Estamos disponibilizando pra você todo início de semana, mais um comentário sobre cada lição da EBD. Assim fazemos, para que os irmãos possam melhor preparar sua aula. Cada item, contém um comentário, para que o amado leitor entenda melhor os tópicos da lição. Estudaremos esta semana a última lição nº 13 desse 4º trimestre, que tem como título: Isaque, a realidade de um sonho. Para cada tópico, deixamos o nosso comentário. Fizemos cuidadosa pesquisa a respeito dessa tão importante lição. Buscamos auxílio e Ainda recorremos a vários mestres no assunto, para que pudéssemos aplicá-lo para o seu melhor entendimento. Em caso de dúvidas com relação ao assunto, deixe seu comentário, a sua dúvida, no final desta postagem, que responderemos com todo prazer a sua pergunta. Espero que satisfaça a todos, e tenha uma boa aula.
INTRODUÇÃO
Neste domingo,
veremos como Deus usou José para garantir a sobrevivência de Israel. Tudo
começou com um sonho que, no devido tempo, fez-se realidade. Mas, do sonho à
realidade, o jovem hebreu viu-se reduzido à escravidão até ser exaltado como
governador de toda terra do Egito. José soube esperar com paciência. Quem tem
sonhos dados por Deus não tem pressa. Sabe que tudo haverá de cumprir-se no
tempo estabelecido pelo Eterno.
Comentário
Dentre os doze filhos varões de Jacó, um tem-se destacado, por demonstrar
excelentes virtudes e por refletir uma beleza interior do coração. É a história
de José, o filho mais velho de Raquel, segunda esposa e primeiro amor de Jacó.
"E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles
que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28) -
É impressionante como Deus cuida do seu povo. Através de toda a Bíblia fica
evidente a fidelidade e o amor do Senhor. Ele é um verdadeiro Pai, que cuida de
cada um de uma maneira única e singular, sempre pensando em nosso benefício e
daqueles que nos cercam. Nesta última lição, veremos como esse cuidade, amor e
fidelidade do Senhor se evidenciou na vida de José, e através deste, de toda a
casa de Israel.
I. A HISTÓRIA DE JOSÉ
José era bisneto
de Abraão, amigo de Deus. À semelhança de seu pai, Jacó, e do avô, Isaque, era
um homem de profundas experiências com o Senhor. A seu modo, era um profeta e
um especialista em sonhos.
1. Filho da
afeição. José era filho de
Raquel, a esposa amada de Jacó (Gn 29.18-20,30). Seu nascimento foi celebrado
por sua mãe (Gn 30.22-24). Em hebraico, José significa Jeová acrescenta.
Comentário
Nascido em Padã-Arã, depois de muito
tempo em que Raquel esperou em vão por um filho (Gn 30.1,22 a 24). Os filhos da
mulher favorita de Jacó foram José e Benjamim, sendo cada um deles particular
objeto da profunda afeição de seus pais. Acredita-se que, em virtude desta
parcialidade, surgiram acontecimentos de grande importância. Na primeira
referência que a José se faz depois do seu nascimento, é ele um rapaz de
dezessete anos, dileto filho de Jacó, tendo já este patriarca atravessado o rio
Jordão, e havendo fixado em Canaã a sua residência. Raquel já tinha morrido, e
por esta razão era de Jacó que pendia o cuidado dos dois filhos favoritos, e
também por ser ainda jovem, servia José de portador de recados para seus irmãos
mais velhos, que estavam longe, guardando os rebanhos - e, andando ele vestido
com roupa superior à deles, era isso motivo de grande ofensa para os filhos de
Jacó. Talvez o seu pai tivesse feito a ‘túnica de muitas cores’ com as suas
próprias mãos, em conformidade com o costume ainda em voga entre os beduínos. E
explica-se assim o ódio e o ciúme daqueles moços. Tanto a sua mãe como ele
próprio tinham sido colocados desde o princípio em lugar de honra. Era Raquel a
verdadeira esposa - e por isso só ela é nomeada como ‘mulher de Jacó’ na
genealogia, que vem no cap. 46 de Gênesis. Além disso, a retidão de José era
tal que eles reconheciam a sua própria inferioridade, comparando as suas vidas
com a de José, mais pura e mais tranqüila. E então acontecia que ele levava a
seu pai notícias dos maus feitos de seus irmãos (Gn 37.2). Mas parece que foi a
‘túnica talar de mangas compridas’ que fez que o ódio de seus irmãos se manifestasse
em atos (Gn 37.3).
