Estamos disponibilizando pra você todo início de semana, mais um comentário sobre cada lição da EBD. Assim fazemos, para que os irmãos possam melhor preparar sua aula. Cada item, contém um comentário, para que o amado leitor entenda melhor os tópicos da lição. Estudaremos esta semana a lição de nº 11 desse quarto trimestre, que tem como título: Melquisedeque Abençoa Abraão. Para cada tópico, deixamos o nosso comentário. Fizemos cuidadosa pesquisa a respeito dessa tão importante lição. Buscamos auxílio e Ainda recorremos a vários mestres no assunto, para que pudéssemos aplicá-lo para o seu melhor entendimento. Em caso de dúvidas com relação ao assunto, deixe seu comentário, a sua dúvida, no final desta postagem, que responderemos com todo prazer a sua pergunta. Espero que satisfaça a todos, e tenha uma boa aula.
INTRODUÇÃO
A história de Melquisedeque
é tão breve que o autor sagrado pôde narrá-la em apenas três versículos (Gn
14.18-20). Aliás, nem biografia possui o misterioso homem. Sabemos apenas que ele era rei de
Salém e sacerdote do Deus Altíssimo. Se a história é pequena, a teologia é
grande. A importância de Melquisedeque faz-se plena com a encarnação de Cristo
que, desde o Calvário, exerce o seu sacerdócio junto ao Pai. O rei de Salém
entra em cena, quando sai ao encontro de Abraão, que vinha de uma renhida
batalha para libertar a Ló, seu sobrinho. E ali na
antiga Jerusalém, abençoa no patriarca toda a nação israelita. Nesta bênção, você também foi
incluído.
Comentário
A palavra Melquisedeque, do
hebraico מַלְכִּי־צֶדֶק (Malkiy-Tzadeq) "meu rei é justiça", o rei de
Salém, a antiga Jerusalém, e sacerdote do Deus Altíssimo (Gn 14.18-20; Sl
110.4; Hb 5.6-11; 6.20-7.28). A forma pela qual
aparece e desaparece tão repentinamente no livro de Gênesis é realmente
misterioso. Sem ascendência nem descendência, a quem a história atribui-lhe
características sobre humanas, divina, interagiu com Abraão quando este
retornou vitorioso da batalha de Sidim. Melquisedeque e Abraão se conheceram
pela primeira vez depois da vitória de Abrão contra Quedorlaomer e seus três
aliados. Melquisedeque ofereceu pão e vinho a Abraão e aos seus homens que
estavam muito cansados, demonstrando amizade. Ele abençoou Abraão no nome de El
Elyon ("Deus Altíssimo") e louvou a Deus por ter dado a Abraão
vitória na batalha (Gn 14.18-20). Seu nome (meu rei é justiça) e seu título –
rei de Salém (em hebraico “paz”) (rei de paz) indicam o Messias, cuja pessoa e
ministério se caracterizam pela justiça (Is 32.1; Jr 23.5; Ml 4.2; 1 Co 1.30) e
pela paz (1Cr 22.9; Zc 9.10; Ef 2.14,15). Estas duas graças se encontram em
Cristo, de modo perfeito.
I. MELQUISEDEQUE, REI DE
SALÉM
Uma história sem biografia.
Assim podemos definir a aparição de Melquisedeque no relato do Gênesis.
Comentário
Esse Melquisedeque, que a Bíblia nos mostra, e contemporâneo de Abraão, é
rei de Salém e sacerdote do Altíssimo (Gn 14.18), a quem Abraão pagou dízimos e
foi por ele abençoado que prefigura Jesus Cristo, que é tanto sacerdote como
rei. “Sem pai, sem mãe (Hb 7.3) isso não quer dizer que este personagem
literalmente não tivesse pais nem parentes, nem que era anjo. Apenas as
escrituras não registram a sua genealogia e que nada diz a respeito do seu
começo e fim. Por essa razão, serve como tipo de Cristo eterno, cujo sacerdócio
nunca terminará. Vivendo sempre para interceder (Hb 7.25). Cristo vive no céu,
na presença do Pai. (8.1), intercedendo por todos os seus seguidores,
individualmente, de acordo com a vontade do Pai (cf. Rm 8.33,34; 1 Tm 2.5; 1 Jo
2.1).
