Estamos disponibilizando pra você todo início de semana, mais um comentário sobre
cada lição da EBD. Assim fazemos, para que os irmãos possam melhor preparar sua
aula. Cada item, tem um comentário, para que o amado leitor entenda melhor os tópicos
da lição. Estudaremos esta semana a lição de nº 13 desse segundo trimestre, que
tem como título: A
RESSURREIÇÃO DE JESUS. Para cada tópico, deixamos o nosso comentário. Fizemos
cuidadosa pesquisa a respeito dessa tão importante lição. Buscamos auxílio e Ainda
recorremos a vários mestres no assunto, para que pudéssemos aplicá-lo para o
seu melhor entendimento. Em caso de dúvidas com relação ao assunto, deixe seu
comentário, a sua dúvida, no final desta postagem, que responderemos com todo
prazer a sua pergunta. Espero que satisfaça a todos e uma boa aula.
INTRODUÇÃO
As Escrituras ensinam que Deus fez o homem à sua
imagem e semelhança (Gn 1.26). Antes da Queda a morte não tinha domínio sobre o
homem. Todavia, como um ser moralmente livre, o homem pecou fazendo com que o
pecado entrasse no mundo e, com ele, a morte. A morte passou então a todos os
homens. Ainda na Antiga Aliança, o Senhor deu vida aos mortos para
revelar o seu poder sobre a morte. E mesmo ainda não estando totalmente
revelada, a doutrina da ressurreição já era crida por santos do Antigo
Testamento (Jó 19.25). Eles anelavam pela redenção do corpo. Jesus se revelou
como o Messias prometido e a sua morte e ressurreição garantiram que a
penalidade do pecado - a morte -, fosse vencida. Em Cristo, o direito de viver
eternamente em um corpo físico tornou-se novamente real.
Comentário
Somente Lucas descreve com precisão médica a agonia de Jesus no
Getsemani - orava mais intensamente – escreve ele. "E seu suor tornou-se como gotas de sangue a
escorrer pela terra". O suar sangue, ou "hematidrose", é
um fenômeno raríssimo. Se produz em condições excepcionais: para provocá-lo é
necessário uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento
causado por uma profunda emoção, por um grande medo. Esta tensão extrema produz
o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas
sudoríparas, o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele, e então
escorre por todo o corpo até a terra. É dispensável comentar aqui a farsa do
processo preparado pelo Sinédrio hebraico e o envio de Jesus a Pilatos, bem
como tudo que se sucedeu até a crucificação. É importante, sim, entender que o
projeto de Jesus se completa na sua morte, sinal de amor até o fim. Mesmo
diante da dor extrema, Jesus não se desvia do desígnio do Reino de Deus. Ele
assume a cruz com liberdade e revela seu amor incondicional por nós. Pelo seu
sangue é selada a nova aliança e são desmascaradas as artimanhas da mentira e
do poder opressor que se opõe ao Reino de Deus. A cruz, que significava
destruição, torna-se reconstrução da condição humana. Mas a cruz não foi o fim.
A fé na ressurreição de Jesus Cristo é o fundamento da mensagem cristã. A fé
cristã estaria morta se lhe fosse retirada a verdade da ressurreição de Cristo.
A ressurreição de Jesus são as primícias de um mundo novo, de uma nova situação
do homem. Ela cria para os homens uma nova dimensão de ser, um novo âmbito da
vida: o estar com Deus. Também significa que Deus manifestou-se verdadeiramente
e que Cristo é o critério no qual o homem pode confiar - “Se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação
é vazia, e vazia também a vossa fé” (1Co 15.14). São duas as
palavras gregas (anastasis e egeiró) que definem o termo ressurreição. Elas
claramente indicam “tornar à vida”, “levantar-se”, “erguer-se”, “despertar”,
“acordar”. Ressurreição é a outorga da vida ao que havia se extinguido fisicamente.
E o ato do levantamento daquilo que havia estado no sepulcro. Várias vezes nos
deparamos com a expressão “ressurreição dos mortos“ (1 Co 15.12,13,21,42), que
se refere a uma ressurreição geral, de justos e ímpios. Porém, quando se refere
aos justos, a expressão no original é restritiva e se traduz por “ressurreição
de entre os mortos”. A expressão “de entre os mortos” quer dizer os mortos
tirados do meio de outros mortos.
