
O pastor Renato Vargens publicou um
artigo manifestando seu repúdio ao uso da igreja como palanque político, e
colocando em xeque a orientação que muitos pastores repassam a seus fiéis, de
que cristão deve votar em cristão: “Creio que o voto é intransferível e
inegociável. Acredito que nenhum cristão deve se sentir obrigado a votar em um
candidato pelo simples fato de ele se confessar cristão evangélico. Antes
disso, os evangélicos devem discernir se os candidatos ditos cristãos são
pessoas lúcidas e comprometidos com as causas de justiça e da verdade”,
observou Vargens.
Renato Vargens ainda afirma em seu artigo que o
cristão deve se acostumar a construir sua opinião pessoal sobre o assunto,
mesmo que isso o leve a uma rota de colisão com seus líderes: “Creio que nenhum
eleitor evangélico deve se sentir culpado por ter opinião política diferente da
de seu pastor ou líder espiritual. O pastor deve ser obedecido em tudo aquilo
que ensina sobre a Palavra de Deus, de acordo com ela. No entanto, no âmbito
político-partidário, a opinião do pastor deve ser ouvida apenas como a palavra
de um cidadão, e não como uma profecia divina”, opinou o pastor da Igreja
Cristã da Aliança, em Niterói.
Ressaltando a importância do exercício da
cidadania, Vargens diz que a opção política transita na área do livre-arbítrio:
“Na perspectiva da ética, dia de eleição é dia de exercermos livremente as
nossas opções políticas e ideológicas, ninguém, absolutamente ninguém tem o
direito de manipular, impor ou decidir por você em quem votar. O voto é pessoal
e intransferível e somente você tem o direito de escolher em quem votar, ainda
que isso represente não votar no candidato do seu pastor”.
Fonte: Gospel+
Nenhum comentário:
Postar um comentário