1. Rei de Jerusalém. A antiga Salém, cujo nome em hebraico significa paz, é identificada
com a Jerusalém atual. O objetivo deste reino era promover a paz através
da justiça divina, já que o nome de Melquisedeque traz este glorioso
significado: rei de justiça (Hb 7.2).Portanto, sua função era difundir o
conhecimento divino em toda aquela região, pois Israel ainda não existia como o
povo sacerdotal e profético do Senhor.
Comentário
Bem sabemos que Salém é Jerusalém
- a primeira referência à cidade de Jerusalém se encontra em Gn 14.18, onde
aparece como Salém. Com o seu nome atual, Jerusalém, aparece pela primeira vez
em Josué 10.1, onde reinava Adoni-Zedeque, que se uniu a quatro outros reis
para lutarem contra Jerusalém. A união do rei e o sacerdote em Jerusalém
haveria de levar Davi (o primeiro israelita a sentar-se no trono de
Melquisedeque) a entoar cânticos sobre um Melquisedeque mais grandioso que
havia de vir (SI 110.4). Sobre Melquisedeque, Antônio Neves de Mesquita escreve
em sua obra intitulada Estudo no livro de Gênesis (JUERP):
“Alguns querem que seja Cristo, no seu estado de pré-encarnação, mas esta
teoria está em conflito com o Sal. 110:4 e com o teor geral das Escrituras, que
fazem Cristo e Melquisedeque duas personalidades distintas e dois sacerdotes
também distintos, um prefigurado no outro. Uma coisa não pode ser prefigurada
em si mesma. Quem era, pois, esse homem? Um anjo? Não. Do pouco que sabemos
dele, cremos que era um homem pio que permanecia fiel à religião de Noé, ou ao
primitivo monoteísmo e neste caráter era um sacerdote como Jetro, sogro de
Moisés”.
2. Sacerdote do Deus Altíssimo. Melquisedeque foi o primeiro personagem da História Sagrada a receber o
título de sacerdote. É claro que, desde o princípio, houve ações
sacerdotais. Haja vista o oferecimento que Abel fez ao Senhor (Gn 4.4).No texto
bíblico, ele é identificado como sacerdote do Deus Altíssimo (Gn 14.18). Ao contrário do ofício de Arão, cuja continuidade era assegurada
hereditariamente, o de Melquisedeque é eterno. Com um único sacrifício, o seu
ministério plenificou-se. Sim, com a morte de Cristo foi-nos garantida eterna
redenção perante Deus (Hb 7.23-28).
Comentário
O nome composto "El
Elyon" (traduzida como "Deus Altíssimo") ocorre doze vezes no
Antigo Testamento. Ele primeiro ocorre quatro vezes em Gênesis 14.18-20,22-18:
Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho para celebrar a vitória militar
de Abrão:. E ele era sacerdote do Deus Altíssimo [El Elyon] 19 Ele abençoou-o,
e disse: 'Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo [El Elyon], o Criador dos céus e
da terra, 20 e bendito seja o Deus Altíssimo [El Elyon], que entregou os teus
inimigos nas tuas mãos. " Abrão deu-lhe o dízimo de tudo. 22 Abrão disse
ao rei de Sodoma: "Eu levantei a minha mão ao Senhor, o Deus Altíssimo [El
Elyon], o Criador dos céus e da terra. O Dicionário Bíblico Wycliffe (Charles
F. Pfeiffer, Howard F. Vos, John Rea – CPAD), afirma: “A opinião tradicional
diz que Melquisedeque era um verdadeiro adorador do Senhor (conforme Josefo,
Irineu, Calvino, KD, Leupold, etc....). Se a data da vida de Abraão (aprox.