I.
A DOUTRINA DA RESSURREIÇÃO
1. No Contexto do Antigo Testamento. O
Antigo Testamento registra três casos de pessoas que ressuscitaram. Os três
casos aconteceram no ministério profético de Elias e Eliseu. Em 1 Reis
17.17-24, Elias ressuscita o filho da viúva de Sarepta; em 2 Reis 4.32-37
encontramos Eliseu ressuscitando o filho da Sunamita. O outro caso está em 2
Reis 13.21 onde um morto torna à vida quando toca os ossos do profeta Eliseu.
Esses fatos demonstram, já na Antiga Aliança, o poder de Deus para dar vida aos
mortos. Abraão, por exemplo, iria sacrificar seu filho Isaque Porque
"considerou que Deus era poderoso para até dos mortos o ressuscitar"
(Hb 11.18).
Comentário
A despeito do que dizem diversos
teólogos acera da crença na ressurreição no Antigo Testamento, é verdade que
não encontramos declarações claras a respeito da ressurreição dos mortos antes
do tempo dos profetas, embora Jesus fosse de parecer que já estava implícita em
Ex 3.6; (confira Mt 22.29-32), e o escritor de Hebreus dá a entender que até
mesmo os patriarcas anelavam à ressurreição dos mortos (confira Hb 11.10,
13-16, 19). O certo é que não faltam provas de que havia uma crença na
ressurreição muito antes do cativeiro. Essa crença está implícita nas passagens
que falam numa libertação do sheol (dependendo
do contexto, significa sepultura, abismo e inferno) (Sl 49.15; 73.24,
25; Pv 23.14). Ela encontra expressão na declaração de Jó 19.25-27. Sobretudo a
vemos ensinada claramente em Is 26.19 (passagem tardia, segundo os críticos), e
em Dn 12.2, e provavelmente está implícita igualmente em Ez 37.1-14. Vários
personagens importantes da história do Antigo Testamento demonstraram sua
confiança e crença na ressurreição. Abraão cria na ressurreição (Gn 22.5, Hb
11.17-19); (Jó 19.25-27); um dos filhos de Coré, cantor, salmodiava sobre a
ressurreição (Sl 49.15); o profeta Isaías cria e profetizava sobre a
ressurreição (Is 26.19); Daniel, profeta e estadista, declarou sua crença na
ressurreição (Dn 12.2,3); e Oséias, um profeta destacado em Israel, fez o mesmo
(Os 13.14) Leia sobre as diferentes teses em
http://igrejapresbiterianareformada.blogspot.com.br/2012/10/prova-biblica-da-ressurreicao-no-velho.html.
2. No contexto do Novo Testamento. Com o
advento da Nova Aliança a doutrina da ressurreição é demonstrada em sua
plenitude (2 Tm 1.10). O Novo Testamento registra vários casos de pessoas
sendo ressuscitadas. Algumas foram ressurreições efetuadas pelo Senhor Jesus,
enquanto outras por seus apóstolos (Mc 5.35-43; Lc 7.11-17; Jo 11.11-45; At 9.36-42;
20.9,10). Em todos os casos, exceto a ressurreição de Jesus, as pessoas
ressuscitadas morreram novamente.
Comentário
A doutrina da ressurreição se baseia essencialmente sobre o fato da
ressurreição de Cristo. O Mestre enfatizou e deu um sentido especial a essa
doutrina (Jo 5.28,29), deixando claro que não haverá uma única, geral e
simultânea ressurreição para os mortos, e sim, que acontecerá em duas fases
distintas: a ressurreição dos justos e a dos ímpios. A doutrina da ressurreição
foi declarada e ensinada por Jesus em seu ministério terrestre (Jo 5.28,29;
6.39,40,44,54; Lc 14.13,14; 20.35,36). Ensinada e reafirmada pelos apóstolos e
os pais da Igreja primitiva (At 4.2). Em Atenas, na Grécia, Paulo pregou a
Jesus Cristo e Sua ressurreição (At 17.18). Repetiu isso, também, para os
filipenses (Fp 3.11), aos coríntios (1 Co 15.20), aos tessalonicenses (1 Ts
4.14-16), perante o governador Felix (At 24.15). O apóstolo João, não só
relatou o ensino de Cristo sobre a ressurreição, mas ele mesmo ensinou sobre o
assunto (Ap 20.4-6). No Novo Testamento encontramos os seguintes casos:
-O filho duma viuva (Lucas 7.11-15);
-A filha do Jairo (Lucas 8.41-42; 49-55);
-Lázaro (João 11.1-44);
-Muitos santos que haviam morrido, depois da morte de Jesus (Mateus
27.52);
-Jesus (Mateus 28.1-8);
-Tabita (Atos 9.36-43), e
-Êutico, o jovem que dormiu e morreu durante o sermãozão de Paulo! (Atos
(20.9-10).