2. Filho da decisão. Talvez o seu nascimento tenha levado
Jacó a munir-se de uma firme atitude diante de Labão, seu sogro: “Deixa-me ir;
que me vá ao meu lugar e à minha terra” (Gn 30.25). O filho do coração mexeu
com a alma do patriarca que, por longos anos, achava-se exilado em Padã-Arã.
Enfim, chegara a hora de retornar à casa de Isaque, seu pai.
Comentário
Raquel, a mãe de José
teve a criança depois de anos de esterilidade (Gn 30.22). Jacó tinha 91 anos
quando José nasceu. Deus, então, manda Jacó voltar à terra de seus pais.
Atendendo as orientações de Deus, Jacó partiu de Padã-Arã com toda a sua
família, para voltar à terra de Canaã (Gn 31.17 e 18). A partida de Jacó e seus
filhos de Padã-Arã prenuncia o Êxodo das doze tribos de Israel do Egito; Eles
vão, não porque o filho do coração mexeu com a alma do patriarca, mas sim, em
resposta a um chamado de Deus para a dorar na terra de Canaã (Êx 3.13-18); eles
despojaram o inimigo de sua riqueza (Êx 12.35-36); eles são perseguidos por
forças superiores e salvos por intervenção divina (Êx 14.5-31). Estes exemplos
do Antigo Testamento apontam para a peregrinação do Novo Israel, a Igreja (veja
1Co 10.1-4). Durante sua viagem de retorno à Canaã, Jacó morou em Sucote e
depois em Siquém (Gn 33.17-19). Mais tarde foi morar em Betel (Gn 35.1, 5 e 6).
Em Betel o próprio Deus anunciou ao idoso Jacó a mudança de seu nome, que
passou a ser chamado de - Israel: “aquele que luta com Deus” (Gênesis 35:10).
Posteriormente, em caminho de Betel para Efrate (Belém), morreu Raquel, mãe de
José, ao dar à luz Benjamim (Gênesis 35:19).
3. Filho dos
sonhos. Já deixando a
adolescência, José teve dois sonhos. Assim ele relata o primeiro deles aos
irmãos: “Eis que estávamos atando molhos no meio do campo, e eis que o meu
molho se levantava e também ficava em pé; e eis que os vossos molhos o rodeavam
e se inclinavam ao meu molho” (Gn 37.7). Embora campesinos e rudes, eles não
tiveram dificuldades em interpretar-lhe o sonho: “Tu deveras terás domínio
sobre nós?” (Gn 37.8). Nem sempre nossos sonhos são compreendidos. Mas, se
procedem de Deus, certamente se cumprirão no tempo da oportunidade. O segundo
sonho foi ainda mais significativo: “E eis que o sol, e a lua, e onze estrelas
se inclinavam a mim” (Gn 37.9). Ao ouvir o relato, indagou-lhe o pai:
“Porventura viremos eu, e tua mãe, e teus irmãos a inclinar-nos perante ti em
terra?” (Gn 37.10). Por causa disso, seus irmãos vieram a odiá-lo. Jacó,
entretanto, tudo guardava no coração. Na qualidade de profeta e sacerdote de
Deus, sabia que algo grandioso estava para acontecer com o filho sonhador.
