar em frente à sala, localizada no anexo 4 da Câmara dos Deputados.
Para
impedir o tumulto, seguranças tiveram de barrar o acesso dos manifestantes, e
chegaram a entrar em confronto com alguns dos opositores de Feliciano. E para
evitar a invasão do gabinete de Feliciano funcionários tiveram de trancar a
porta e deixar o local.
Por
causa do tumulto, dois manifestantes acabaram detidos pela Polícia Legislativa.
Um dos detidos foi o biólogo Marcelo Régis Pereira, que foi levado pela
segurança porque chamou Feliciano de “racista”.
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Estou meramente como cidadão manifestando a minha indignação com relação à
violação dos direitos humanos. Eu não imagino que eu tenha tido nenhum excesso,
apenas me manifestei, pedi que o palestrante se retirasse da mesa e nos
apoiasse na luta contra o racismo – se defendeu Pereira que, segundo o G1,
afirmou que continuará a fazer manifestações pela saída de Feliciano.
A
Polícia Legislativa deteve também o servidor público Allysson Rodrigues Prata,
que tentava invadir o gabinete do deputado quando foi impedido pelos agentes.
Depois de liberado, o jovem declarou ter sido vítima de abuso por parte dos
agentes, e alegou ter sido agredido.
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Um dos seguranças apertou meu braço para que eu soltasse o gravador que eu
estava carregando. Me machucou. Além disso, ele me trouxe para a delegacia
andando pela pista, na rua, de uma forma violenta, como se eu fosse um bandido
– afirmou.
A
Polícia Legislativa da Câmara informou que vai investigar se houve abusos por
parte dos agentes de segurança e dos manifestantes.
Feliciano
comentou os protestos afirmando que precisa ser “respeitado” como “todo ser
humano”, e explicou que precisou impedir a presença de manifestantes para
viabilizar a realização da audiência pública sobre contaminação de chumbo,
prevista na pauta da comissão.
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Conseguimos vencer uma barreira e mostramos que democracia é isso e, às vezes é
preciso tomar medidas, não medidas austeras, mas à luz do regimento interno. Um
parlamentar precisa ser respeitado, como todo ser humano precisa ser respeitado
– declarou o deputado, que disse ainda que as vítimas de chumbo na Bahia já
teriam os pleitos atendidos se tivessem conseguido um grupo para “gritar pelos
corredores”, em alusão aos manifestantes que gritavam nos corredores palavras
de ordem contra ele.
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Talvez se tivessem conseguido um grupo de 20, desses que estão contaminados, e
tivesse um grupo por detrás, gritando pelos corredores dessa casa, talvez já
tivessem sido atendidas. Mas vocês não têm vez e não tem voz. Para isso existe
a comissão de Comissão de Direitos humanos – ressaltou o deputado.
Fonte: Gospel+
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