II.
A NATUREZA DA RESSURREIÇÃO DE JESUS
1. Uma ressurreição literal. O
testemunho do terceiro Evangelho é de uma ressurreição física e literal. O
próprio Jesus, quando ressuscitou, disse: "Vede as minhas mãos e os meus
pés, que sou eu mesmo; tocai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem
ossos, como vedes que eu tenho" (Lc 24.39).
Comentário
[A ressurreição de Cristo não é apenas o milagre de um cadáver
reanimado. Não se trata do mesmo evento que ocorreu com outros personagens
bíblicos como a filha de Jairo (cf. Mc 5, 22-24) ou Lázaro (cf. Jo 11, 1-44),
que foram trazidos de volta à vida por Jesus, mas que, mais tarde, num certo
momento, morreriam fisicamente. A ressurreição de Jesus “foi a evasão para um
gênero de vida totalmente novo, para uma vida já não sujeita à lei do morrer e
do transformar-se, mas situada para além disso: uma vida que inaugurou uma nova
dimensão de ser homem”. Todas as outras pessoas na Bíblia (e fora dela!) que
foram ressuscitadas eventualmente morreram de novo. Jesus entretanto, está
vivo, para sempre. “Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou
a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça
reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo” (Rm 5.17). Por causa
da ressurreição de Jesus, Deus pode agora dar-nos o dom da vida ressurreta:
“Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão
vivificados em Cristo” (1Co 15.22). Esta é a promessa e a esperança que Jesus
nos proporciona: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que
morra, viverá” (Jo 11.25).
2. Uma ressurreição corporal. A
apologética cristã sempre assegurou que a ressurreição de Jesus foi um evento
físico no qual o seu corpo foi revivificado. Isto significa que, apesar de
transformado, Cristo ressuscitou com o mesmo corpo físico que fora sepultado.
Lucas põe em relevo esse fato quando registra Jesus comendo com os discípulos
após a ressurreição (Lc 24.43). Em sua primeira Carta aos Coríntios o apóstolo
Paulo assevera que toda a fé cristã é falsa se a ressurreição de Jesus não
aconteceu de forma corporal (1 Co 15.14,15).
Comentário
{Sugiro uma
leitura do artigo Existe um Homem
de carne e ossos no ceu?, seguindo este link:http://www.respondi.com.br/2011/05/existe-um-homem-de-carne-e-ossos-no-ceu.html}
De todas as doutrinas do Cristianismo, nenhuma é mais central que a
ressurreição corporal dos mortos de Jesus Cristo. De maneira clara, se Jesus
afirmou ser salvador, mas permaneceu morto em um túmulo após uma crucificação
brutal, suas declarações eram, e são, vazias. Entretanto, se Jesus de fato
ressurgiu dos mortos, então suas declarações sobre deidade, a penalidade de
nossos pecados que ele levou em nosso lugar na cruz e suas afirmações sobre a
eternidade são comprovadas Leia mais em http://voltemosaoevangelho.com/blog/2011/04/ressuscitou-a-ressurreicao-realmente-aconteceu/.
