A
repórter Diana Bridgett, do site The Christian Post fez uma série de
entrevistas sobre o assunto em uma matéria publicada recentemente.
Emily
Michaels pós-graduanda no Seminário Teológico de Nova York, afirma “Eu gostaria
de ver a igreja ser como nos dias de minha avó. A igreja de hoje tornou-se um
espetáculo. Funciona quase como uma peça de teatro ou um musical. Você tem os
espectadores, os cantores, os músicos, e um texto que parece decorado… tudo é
ensaiado e acontece segundo o planejamento. Temos tempo para todas estas
coisas, mas onde está a ação do Espírito Santo e o que aconteceu com a igreja
simples?”.
Cynthia
Hartgrove frequenta uma megaigreja em Nova Jersey, compartilha, mas lamenta:
“Eu quase parei de ir à igreja pela mesma razão. Se eu quisesse apenas me
divertir, poderia ir ao cinema. Eu não estou dizendo que o canto e a dança não
são coisas boas, mas quando parece que é só isso, eu fico com dúvidas. É
difícil até sair da cama quando seu coração está sobrecarregado e você vai à
igreja e percebe que nada está mudando”.
Ele
complementa, “nos tornamos tão críticos e rigorosos com os demais… criamos uma
imagem de Deus que parece estar esperando para ver o que fazemos. Então ele
poderá nos castigar ou recompensar. Esse parece ser o pensamento de todos sobre
o amor de Deus nas pregações”.
Para
Hartgrove é preciso repensar o que se deve esperar da igreja: “Muitas pessoas
estão sofrendo. Eles vão à igreja para serem consoladas e restauradas. Muitos
de nós estamos passando por crises ou sérios problemas. A igreja parece que não
serve mais como um lugar de refúgio, mas é um lugar apenas de cobrança”.
Mark
Rogers é diácono de sua igreja em Filadélfia. Ele entregou sua vida ao Senhor
aos cinco anos. Agora ele tem 72 e acredita que, de modo geral, as igrejas têm
sacrificado princípios do evangelho em troca de aceitação pelo mundo. “A Bíblia diz
que estamos no mundo, mas não devemos fazer parte dele. Em nosso esforço para
crescer, acabamos ignorando os ensinamentos básicos para ficarmos mais
populares… A igreja tornou-se um negócio. O que está faltando é o evangelho
puro e a experiência de intimidade com o Senhor. Isto é o que nós perdemos,
intimidade com Deus”.
Ouvido
pelo Gospel Prime sobre
o assunto, o missionário brasileiro Alex Carvalho asseverou: ”Parece que
o entretenimento tem se infiltrado nas nossas igrejas e as pessoas hoje não
consideram mais a suficiência da Palavra ,em cultos que trocaram a palavra por
outros programas e realmente isso gera uma teatralização da fé. Os
antigos hinos que mexiam com a alma substituídos por músicas descartáveis de
artistas gospel que vêm e vão. É preciso voltarmos à essência da plena, genuína
e suficiente Palavra e desejarmos a manifestação da presença de Deus nos
transformando, não nos divertindo”.
Fonte: Gospel Prime
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