Comentário
A questão retórica foi posteriormente respondida quando José veio a
governar "sobre toda a terra do Egito" (41.43) e, então, sobre a
família da aliança vivendo no Egito. A posição de José como cabeça da família
da aliança foi .confirmada quando ele recebeu o "direito de
primogenitura" de seu pai Jacó (1Cr 5.2). Mais insuportável se tornou José
para com os seus irmãos quando ele lhes referiu os sonhos que tinha tido (Gn
37.5 a 11). Gn 37.11: considerava o caso consigo mesmo: esta declaração talvez
antecipe a decisão posterior de Jacó de dar a José o direito de primogenitura e
porção dobrada. Não tardou muito que se proporcionasse a oportunidade de
vingança. os irmãos de José tinham ido apascentar os seus rebanhos em Siquém, a
80 km de distância - e querendo Jacó saber como estavam seus filhos, mandou
José ali para trazer notícias dos pastores. Mas como estes já se tinham
retirado para Dotã, para ali também se dirigiu José, andando mais 24 km. Tinha
bebido pela última vez do poço de Jacó. Dotã era uma importante estação, que
ficava na grande estrada para caravanas, que ia de Damasco ao Egito. Havia, por
aqueles sítios, ricas pastagens, estando a terra bem suprida de cisternas ou
poços. Eram estas cisternas construídas na forma de uma garrafa, estreitas por
cima e largas no fundo, estando muitas vezes secas, mesmo no inverno. E também
eram empregadas para servirem de prisão. Naquela região foi encontrar José os
seus irmãos, que resolveram tirar-lhe a vida (Gn 37.19,20). Mas Rúben, ajudado
por Judá, fez todo o possível para o salvar, e isso conseguiu, não podendo,
contudo, evitar que ele fosse vendido como escravo (Gn 37.36). os compradores
eram negociantes ismaelitas ou midianitas, os quais, tendo dado por José vinte
peças de prata, tomaram a direção do Egito (Gn 37.25, 28,36). Entretanto os
irmãos de José levaram a seu pai a túnica de mangas compridas, com manchas de
sangue de uma cabra, para fazer ver que alguma fera o havia devorado. José foi
levado ao Egito e vendido como escravo a Potifar, oficial de Faraó (Gn 39.1).
Bem depressa ganhou a confiança de seu senhor, que lhe entregou a mordomia da
sua casa (Gn 39.4). Depois disto foi José tentado pela mulher de Potifar,
permanecendo, contudo, fiel a Deus e a seu senhor (Gn 39.8,9) - sendo
falsamente acusado pela dona da casa, foi lançado numa prisão (Gn 39.20). o
carcereiro-mor tratava José com certa consideração (Gn 39.21) - e no seu
encarceramento foi o moço israelita feliz na interpretação dos sonhos de dois
companheiros de prisão, o copeiro-mor e o padeiro-mor de Faraó (Gn 40). o
copeiro-mor, quando o rei precisou de um intérprete para os seus sonhos, contou
ao monarca que tinha conhecido na prisão um jovem de notável sabedoria (Gn 41.1
a 13). Em conseqüência disto foi José chamado, afirmando ele que só como
instrumento do Altíssimo Deus podia dar a devida interpretação (Gn 41.16).
Explicado o sonho de Faraó, ele aconselhou o rei a respeito das providências
que deviam ser tomadas, por causa da fome que ameaçava afligir o Egito. Faraó
recebeu bem os seus conselhos, e colocou-o na posição própria do seu tino e
sabedoria, dando-lhe, além disso, em casamento a filha do sacerdote de om (Gn
41.37 a 45). Nesta ocasião foi-lhe dado por Faraó um nome novo, o de
Zafenate-Panéia.
II. UM ESCRAVO
CHAMADO JOSÉ
Se em casa era o mais querido dos
filhos, no exílio, José teria de experimentar as angústias de um escravo. O
Senhor, porém, era com ele.
1. O preço de
um jovem. Os irmãos de José
venderam-no a uns mercadores ismaelitas por vinte siclos de prata (Gn 37.28).