Não há dúvida de que Jesus, depois de ressuscitado, foi mais reconhecido por
seus gestos e por sua voz do que por sua aparência externa. Maria Madalena viu
Jesus em pé junto ao túmulo, porém não o reconheceu. Mas quando Ele pronunciou
exclamativamente o nome “Maria!”, ela devolveu de pronto outra exclamação:
“Raboni”, que em hebraico quer dizer Mestre (Jo 20.14-16). Os dois discípulos
que caminhavam de Jerusalém para Emaús não reconheceram Jesus quando Ele se pôs
a caminho com eles, embora o céu ainda não estivesse escuro. Mas quando Jesus,
à mesa com eles, tomou, abençoou, partiu e distribuiu o pão, Cléopas e seu
amigo perceberam que aquele, até então estranho, era o Senhor! O que acabou por
completo com a resistência dos apóstolos em crer na ressurreição do Senhor foi
a repetição da pesca maravilhosa, na mesma praia e no mesmo horário (Jo
21.1-14; Lc 51-11). Jesus ressuscitou em glória. Não carregava mais nossas
iniqüidades nem enfermidades. Ele as deixou na cruz. Não mais estava
desfigurado, não mais tinha aparência de um condenado, não mais encontrava-se
profundamente triste nem mais era desprovido de beleza (Is 52.13-53.12). Era o
Jesus da transfiguração, cuja aparência encheu os discípulos de temor e tremor
(Mc 9.6). Por esta razão, Jesus não foi imediata e facilmente reconhecido por
seus discípulos.
III.
EVIDÊNCIAS DA RESSURREIÇÃO DE JESUS
1. Evidências diretas. As
Escrituras apresentam muitas evidências da ressurreição de Jesus. Os
apologistas classificam essas evidências em diretas e indiretas. O texto de
Lucas 24.13-35 narra o encontro que dois discípulos, no caminho de Emaús,
tiveram com Jesus após a sua ressurreição. Trata-se de uma evidência direta da
ressurreição porque mostra Jesus ressuscitado com um corpo físico e tangível.
Evidência semelhante pode ser vista no relato da ressurreição do Evangelho de
João 20.10-18. Nesses relatos observamos que as pessoas para as quais o Senhor
apareceu viram o seu corpo, conversaram com Ele e até mesmo chegaram a tocá-lo.
Não se tratava, portanto, de uma visão ou sonho, mas de um encontro real!
Comentário
Desde o princípio, a igreja cristã confessou que o corpo físico de Jesus
foi elevado ao céu. Esta convicção está baseada em várias referências
explícitas do Novo Testamento e em vastas evidências tangíveis. O próprio Jesus
disse que o corpo no qual ressuscitou era de “carne e ossos” (Lc 24.39).
Falando sobre a ressurreição de Cristo, Pedro insistiu neste assunto ao pregar
que a “carne dele (Jesus) não viu a corrupção” (At 2.31). Escrevendo
posteriormente sobre a ressurreição, João declarou que Jesus veio [e
permaneceu] em carne” (1Jo 4.2. Cf. 2Jo 7). O corpo que emergiu da tumba na
manhã pascal foi visto por aqueles que duvidaram (Mt 28.17), foi ouvido por
Maria (Jo 20.15,16), e até mesmo abraçado pelos discípulos (Mt 28.9) em muitas
ocasiões depois da ressurreição. Além disso, Jesus se alimentou pelo menos
quatro vezes após sua ressurreição (Lc 24.30; 24.42,43; Jo 21.12,13). Ele
também mostrou as cicatrizes de sua crucificação quando desafiou Tomé, dizendo:
“Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu
lado; e não sejas incrédulo, mas crente” (Jo 20.27).
2. Evidências indiretas. Como vimos,
os Evangelhos apresentam muitas provas diretas da ressurreição do Senhor,
todavia, apresentam também outras provas indiretas. Antes da ressureição
encontramos um grupo de discípulos desanimado, triste e cabisbaixo. Era um
cenário desanimador. Após a ressurreição e Pentecostes, esses mesmos discípulos
se apresentam ao povo com uma ousadia nunca vista. Eles agora passaram a
testemunhar que o Senhor deles estava vivo e apresentavam provas disso. Eles
curavam os doentes, levantavam os paralíticos, expeliam os demônios e
testemunhavam: "Deus ressuscitou a este Jesus, do que todos nós somos
testemunhas" (At 2.32). A ressurreição de Jesus se tornou o principal tema
da pregação apostólica.
Comentário
[A ressurreição de Cristo é o grande milagre do Cristianismo. Uma vez estabelecida
a realidade deste acontecimento, a discussão dos demais milagres torna-se
desnecessária. Sobre o milagre da ressurreição está firmada a nossa fé. Porque
o Cristianismo é histórico, e baseia seus ensinamentos em acontecimentos
ocorridos há quase 20 séculos, na Palestina. São estes eventos o nascimento e
ministério de Jesus Cristo, culminando na sua morte, sepultamento e
ressurreição. De tudo isto, é a ressurreição a pedra de esquina, porque, se
Cristo não ressuscitou, não era o que alegava ser. Sua morte não seria morte
expiadora - os cristãos estariam sendo enganados há séculos; os pregadores,
proclamando erros; e os fiéis, acalentando falsas esperanças. Mas, graças a
Deus, podemos proclamar esta doutrina: “Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os
mortos, sendo ele as primícias dos que dormem!”
