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quarta-feira, 2 de março de 2016

EBD - Lição 10 - Milênio - Um tempo glorioso para a terra

Missionário Vicente Dudman
 Formatura:
Teologia - Escola Teológica das
Assembleia de Deus no Brasil
Direito - Universidade Estácio de
Sá (Câmara Cascudo) no Rio
Grande do Norte.
Inglês - University of Texas
Estados Unidos.
Estamos disponibilizando pra você todo início de semana, mais um comentário sobre cada lição da EBD. Assim fazemos, para que os irmãos possam melhor preparar sua aula. Cada item, contém um comentário, para que o amado leitor entenda melhor os tópicos da lição. Estudaremos esta semana a lição nº 10 desse 1º trimestre, que tem como título: MILÊNIO - UM TEMPO GLORIOSO PARA A TERRA. Para cada tópico, deixamos o nosso comentário. Fizemos cuidadosa pesquisa a respeito dessa tão importante lição. Buscamos auxílio e Ainda recorremos a vários mestres no assunto, para que pudéssemos aplicá-lo para o seu melhor entendimento. Em caso de dúvidas com relação ao assunto, deixe seu comentário, a sua dúvida, no final desta postagem, que responderemos com todo prazer a sua pergunta. Espero que satisfaça a todos, e tenha uma boa aula.


INTRODUÇÃO
Satanás será preso por mil anos, mas em seguida será solto, para logo em seguida ser lançado no Lago de Fogo. Neste tempo, onde estarão os salvos em Cristo? Eles estarão com Jesus Cristo e reinarão, juntamente com Ele, por um período de mil anos. Este será o tema da lição que estudaremos na aula de hoje — o Milênio. 

Comentário
Milenarismo ou milenialismo (derivada do latim millenium - "milênio") designa a doutrina que anuncia o regresso de Jesus Cristo para constituir um reino com duração de mil anos (Ap 20.1-10). O estabelecimento do reino milenar de Cristo se torna indispensável, porque somente assim, haverá o cumprimento de todas as alianças feitas por Deus com Israel. Sabemos que uma aliança é um pacto, um acordo. E Deus fez vários pactos, acordos com a nação de Israel, nas quais, Ele próprio Se obrigou a cumpri-los, independente do homem obedecer a Deus ou não. Já comentei sobre as três escolas principais de interpretação: Os Pré-Milenistas, que entendem a base da interpretação literal das profecias, a Vinda de Jesus Cristo precederá o Seu reinado de mil anos em companhia de Seus remidos; os Pós-Milenistas, que acreditam que a Segunda Vinda de Jesus Cristo será precedida da vitória final do Evangelho no período do milênio, e os Amilenistas, aqueles que entendem que a descrição de Apocalipse 20 é puramente simbólica. Sobre os Pré-Milenistas, escrevi também que há duas linhas de pensamento; o Pré-milenismo histórico e o dispensacionalista. Rapidamente, temos: Pré-milenismo histórico: Durante os primeiros quatro séculos da história da Igreja, de acordo com vários documentos da época (como o Didaquê e a Epístola de Barnabé), predominava o que é conhecido como pré-milenismo, ou seja, a perspectiva de que Jesus voltará depois do período final de tribulação e antes do milênio de paz e justiça sobre a Terra. Somente depois desse milênio é que começará o Reino eterno.Pré-milenismo dispensacionalista: No século 19, houve um retorno ao pré-milenismo, porém com algumas diferenças fundamentais em relação ao pré-milenismo histórico dos primeiros séculos. Esse novo pré-milenismo, que seria conhecido como dispensacionalista por dividir o plano de Deus na Bíblia em etapas bem distintas chamadas dispensações, levou várias décadas para ser mais aceito e só se tornou a visão escatológica predominante nas igrejas evangélicas no século 20. A semelhança entre as duas linhas de pré-milenismo é que ambas interpretam o milênio de Apocalipse 20 como um período literal em que Jesus reinará na Terra depois da Segunda Vinda. A diferença é que o pré-milenismo dispensacionalista coloca uma vinda secreta de Jesus antes da tribulação, em que a Igreja será arrebatada para o Céu. Durante a tribulação e o domínio do anticristo, a nação de Israel será preparada para aceitar o Messias e ser a base do Reino milenar. Assim, haveria dois planos de Deus para dois povos distintos: um reino espiritual para a Igreja no Céu e um reino terreno para Israel na Terra. A Segunda Vinda ocorreria em duas etapas, uma secreta para arrebatar a Igreja antes da tribulação e outra visível no final da tribulação.