Avaliaram-no abaixo da cotação do mercado para a compra de um escravo (Êx
21.32). As pessoas socialmente aviltantes não tinham muito valor. O valor de
José, entretanto, excedia ao do próprio ouro.
Comentário
Midiã e Medã eram filhos que Abraão teve com Quetura (25.1-2), e foram
posteriormente considerados por Israel como membros da mesma tribo, assim como
o seu meio irmão Ismael (Jz 8.22-24). Esta ação foi uma espécie de sequestro,
que em Êx 21.16 e Dt 24.17 classificam como passível de punição com morte. 20
ciclos de prata era o preço médio de um escravo à época. Os mercadores levaram
José ao Egito e o venderam a Potifar, comandante da guarda real de Faraó (Gn
37.28, 36; 39.1). Na providência de Deus esta triste viagem rumo à escravidão
foi o melhor que poderia ter acontecido a José. Apesar de José não compreender
o que estava acontecendo, Deus, contudo, estava utilizando essa situação para
conduzir José a um magnífico futuro, que de outra maneira não aconteceria.
2. A pureza
de um jovem. Quem serve a
Deus prospera até mesmo na servidão. Não sabemos o preço que Potifar ofereceu
por José. Mas logo descobriria ter adquirido um bem mui valioso, pois tudo o
que o jovem hebreu punha-se a fazer prosperava (Gn 39.6,7). Quem serve a Deus
prospera em qualquer circunstância (Sl 1.3). Por ser um jovem formoso, não
demorou a ser cobiçado pela esposa de seu amo (Gn 37.7). José, porém, temia a
Deus, e guiava-se por uma ética superior. Por isso, respondeu à sua senhora:
“Como, pois, faria eu este tamanho mal e pecaria contra Deus?” (Gn 39.9). Os
Dez Mandamentos ainda não haviam sido decretados, mas a lei de Deus já estava
gravada em seu coração (Rm 2.14).
Comentário
No Egito José mostrou ser um
diligente e fidedigno escravo, granjeando o respeito e a confiança de seu novo
dono. Vendo Potifar que Deus era com José, fazendo prosperar em sua mão tudo
quanto ele empreendia (Gn 39.3), decidiu Potifar promovê-lo a supervisor, com
responsabilidade sobre todas as questões domésticas. Em Gn 39.2, o texto
afirma: "O Senhor era com José que veio a ser homem próspero..."
Ainda que isto se refira a tornar-se materialmente próspero, José era também,
certamente, bem sucedido espiritualmente. Uma das lições que pode ser aprendida
conforme a história se desenvolve é que até mesmo uma pessoa espiritualmente
bem sucedida não está isenta da tentação. Paulo adverte: "Aquele, pois,
que pensa estar em pé, veja que não caia" (1Co 10.12). Precisamos estar
sempre em guarda contra as manobras de Satanás.
3. A prisão de um jovem. Embora muito o assediasse, a mulher de
Potifar não conseguiu arrastá-lo ao pecado. Certo dia, porém, estando apenas os
dois em casa, ela o agarrou pelas roupas. Ele, desvencilhando-se, deixou-lhes
as vestes nas mãos, e fugiu nu (Gn 39.10-12). Só um homem revestido da graça de
Deus é capaz de semelhante reação. Vendo-se rejeitada, a mulher acusa-o de
querer forçá-la. Quanto a Potifar, a fim de salvar as aparências, manda-o à
prisão, onde eram apenados os oficiais do rei (Gn 39.20). O egípcio poderia ter
executado o hebreu. Todavia, apesar de sua ira, preferiu não matá-lo. Apesar do
cárcere, José é bem-sucedido. Por isso, o carcereiro-mor entrega-lhe o cuidado
dos outros presos, pois “tudo o que ele fazia o Senhor prosperava” (Gn 39.23).