2000 a. C.) estiver correta, então Melquisedeque viveu antes da substituição de
El como principal deus dos cananeus”. Isso implica dizer que os cananeus,
àquela época, adoravam o Deus Verdadeiro, reconhecido assim por Abraão (Gn
14.22).
3. Figura de Jesus. Filho do homem, Jesus tem uma genealogia que, em Mateus, remonta a
Abraão (Mt 1.1,2), e, em Lucas, vai até ao próprio Deus (Lc 3.38). Mas, como
Filho de Deus, Ele é eterno: não possui genealogia (Jo 1.1-3). Nesse sentido, Melquisedeque é
uma figura perfeita de Cristo (Hb 7.1-6).Isso não significa que Melquisedeque
fosse eterno, ou uma pré-encarnação de Jesus Cristo. O que o autor sagrado diz é que este personagem, apesar de sua
importância, não possui uma biografia escrita. Moisés foi inspirado a não
registrar-lhe o nome dos pais, a idade, a procedência, nem o dia de sua
morte.
Comentário
O Salmista Davi (Mt 22.43), escreve
sobre Melquisedeque como um tipo de Cristo (modelo ou figura de Cristo). O tema
é repetido no livro de Hebreus, onde Melquisedeque e Cristo são considerados
reis da justiça e da paz. Ao citar Melquisedeque e seu sacerdócio especial como
um tipo, o autor mostra que o novo sacerdócio de Cristo é superior à ordem
levítica e ao sacerdócio de Arão (Hb 7.1-10). Devido ao mistério que cerca seu
repentino aparecimento no cenário da história, e seu igualmente repentino
desaparecimento, ele tem sido identificado com um anjo (Orígenes), com o
Espírito Santo (Epifânio), com o Senhor Jesus Cristo (Ambrósio), com Enoque
(Calmet) e Sem (Targuns, Jerônimo, Lutero).
II. ABRAÃO, O GENTIO
Abraão era tão gentio
quanto eu e você, quando Deus o chamou a formar o povo escolhido (Dt 26.5). No
entanto, pela fé, tornou-se pai da nação hebreia e de todos os que creem.
1. O pai da nação
hebraica. Deus precisava de uma
nação, através da qual pudesse redimir a humanidade, segundo anunciara a Adão e
Eva (Gn 3.15). Esta nação teria de vir da linhagem de Sem, o filho mais velho
de Noé (Gn 9.26,27). E, como todos sabemos, Abraão era semita. Sua escolha evidenciou-se por uma
fé inabalável em Deus (Rm 4.3). Nele seriam abençoadas todas as nações da
terra, com a proclamação do Evangelho de Cristo (Gn 12.3). Afinal, Jesus, segundo a carne, veio da descendência de Abraão (Mt 1.1).
A missão da família hebreia, portanto, era testemunhar ao mundo acerca do amor,
da justiça e da Palavra de Deus (Rm 9.4,5). Apesar da aparente falha de Israel, sua missão foi
plenamente cumprida, pois a salvação chegou-nos por intermédio dos judeus (Jo
4.22).