I. O REINO MILENIAL
1. A restauração da Terra. O Milênio será um período literal de mil anos. Este momento não é uma utopia como alguns afirmam. Deus criou tudo perfeito e outorgou ao homem autoridade e domínio para cuidar da Terra e dos animais. Mas o homem fracassou em cuidar de si mesmo e do seu habitat. A Queda rompeu a comunhão direta do homem com Deus. Não só a humanidade, mas toda a natureza foi maculada pelo pecado e aguarda a redenção que se dará quando Cristo assumir o Reino Milenial (Rm 8.20-23). 

Comentário
O Milênio é um período de mil anos, predito pelos profetas como sendo o reinado Messiânico, ou seja, o reinado do céu estabelecido na terra,inaugurando uma nova era espiritual, a sétima dispensação, um tempo probatório, especialmente para os que nascerem na época dourada em que Satanás estiver preso. O Milênio não é o fim nem a consumação de todas as coisas, como alguns supõem, mas um tempo de provação e de preparação para o desfecho completo da obra de Deus, quando então o Senhor Jesus, depois de dominar todas as coisas, entregará o reino ao Pai, lCo 15.24-28. Há nas Escrituras uma infinidade de textos referentes ao Milênio. Um dos primeiros, embora seja muito usado, não encontramos nele a palavra Milênio, mas seu sentido profético fala de um tempo em que Cristo reinará na casa de Judá, Gn 49.10: "Não se apartará de Judá o cetro, nem a vara de comando de entre seus pés, até que venha Aquele (Cristo) de quem ele é, e a esse obedecerão os povos", (VB). Aqui vemos a predição da vinda e do estabelecimento do reino Messiânico. Ao Senhor Jesus, como rei de Judá, com a vara de comando, que fala de seu governo de poder e de autoridade, todos os povos hão de obedecer. Quando Deus criou o homem colocou sob seu domínio os peixes, os répteis, as aves e todos os monstros, Gn 1.26. Infelizmente, por causa do pecado, o homem perdeu esse domínio, embora tenha pretendido sempre, com força bruta, dominar sobre a terra. Deus, ao criar o homem, dotou-o de faculdades instintivas, além da razão e tirocínio psicológico. Criou-o capaz de viver uma vida espiritual segundo o plano do seu Criador. No entanto, o pecado deturpou a criatura feita à semelhança do Criador, Gn 1.26, reduzindo-a a um ser inferior, como nos diz Pedro: "Mas estes, como animais sem razão", 2Pe 2.12. O propósito divino foi criar um ser capaz de governar a terra e de povoá-la, um ser que recebesse, para o exercício do seu domínio, a bênção de Deus, Gn 1.28. Como seria o globo terráqueo se Adão não tivesse transgredido as ordens de Deus?! Por certo continuaria sendo um paraíso. Seria o reino dos céus implantado em toda a natureza - esse era o plano do Altíssimo. Com isso, poderíamos ver na terra formosa os homens vestidos de roupagens luminosas, as vestes espirituais dos entes celestes. Como Deus, que é coberto de luz como de um manto, nós seríamos revestidos, SI 104.2. Quando Elias subiu ao céu, deixou suas vestes naturais para receber as espirituais, vestes permanentes, 2Rs 2.13. Os arqueólogos descobrem os milhões de anos e vão à fantástica era arqueozônica; isto equivale dizer que vão além de milhões de anos. Entretanto, o Sagrado Livro diz somente: "No princípio criou Deus os céus e a terra", Gn 1.1. Se a terra existe há milhões de anos, encontramos na Bíblia "No princípio..." Esse princípio é indefinível pelo saber humano. É possível que durante o período caótico, a terra toda fosse verdadeiro paraíso, tendo como governador aquela criatura que se elevou contra o próprio Criador, Is 14.12-17; Ez 28.11-18 onde vemos tudo perfeito, belo e maravilhoso. 