Comentário
Interessante notar que, tivesse Potifar acreditado na acusação feita pela
esposa, de que José havia tentado contra sua honra, indubitavelmente a punição
teria sido a morte. Há, ainda, outra lição a ser colhida: o registro inspirado
informa-nos que a esposa de Potifar instigou José não uma só vez, mas antes
"todos os dias" (versículo 10). Isto significa que ela tentou
seduzi-lo tanto quando ele estava fraco como quando ele estava forte. Algumas
das mais fortes tentações da vida são aquelas que ocorrem "todos os
dias". Na prisão, José foi tratado com grande severidade pelos seus
carcereiros. A respeito dele disse o salmista: “Feriram-lhe os pés com
grilhões; puseram-no a ferros, até o tempo em que a sua palavra se cumpriu; a
palavra de Deus o provou.” (Sl 105.18 e 19). Na prisão Deus mais uma vez
intervém. O capitão da guarda, por causa da conduta exemplar de José, deu-lhe
um cargo de confiança sobre os outros presos, inclusive dois de considerável
importância, lançados posteriormente na mesma prisão: o chefe dos copeiros e o
chefe dos padeiros.
III. UM LUGAR DE
REFÚGIO PARA ISRAEL
José não se
limitava a sonhar; também interpretava sonhos. O seu ministério era parecido
com o de Daniel.
1. O
intérprete de sonhos. Na
prisão, José foi designado a cuidar pessoalmente de dois assessores de Faraó
(Gn 40.4). E, certa manhã, ao ouvir-lhes os sonhos, interpretou-os
fidedignamente. De acordo com as suas palavras, o copeiro-mor foi restituído ao
cargo; o padeiro-mor, enforcado (Gn 40.6-22). Quem sonha não despreza os sonhos
alheios. José, porém, atribuía este poder não a si, mas ao Senhor: “Não são de
Deus as interpretações?” (Gn 40.8). Quando atribuímos a glória a Deus, não nos
tornamos arrogantes e jamais seremos esquecidos.
Comentário
Certo dia, quando fazia sua ronda costumeira, José notou que os
prisioneiros mais ilustyres, o chefe dos copeiros e o chefe dos padeiros de
Faraó, ambos tinham uma expressão muito preocupada. Eles disseram que haviam
tido um sonho estranho e que não podiam compreender o seu significado. Depois
de atribuir a interpretação a Deus, José fez saber a eles a significação: em
três dias o chefe dos copeiros seria reintegrado à sua antiga posição, e daria
o copo nas mãos de Faraó, como fazia antes. O diligente José pediu ao chefe dos
copeiros que se lembrasse dele quando estivesse de volta à corte, pedindo ao
Faraó a sua libertação. Quanto ao chefe dos padeiros, em três dias este seria
condenado à morte por ordem do rei. E assim aconteceu. “No terceiro dia, que
era aniversário de nascimento de Faraó, deu este um banquete a todos os seus
servos; e, no meio destes reabilitou o copeiro chefe, mas ao padeiro chefe
enforcou, como José lhes havia interpretado.” (Gn 40.20-22).
2. Um
economista de excelência. Passados
dois anos completos, Faraó teve dois sonhos bem agropecuários. No primeiro, viu
que sete vacas gordas eram devoradas por outras sete magras e feias. E, no
segundo, observou que sete espigas boas e graúdas eram igualmente devoradas por
outras sete mirradas e queimadas pelo vento oriental (Gn 41.2-7). Ao
interpretar o sonho ao rei, entregou-lhe também um plano econômico que, embora
simples, se mostraria eficaz para salvar não somente o Egito, mas os povos
vizinhos, entre os quais, os hebreus (Gn 41.32-36). O plano era bastante
prático: a fartura dos primeiros sete anos deveria ser armazenada para socorrer
a penúria dos sete anos seguintes. Ao ouvi-lo, Faraó constitui imediatamente
José como governador do Egito: “Acharíamos um varão como este, em quem haja o
Espírito de Deus?” (Gn 41.38). Seria muito bom se nossos ministros tomassem
algum conselho com José.