Comentário
Bem sabemos que o pai da fé Abraão,
nasceu em Ur dos Caldeus. Sobre Ur lemos num dicionário bíblico: “Cidade muito
antiga no sul da Babilônia, que se indentifica como Tell el-Muqayyar; ela
estava situada na margem direita do rio Eufrates, a meio caminho entre Bagdá e
o Golfo Pérsico. Tera e seus filhos – entre eles Abrão – nasceram em Ur e de lá
se mudaram para Harã”. Portanto, a pátria de Abraão ficava na Babilônia. Josué
também salienta isso no seu “discurso à nação”: “…Assim diz o Senhor, Deus de Israel:
Antigamente, vossos pais, Tera, pai de Abraão e de Naor, habitaram dalém do
Eufrates e serviram a outros deuses” (Js 24.2). Abraão de fato descendia de
Sem, portanto era um semita, mas ele servia a quaisquer outros deuses
babilônicos. Ter origem semítica ainda não significava ser o patriarca de
Israel, mas simplesmente que Canaã lhe seria submisso, seria seu servo (Gn
9.26). A mudança só ocorreu em Gênesis 12. Ali houve um acontecimento que não
apenas desestruturou o pequeno mundo de Abraão, mas que teve conseqüências que
vão perdurar até o fim dos tempos. O Deus Soberano, o Criador dos céus e da
terra, chamou um único homem, ordenou-lhe que deixasse sua terra e partisse
para uma terra distante que Ele lhe mostraria. O Senhor não lhe disse o nome dessa
terra. Por isso, Abraão não sabia em que se envolveria, mas creu na promessa
que lhe foi dada a seguir: “de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te
engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção!” (Gn 12.2). Embora somente seu neto
Jacó tenha recebido o nome de Israel (Gn 32.28), isto não muda o fato de Abraão
ser o patriarca do povo de Israel. Pois Abraão, Isaque e Jacó sempre são
mencionados em conjunto, por exemplo, em Gênesis 50.24; Êxodo 33.1; Levítico
26.42; Números 32.11; Deuteronômio 1.8; Mateus 1.2; Lucas 13.28; Hebreus 11.8-9
e assim por diante. A base para isso é e continuará sendo a aliança de Deus com
Abraão. O nome “judeus” muitas vezes é usado como sinônimo de Israel, mas
deveríamos lembrar que isso não é historicamente exato, pois o reino de Davi se
dividiu depois da morte de Salomão (930 a.C.). Formou-se, por um lado, o Reino
do Norte (as dez tribos de Israel) e, por outro lado, o Reino do Sul (as duas
tribos de Judá, os descendentes de Judá e Benjamim – veja 1 Reis 12). Depois do
cativeiro babilônico, o nome “judeus” é usado de modo geral para os habitantes
da Judéia. É interessante que no Novo Testamento Jesus é chamado de “Rei dos
judeus” pelos estrangeiros (Mt 2.2; Mt 27.11, etc.), enquanto os próprios
judeus o chamaram de “rei de Israel” (Mt 27.42). Atualmente não importa mais se
um judeu ou uma judia descende de Judá, de Benjamim ou de qualquer uma das
outras dez tribos. Usa-se a designação “judeus” genericamente para uma
comunidade étnica que sobreviveu apesar de séculos de perseguição, porque Deus
confirmou Sua aliança com Israel através de um juramento e conduzirá Seu povo
para o alvo!
2. O pai dos crentes. Quando chamado por Deus, o gentio Abraão creu e, sem demora, aceitou-lhe
a ordem. Imediatamente foi justificado (Gn 15.6). A partir daquele momento,
passou a ser visto pelo Senhor como se jamais tivesse cometido qualquer falha:
um homem justo e perfeito. Enfim, um amigo de Deus (Is 41.8).Por esse motivo,
todos os que creem em Deus, à semelhança de Abraão, são tidos como seus filhos
na fé (Gl 3.7).
Comentário
Abraão ou Abrão (no hebraico é
‘abhraham, “pai de uma multidão”, ou “pai exaltado’: Abrão, no hebraico
‘abhram, “pai das alturas”) – a mudança de Abrão para Abraão teve por fim,
reforçar a raiz da segunda sílaba, para dar maior ênfase à idéia de exaltação.