1. Como sabemos que Ele ressuscitou? “Vocês, cristãos, vivem na
fragrância de um túmulo vazio”, disse um cético francês. É fato que os que
vieram embalsamar o corpo de Jesus, naquela notável manhã de Páscoa,
encontraram vazio o túmulo. Este fato não pode ser explicado à parte da
ressurreição de Jesus. Quão facilmente os judeus poderiam ter refutado o
testemunho dos primeiros pregadores, apresentando o cadáver do Senhor! Não o
fizeram, porém - porque não podiam! Quando se lhes exigia uma explicação,
alegavam terem os discípulos furtado o corpo, como se um pequeno bando de
homens desanimados pudesse arrancar de guardas treinados o corpo do Mestre,
cuja morte parecia ter-lhes tirado todas as esperanças. Que faremos do
testemunho dos que viram Jesus após a ressurreição, muitos dos quais falaram
com Ele, tocaram- no, comeram com Ele? Centenas deles ainda viviam no tempo de
Paulo, segundo ele mesmo testifica. Outros, dão seu inspirado testemunho no
Novo Testamento. Como rejeitar o testemunho de homens que pregavam a mensagem
com o sacrifício da própria vida? Como explicar a conversão de Paulo, antes
perseguidor do Cristianismo, transformado num dos maiores missionários?
Há apenas uma resposta a estas perguntas: Cristo ressurgiu! O túmulo
vazio desafia o mundo: À filosofia, diz: “Explique este evento!”
À História, diz: “Reproduza este evento!”
Ao tempo, diz: “Apague este evento!”
À Fé, diz: “Receba este evento!”
Alguns naturalistas oferecem outras explicações: “Foi uma visão que os
discípulos tiveram”. Não é possível que centenas tivessem a mesma visão. Outros
dizem: “ Jesus não morreu de fato; foi tirado inconsciente da cruz”. Mas um
farrapo de homem não poderia ter persuadido os discípulos de que era o Senhor
da vida! São explicações tão fracas que trazem consigo a sua própria refutação.
Outra vez afirmamos: Cristo ressuscitou! De Wette, grande estudioso
racionalista, depois de um exame científico, afirmou: “A ressurreição de Jesus
Cristo não pode ser mais questionada que a certeza histórica do assassinato de
Júlio César”. Que firme fundamento à fé de alguém - o fato histórico de um
Salvador ressuscitado! 2. O que significa a nós? Significa que Jesus é tudo
quanto declarava ser: Filho de Deus, Salvador e Senhor. O mundo respondeu às
suas reivindicações com a cruz; a resposta de Deus foi a ressurreição. Como
Senhor ressuscitado, pede que dediquemos nossas vidas a Ele. Significa que a
morte expiadora de Cristo foi uma realidade, e que os homens podem achar perdão
para os seus pecados e assim ter paz com Deus. A ressurreição completa a morte
expiadora de Cristo. Não foi uma morte comum - porque Ele ressuscitou!
Significa que temos um Sumo Sacerdote no Céu que simpatiza conosco, que já
viveu a nossa vida, conheceu nossas tristezas e enfermidades e pode dar-nos o
poder de viver a vida nEle. Significa que podemos ser batizados no Espírito
Santo e receber poder para testificar deste Cristo ressurreto. Significa uma
vida no porvir. A objeção comum é: “Ninguém voltou para contar acerca do outro
mundo”. Mas alguém já voltou de lá, sim - Jesus Cristo. À pergunta: “Se um
homem morrer, viverá outra vez?” responde a ciência: “Não sei”; a filosofia:
“Deveria haver”. O Cristianismo, porém, afirma: “Porque Ele vive, viveremos
nós; porque Ele ressuscitou dos mortos, ressuscitaremos também”. Significa
certeza de juízo para os pecadores. Como disse o inspirado apóstolo: “[Deus]
tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do
varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos”
(At 17.31). A inexorável justiça de Roma deu origem ao provérbio: “Quem quiser
fugir de César, fuja para César”. Aos não-convertidos, advertimos: o juízo é
certo, e a única maneira de escapar de Cristo, o Juiz, é fugir para Cristo, o
Salvador.
