A lei que
possibilitou a fundação da Primeira Igreja do Cannabis surgiu de um embate
entre evangélicos e ativistas gays. O governador de Indiana, Mike Pence
(Partido Republicano), sancionou a Lei da Restauração da Liberdade Religiosa,
garantindo o direito de cristãos pregarem que a homossexualidade é pecado sem
que sofressem processos de entidades LGBT.
Como a lei
abrange todas as religiões e garante a elas o direito de exercer suas crenças,
a Secretaria de Estado de Indiana se viu obrigada a reconhecer a denominação
fundada por Bill Levin, um usuário de maconha que acredita que a erva oferece
acesso a um astral diferente.
Segundo Levin,
a religião da maconha é baseada em “amor e compreensão com compaixão por todos”
e tem na erva seu “sacramento”.
De acordo com
informações da revista Época, assim que a Lei da Restauração da Liberdade
Religiosa foi assinada, no último dia 26 de maio, a Igreja da Cannabis começou
a se organizar. Levin, autointitulado “ministro do Amor”, divulgou os 12
mandamentos da religião da maconha em sua página no Facebook, que tem mais de
30 mil seguidores.
“Ria mais,
compartilhe humor”, “Não seja um troll na internet” e “Gaste pelo menos dez
minutos por dia contemplando a vida em um espaço silencioso” são alguns dos
mandamentos da nova religião. Como a maconha não pode ser comprada ou vendida
em Indiana, devido a uma lei estadual, Levin sugere aos fiéis que plantem,
cultivem e doem a erva.
Até o dia 01 de junho, a Primeira
Igreja do Cannabis já havia arrecadado US$ 10,8 mil em ofertas, feitas por 634
fiéis diferentes. Já que a denominação tem isenção fiscal, ideia é usar o
dinheiro para alugar um espaço onde possam ser realizadas as celebrações dos
fiéis à erva.
A Lei da
Restauração da Liberdade Religiosa rendeu ao governador Pence algumas intrigas
com personalidades de nível internacional, como Tim Cook, presidente da Apple e
homossexual assumido, e o ator e ex-governador da Califórnia, Arnold
Schwarzenegger, que também é membro do Partido Republicano.
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