Abraão era filho de Terá; progenitor dos hebreus, pai dos crentes e amigo de
Deus, (Gn 11.26; Gl 3.7-9; Tg 2.23). Abraão nos é apresentado no Novo
Testamento como um homem de fé, como nosso pai e exemplo. Em Romanos 4, onde
ele é chamado de pai de todos os que creem (Rm 4.11,12,16) e Gálatas 3.1-14,
onde os crentes são chamados de filhos de Abraão. Com Abraão Deus se apresenta
como “El Shadday (Deus Todo Poderoso); “El Elyom (Deus Altissimo); “El Roy”
(Deus Que Vê); e “El Olam” (Deus Eterno). Assim devemos nós também
aperfeiçoarmos a nossa “fé”, que é um dom de Deus, e permanecermos firmes
diante de todas as circunstâncias em que nossa obediência é requerida por Deus,
com ações de graças e não lamentações desta vida. Paulo vê nele “o tipo do
crente que obtém a justiça independentemente das obras da Lei (Rm 4,25; Gl
3,6-29). A Fé em Cristo faz de cada crente um descendente de Abrão (Gl 3,29).
III. A OCASIÃO DA BÊNÇÃO
Por causa da captura de Ló
por Quedorlaomer, rei de Elão, o patriarca viu-se obrigado a formar um
exército para libertar o sobrinho (Gn 14.14). Na volta, já vitorioso, é
recebido por Melquisedeque
1. Objetivo da visita. Depois de uma vitória tão decisiva, Abraão, já nas imediações de Salém,
agradece a Deus ao ser recepcionado por Melquisedeque. O maior recebe o menor
(Hb 7.7). O patriarca sabia muito bem que estava diante do sacerdote do Deus
Altíssimo. Por isso, reverencia-o com os dízimos de seus bens pessoais e não
dos despojos de guerra, já que se recusou a recebê-los (Gn 14.20). Verdadeira
adoração e serviço a Deus. Que exemplo para nós.
Comentário
O Comentário Bíblico Beacon
(CPAD) afirma que “Abrão deu o dízimo de tudo a Melquisedeque. O rei de Sodoma
tinha menos inclinação religiosa. Pediu seu povo de volta, contudo foi bastante
generoso em oferecer a Abrão todo saque procedente do combate. Abrão tinha
pouco respeito por este homem e respondeu que fizera o voto de não ficar com
nenhum bem que pertencesse ao rei de Sodoma, para que, depois, isso não fosse
usado contra ele por aquele indivíduo repulsivo. Abrão também deixou claro que
o seu Deus tinha o título de SENHOR e não era apenas outra deidade Cananéia. A
única coisa que Abrão pediu foi que os soldados fossem recompensados pelos
serviços prestados e que seus aliados, Aner, Escol e Manre, tivessem
participação no saque”. Comentário Bíblico Beacon - CPAD - O Livro de
Gênesis - George Herbert Livingston, B.D., Ph.D. Agora note o que o
escritor de Hebreus afirma: “Considerai, pois, quão grande era este, a quem até
o patriarca Abraão deu os dízimos dos despojos” (Hb 7.4). Assim, Abraão
dizimou sim dos despojos de guerra e o resto entregou ao rei
de Sodoma, tirante a parte que cabia aos seus tirados. Para si, nada tirou
Abraão, para que não se dissesse que tinha enriquecido à custa dos reis
vencidos. Ele tinha direito inegável a uma parte, assim como Aner e os outros
dois aliados, e ninguém o poderia censurar por isso, mas como não tinha ido à
guerra por espírito ambicioso, nada quis para si. Não precisava, embora este
não fosse o ponto envolvido, não quis que se dissesse que tinha enriquecido à
custa da batalha O ponto importante aqui, não é a origem daquilo que foi
dizimado –pessoal ou despojos – mas sim, que o dízimo de Abraão foi um
tributo de gratidão pela sua vitória (Gn 18.20).
2. A autoridade de
Melquisedeque. Por intermédio de Abraão,
toda a nação hebreia reverenciou Melquisedeque, até mesmo os sacerdotes da
tribo de Levi, que sequer haviam nascido (Hb 7.9). Ora, se o sacerdócio
levítico era temporário, o de Melquisedeque não podia ser interrompido pela
morte, pois é eterno. Um sacerdócio, aliás, que haveria de ser exercido
por Cristo (Sl 110.4).