IV.
O PROPÓSITO DA RESSURREIÇÃO DE JESUS
1. Salvação e justificação. Aos
discípulos no cenáculo, Jesus destaca a salvação como propósito da ressurreição
(Lc 24.46-48). A ressurreição de Jesus difere de todas as outras, assim como
Jesus difere de todos os homens. Ele é o Deus que se fez carne (Jo 1.14); o
segundo Adão, representando a humanidade caída (Rm 5.12; 1 Co 15.45), o único
mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5), que nos salva de nossos pecados (1
Tm 1.15). A Bíblia diz que Ele morreu por causa de nossas transgressões (Rm
4.25); e que seu sacrifício foi em resgate de todos (1 Tm 2.6). Mostra ainda
que a sua ressurreição foi por "causa de nossa justificação" (Rm
4.25) e que nesse aspecto Ele foi designado filho de Deus com poder pela
ressurreição dos mortos (Rm 1.4).
Comentário
A Bíblia declara que "A
alma que pecar, essa morrerá", e "o salário do pecado é a morte" (Ez 18.20; Rm 6.23). Deus
determinou que a penalidade para o pecado seja a morte, física e eterna. As
pessoas podem reclamar deste decreto de Deus considerando-o injusto ou extremo,
mas seus protestos apenas mostram como o pecado os cegou para a verdadeira
natureza do mesmo. O fato de que Deus requer um castigo tão drástico para o
pecado deveria ensiná-los não que Deus é brutal, mas que o pecado é abominável.
Ainda assim, Deus, em seu amor incomparável pelo homem, também determinou que a
penalidade pelo pecado pode ser colocada sobre um substituto e, sobre este
princípio, o sistema sacrifical do Velho Testamento é construído (Veja Lv
17.11). Deus o Filho, revestido de forma humana, derramou o seu sangue pelo
pecado do homem, satisfazendo assim a justiça santa de Deus. E, através de seu
sangue precioso, Deus se mostrou ao mesmo tempo "o justo e justificador de
todos aqueles que crêem em Jesus" (Rm 3.26). A palavra justificação vem do
verbo grego dikaioo e significa declarar que uma
pessoa é justa, tornar justo. Já o substantivodikaiósis significa justificação, que é o ato da graça divina pelo qual Deus
declara justa a pessoa que põe sua fé em Jesus Cristo como seu salvador.
Podemos ilustrar isso com um criminoso que pode até ser perdoado pelo governo e
deixa a prisão, porém leva a culpa consigo em sua consciência, mesmo já em
liberdade. Na justificação, Jesus literalmente assumiu as nossas dívidas e
pagou por nós: “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por
nosso senhor Jesus Cristo”, Rm 5: 1; “Portanto, agora, nenhuma condenação há
para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o
espírito”, Rm 8: 1; “Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas
ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de
nós, cravando-a na cruz”, Cl 2: 14.
