A “festa da carne”, termo preferido de
muitos para se referir ao carnaval, terminou com um saldo de mortes, confusões,
sujeira e prisões, seja por casos de violência, seja por blitz da lei seca.
Em
Salvador, um homem faleceu ontem, 12 de fevereiro, após receber uma descarga de
alta tensão enquanto trabalhava na manutenção do trio elétrico Me Abraça, que
era puxado pela banda de axé Asa de Águia. Erisvaldo Max de Carvalho, 23 anos,
caiu de cima do trio devido à descarga, por volta das 9h00, na avenida Ademar
de Barros, segundo informações da Folha de S. Paulo.
A
polícia baiana recapturou um fugitivo enquanto ele curtia a folia de carnaval.
O rapaz, que havia deixado um bilhete zombando da segurança na cadeia em
Brumado, interior do estado, foi reconhecido por policiais que faziam a
segurança da festa e encaminhado novamente ao Distrito Policial, de acordo com
o G1.
Já
no Rio de Janeiro, brigas deixaram um morto e cinco feridos no Estado. Em Bento
Ribeiro, o jovem Danilo Costa Almeida morreu com um tiro durante uma confusão,
em que outros três foram baleados, mas sobreviveram. As demais vítimas foram
registradas em Nilópolis, onde outras duas pessoas foram baleadas após uma
briga que começou durante uma brincadeira de bate-bolas, tradição do subúrbio
carioca onde grupos vestem máscaras e saem nas ruas assustando as pessoas.
Além
das mortes, chamou atenção o fato de que as blitz da lei seca no Rio de Janeiro
resultaram na apreensão de mais de cem carteiras de habilitação por direção sob
efeito de álcool.
Os
atendimentos médicos a pessoas que tiveram algum mal estar na Marquês de
Sapucaí chegaram a dois mil. Os principais sintomas relatados foram dores de
cabeça e desidratação. O sambódromo do Rio também atraiu atenção dos jornais
pela quantidade de lixo produzida: a prefeitura carioca recolheu
aproximadamente 330 toneladas de dejetos, contra 300 toneladas de lixo
produzidas pelos foliões nas ruas da cidade.
Em
São Paulo, a quantidade de pessoas flagradas pelas fiscalizações da lei seca
somaram 43. A polícia utilizou um equipamento que além de detectar o uso de
álcool, também acusava o uso de entorpecentes, como cocaína e maconha, por
exemplo.
Em
Santos, no litoral paulista, um carro alegórico da escola de samba Sangue
Jovem, ligada à torcida organizada do Santos F. C., pegou fogo e o incidente
resultou na morte pelo menos quatro pessoas. Ao menos outras seis pessoas
ficaram feridas e foram socorridas a hospitais da região.
Lucas
Medeiros, um menino de oito anos de idade que estava em cima do carro
alegórico, disse ao G1 que o número de mortos poderia ser maior caso as
crianças não tivessem sido retiradas do veículo: “Achei que tinha estourado um
pneu. O carro tremeu bastante. Na saída, todos nós estávamos cansados e
conseguimos descer juntos, mas era para termos descido depois. Eu fiquei
paralisado quando vi o incêndio. Foi a primeira vez que desfilei, mas, mesmo
com o susto, pretendo continuar. Eu senti que Deus me protegeu”.
Em
Sergipe, duas crianças de 10 e 11 anos foram mortas por atropelamento. Um trio
elétrico desgovernado na festa popular da cidade de Nossa Senhora do Socorro,
na região metropolitana da capital Aracaju, foi a causa da morte das crianças.
Outras pessoas também ficaram feridas, porém a polícia local não soube precisar
quantas foram.
No
Distrito Federal não foram registrados grandes incidentes, mas chamou a atenção
a quantidade de lixo deixada nas ruas da capital federal. Garis se mobilizaram
em equipes para recolher os restos da festa que foram deixados nos principais
pontos turísticos da cidade.
Fonte: Gospel+
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