Comentário
No livro de Genesis Melquisedeque
é um rei-sacerdote cananeu de Salém (Jerusalém) que abençoou Abraão quando este
retornou depois de salvar Ló, e a quem Abraão pagou o dízimo do espólio da
batalha. em Mateus 22.43, Jesus atribui o Salmo 110.4 (Jurou o Senhor, e não se
arrependerá: tu és um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque) a
Davi e a referência a si mesmo como o Messias. As passagens no livro de Hebreus
trazem a mesma interpretação. O autor está discutindo a superioridade do
sacerdócio de Cristo em comparação ao de Arão. Melquisedeque e seu sacerdócio
são um exemplo de Cristo e de seu sacerdócio. O sacerdócio de Melquisedeque não
estava limitado a uma raça ou tribo, sendo, portanto, universal. Sua realeza
não foi herdada de seus pais. E essa realeza também não foi transmitida a um
descendente; e assim ela era eterna. Portanto, Melquisedeque é uma tipologia de
Cristo e de seu sacerdócio eterno e universal.
3. A simbologia da visita. Melquisedeque, ao trazer pão e vinho a Abraão, abençoa-o: "Bendito
seja Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; e bendito seja o
Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos" (Gn
14.19,20). O que poderia redundar numa derrota ao patriarca transforma-se num
momento de triunfo. Seu pequenino exército dispersou as poderosas
forças de Quedorlaomer. No pão e vinho que Melquisedeque trouxera a Abraão
estava a simbologia da morte de Jesus Cristo, o Cordeiro Imaculado. Mais tarde, o Filho de Deus servirá uma refeição semelhante aos seus discípulos
(Mt 26.26-30). Com a morte do Filho de Deus cumpria-se o sacerdócio de
Melquisedeque.
Comentário
A combinação ‘pão e vinho’
significa uma refeição completa, um banquete – uma oferta sacramental de pão e
vinho, costume nos ritos orientais. O narrador não diz que Melquisedeque
“viajou para encontrar-se com Abrão, levando pão e vinho”, mas simplesmente que
ele “trouxe pão e vinho”; Com respeito ao ato de Melquisedeque abençoar Abraão
e a aceitação implícita dessa benção por parte deste, o autor aos Hebreus
comenta que Melquisedeque “abençoou o que tinha as promessas. Evidentemente,
não há qualquer dúvida, que o inferior é abençoado pelo superior” (Hb 7.6-7,
CONCLUSÃO
Em Abraão, todos os que
cremos em Cristo fomos alcançados com a bênção de Melquisedeque. Hoje, temos o
Senhor Jesus que, junto ao Pai, intercede por nós, conforme escreve o apóstolo
João: "Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se
alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo. E ele é a propiciação pelos
nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o
mundo" (1 Jo 2.1,2).
Comentário
Melquisedeque, contemporâneo de
Abraão, foi rei de Salém e sacerdote de Deus (Gn 14.18). Abraão lhe pagou
dízimos e foi por ele abençoado (vv.2-7). Aqui, a Bíblia o tem como uma
prefiguração de Jesus Cristo, que é tanto sacerdote como rei (v.3) O sacerdócio
de Cristo é “segundo a ordem de Melquisedeque” (6.20), o que significa que
Cristo é anterior a Abraão, a Levi e aos sacerdotes levíticos, e maior que
todos eles. Mediante a intercessão de Cristo, aqueles que se chegam a Deus pode
receber graça para ser salvo ‘perfeitamente’. Quando se diz que Cristo é sumo
sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, entende-se que um sacerdócio
falível e temporal é substituído por um sacerdócio infalível, irrepreensível,
perfeito e eterno. É por isso que Hebreus 7.12 diz que houve mudança de
sacerdócio. ]“NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos,
por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Missionário Vicente Dudman
Natal/RN
Dezembro/2015
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