Comentário
O escravo liberto, agora com 30 anos de idade (Gênesis 41:46), após 13
anos de servidão, foi ritualmente adotado pela corte, recebendo um nome
egípcio: Zafenate-Panéia. Também como recompensa, Faraó deu-lhe por mulher
Asenate, filha de um sacerdote de Om cidade chamada posteriormente de
Heliópolis, o centro do culto ao sol. No devido tempo, os acontecimentos se
passaram precisamente como José previra. Durante os primeiros sete anos, José
se assegurou de que as abundantes colheitas de grãos em seu país de adoção
fossem estocadas. Durante esse período, José tem desfrutado de prestígio e
riqueza, bem como de felicidade pessoal. Asenate, sua mulher, deu à luz dois
filhos, que receberam os nomes de Manassés e Efraim
3. O salvador
de seu povo. Foi como
primeiro-ministro do Egito que José acolheu a família. Não somente perdoou as
ofensas aos seus irmãos, como proveu-lhes toda a subsistência. Ele soube como
interpretar as adversidades pelas quais passara. Diante da perplexidade de seus
irmãos, declarou-lhes: “Deus me enviou diante da vossa face, para conservar
vossa sucessão na terra e para guardar-vos em vida por um grande livramento”
(Gn 45.7). Após encontrar-se com o velho pai, Jacó, instala seus familiares na
terra de Gósen, onde os sustenta. E, ali, distante da influência dos cananeus e
dos egípcios, os hebreus puderam desenvolver-se até se tornarem uma grande e
poderosa nação (Êx 1.6,7). Aquele isolamento seria benéfico a Israel.
Comentário
Mesmo com a ascensão demorada de José, que era cárcere e, depois de Deus
o usar como intérprete para os sonhos do Faraó Ramsés, se tornar o 2º na terra
do Egito, nunca foi vista uma mudança de ego em José. Após o encontro com sua
família, José arranjou a melhor terra no Egito para que sua família morasse.
José viveu muitos anos no Egito até sua morte com 110 anos (Gn 50.22), mas
nunca se esqueceu da aliança de Deus para o povo de Israel. Essa aliança foi a
de que a terra de Canaã, onde morava seu pai Jacó, seria dada à Abraão e seus
descendentes. Antes de sua morte, José pediu para que fosse enterrado na Terra
de Canaã, pois era a Terra que Deus tinha dado a Abraão e seus descendentes por
herança.
CONCLUSÃO
Se fizermos a
vontade de Deus, até as adversidades redundarão em bênçãos e livramentos aos
que nos cercam. Todavia, não nos impacientemos se os sonhos que nos dá o Senhor
demoram a se cumprir. Para tudo há um tempo determinado. Há tempo para sonhar e
também para que cada sonho se realize. Que tudo ocorra, pois, de acordo com a
vontade de Deus.
Comentário
José viveu até a idade de 110 anos e morreu no Egito, terra onde passou
noventa e três anos da sua vida longe da terra de sua parentela, sem negar sua
fé. Antes de morrer, José disse a seus irmãos: “Eu morro, mas Deus certamente
vos visitará, e vos fará subir desta terra para a terra que jurou a Abraão, a
Isaque e a Jacó.” (Gn 50.24). Em seguida ele pediu que os irmãos dele fizessem
uma promessa. Disse José: “Quando Deus vos visitar, levareis os meus ossos
daqui.” (Gn 50.25). A história de José é muito mais que um simples retrato de
um homem de grande caráter e de fé admirável. É também um marco decisivo na
história do povo escolhido de Deus e um modelo de conduta para todos quantos
desejam sinceramente ser fiéis ao Senhor.]“NaquEle que me garante: "Pela
graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus"
(Ef 2.8)”
Missionário
Vicente Dudman
Natal-RN
Dezembro de 2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário