
Após
passar pela Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa de São
Paulo (Alesp), deve ir para votação em plenário. A proposta prevê a entrega de
um ‘kit bíblico’ para escolas da rede estadual paulista.
O
público-alvo são alunos de 6 a 12 anos que frequentam o ensino fundamental
tanto da rede pública quanto escolas privadas. O projeto ainda permite que
escolas estabeleçam parcerias com entidades religiosas para desenvolver o
conteúdo. Isso faria que o poder público tenha “o mínimo de custo possível”.
Deixa claro também que ensinaria os alunos a “respeitar e observar as diversas
religiões existentes no país”.
O
material com histórias da Bíblia seria divulgado em livros, vídeos e palestras.
As aulas terão caráter extracurricular e não seriam obrigatórias. Para Rodrigo
Moraes, “a Bíblia é laica e o projeto não tem a ver com a questão do estado
laico”. Justificou ainda “Queremos levar esse conhecimento para a juventude e
que ela cumpra o mandamento bíblico”.
Ao
justificar o projeto, o deputado argumentou: “O contato com a palavra de Deus
proporcionará aos alunos um desenvolvimento intelectual, social e cultural mais
produtivo, tornando-os mais solidários e altruístas”.
A
proposta está sendo criticada por deputados que afirmam a defesa do estado
laico. Até mesmo o deputado Gilmaci Santos (PRB), que é evangélico, avisou que
votará contra a aprovação. “Quem quer ensinar a Bíblia para o filho tem de
fazer isso dentro de casa, não na escola. Embora eu seja de origem evangélica,
acho que não cabe a discussão. Defendo a laicidade do Estado”.
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