2. A redenção do corpo. A ressurreição de Jesus é a garantia de que
os crentes também ressuscitarão dos mortos (Rm 5.17). Quando ressuscitou dentre
os mortos, Jesus se tornou as primícias daqueles que ressuscitarão para não
mais morrer (1 Co 15.23). O apóstolo Paulo afirma que se Cristo não ressuscitou
então a nossa fé é vã (1 Co 15.17). Na ressurreição, Jesus derrotou a morte de
forma que não precisamos mais temê-la (1 Co 15.55-58). Na ressurreição,
receberemos corpos incorruptíveis e imortais (1 Co 15.42-49). [a ressurreição de Jesus é um
testemunho da ressurreição de seres humanos, que é uma doutrina básica da fé
Cristã. Ao contrário de outras religiões, o Cristianismo possui um fundador que
transcende a morte e promete que os Seus seguidores farão o mesmo. Todas as
outras (falsas) religiões foram fundadas por homens e profetas cujo fim foi o
túmulo. Como Cristãos, podemos nos confortar com o fato de que Deus Se tornou
homem, morreu pelos nossos pecados, foi morto e ressuscitou no terceiro dia. O
túmulo não podia segurá-lO. Ele vive hoje e se senta à direita do Pai no Céu. A
igreja viva tem um Cabeça vivo! Em 1 Coríntios 15, Paulo explica em detalhe a
importância da ressurreição de Cristo. Alguns em Corinto não acreditavam na
ressurreição dos mortos, e nesse capítulo Paulo lista seis consequências
desastrosas se a ressurreição nunca tivesse ocorrido: 1) pregar sobre Cristo
seria em vão (v.14); 2) fé em Cristo seria em vão (v.14); 3) todas as
testemunhas e pregadores da ressurreição seriam mentirosos (v.15); 4) ninguém
poderia ser redimido do pecado (v.17); 5) todos os Cristãos que dormiam teriam
perecido (v.18); e 6) Cristãos seriam os mais infelizes de todos os homens
(v.19). Mas Cristo realmente ressuscitou dos mortos e é “as primícias dos que
dormem” (v.20), assegurando-nos de que vamos segui-lO na ressurreição. A
inspirada Palavra de Deus garante a ressurreição do crente na vinda de Cristo
para o Seu Corpo (a Igreja) durante o arrebatamento. Tal esperança e segurança
são ilustradas em uma grande canção de triunfo que Paulo escreve em 1 Coríntios
15:55: “Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?”
Como é que esses versículos se relacionam com a importância da Ressurreição?
Paulo responde: “o vosso trabalho não é vão” (v.58). Ele nos lembra que por
sabermos que vamos ser ressuscitados a uma nova vida, podemos sofrer
perseguição e perigo pela causa de Cristo (v.29-31), assim como Ele o fez, e
assim como milhares de mártires por toda a história, que de bom grado trocaram
suas vidas terrenas por vida eterna através da ressurreição. A Ressurreição é a
vitória triunfante e gloriosa para todo o crente em Jesus Cristo, pois Ele
morreu, foi enterrado e ressuscitou no terceiro dia de acordo com as
Escrituras. E Ele voltará! Os mortos em Cristo vão ser ressuscitados, e aqueles
que permanecem vivos na Sua vinda vão ser transformados e receber corpos novos
e glorificados (1 Tessalonicenses 4:13-18). Por que a ressurreição de Cristo é
tão importante? Por ter demonstrado que Deus aceitou o sacrifício de Jesus a
nosso favor. Ela prova que Deus tem o poder de nos ressuscitar dos mortos. Ela
garante que aqueles que acreditam em Cristo não vão permanecer mortos, mas
serão ressuscitados à vida eterna. Essa é a nossa abençoada esperança!
CONCLUSÃO
Sem dúvida uma das maiores notícias, e que foi dada
por um anjo, foi que Jesus havia ressuscitado (Lc 24.6). Nos dias de Jesus, a
crença na ressurreição dos mortos não era consenso. Os fariseus acreditavam
nela, mas os saduceus a rejeitavam, e os gregos a ridicularizavam. Até
mesmo os discípulos de Jesus se mostraram incrédulos e lentos em aceitá-la.
Quando ressuscitou dos mortos, o Senhor Jesus se apresentou a seus discípulos
com provas incontestáveis a fim de que nenhum deles ficasse com dúvida. A
ressurreição de Jesus era uma realidade inconteste para a Igreja Apostólica a
ponto de se tornar o principal tema de sua pregação.
Comentário
O Rev Hernandes Dias Lopes escreve em seu artigo O impacto da ressurreição de Jesus: “A
ressurreição de Cristo é uma das fraudes mais maldosas da história ou
então o fato mais extraordinário”. Isto, diz ele em consequencia de que
“A ressurreição de Cristo e o
Cristianismo permanecem em pé ou caem juntos. Sem a ressurreição de Cristo, o
Cristianismo seria uma religião vazia de esperança, um museu de relíquias do
passado”. Quando João 19: 30 diz: “está consumado”, que é a expressão grega tételestai, ele quer dizer quer tudo está pago. Isto representa a salvação para o
cristão. Tudo foi comprado no calvário. Abrange cada fase de nossas
necessidades e dura de eternidade a eternidade. Inclui a libertação do pecado
no presente e a apresentação contra as invasões do pecado no futuro (Jd 1:
24-25; Tt 2: 11-13).]. NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos,
por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Missionário Vicente Dudman
Profº. / Teolog.
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