 2. A Terra será governada por Jesus. “E o Senhor será rei sobre toda a terra; naquele dia, um será o Senhor, e um será o seu nome” (Zc 14.9). O governo de Cristo vai alcançar todas as nações. Todos os reinos deste mundo são efêmeros, mas o reino de Cristo é eterno e vai abranger todos os países. Todos terão que se prostrar, reconhecendo o senhorio do Rei dos reis. Estejamos preparados para este glorioso momento com o nosso Salvador. 

Comentário
Jesus, ao voltar em seu Aparecimento Glorioso, estabelecerá seu reino milenar de paz verdadeira sobre a terra. O Espírito Santo de Deus revelou aos profetas Miquéias e Isaías os detalhes de como será este governo milenar de Jesus Cristo: "E julgará entre muitos povos, e arbitrará entre nações poderosas e longínquas; e converterão as suas espadas em relhas de arado, e as suas lanças em podadeiras; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra." (Mq 4.3); "E ele julgará entre as nações, e repreenderá a muitos povos; e estes converterão as suas espadas em enxadões e as suas lanças em foices; uma nação não levantará espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerrear." (Is 2.4). É muito importante ressaltar aqui que este será o único e verdadeiro governo de paz mundial, cujo Rei será Jesus Cristo. O que estamos vendo hoje são governantes mundiais prometendo falsas promessas de paz com o objetivo de se auto-promoverem. Deus nos faz advertências sobre a mentira dos governantes em 1 Tessalonicenses 5.3: "Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição (ruína e morte), como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão." É evidente que não haverá um reino teocrático na terra sem a presença pessoal e manifesta do Senhor Jesus Cristo. Toda a era depende de Seu retorno à terra como prometido. Tudo o que existe no milênio tem origem no Rei revelado. O milênio não poderia existir sem a manifestação de Cristo, de quem depende toda a era milenar. Jesus convida seu povo a governar com Ele. Finalmente, um novo tempo começa na terra e verdadeiramente aqueles que amam a Jesus serão sacerdotes de Deus com Ele, confirmando ainda mais sua herança em Deus e co-herança em Cristo em Romanos 8.17: "E, se nós somos [Seus] filhos, somos logo [Seus] herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo [compartilhando Sua herança com Ele]: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados." Daniel também obteve esta mesma revelação, por parte do Espírito Santo de Deus: "Até que veio o ancião de dias, e fez justiça aos santos do [Deus] Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos possuíram o reino." (Dn 7.22); "E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão." Dn 7.27.

3. Jerusalém será a capital do mundo. No Reino Milenial, Jerusalém será a capital espiritual e política do mundo (Is 2.1-3; 60.3). As nações terão de reconhecer o valor de Jerusalém, sob pena de sofrerem sérias consequências (Zc 14.16,17).

Comentário
Esta cidade será totalmente restaurada cumprindo-se a visão do salmista Davi que disse: “Grande é o Senhor e mui digno de ser louvado na cidade de nosso Deus, Seu santo nome, belo e sobranceiro é a alegria de toda a terra, o monte Sião para todos os lados do norte a cidade do grande Rei. Nos palácios dela Deus se faz conhecer como alto refúgio” (Sl 48.1-3). O Lugar do Reino será na Terra, refletindo não somente o aspecto espiritual, mas também o terreal (Is 65.21; Mt 5.25-26; Ap 5.9-10). A Capital do Reino: será Jerusalém (Sl 48.1-3). Biblicamente, a Palestina é o centro geográfico da Terra. Será o centro de adoração para todos os povos. Jerusalém terrena será a capital do Reino e de onde sairá todas as decisões. Haverá segurança e será exaltada. (Is 24:23; 2:3; 62;7; Mq 4:2; Jr 33:16; Jl. 3:20,21; Zc 2:10-13; 8:22).

II. O GOVERNO DE JESUS CRISTO
1. Jesus governará com os seus servos. No Milênio, o governo de Cristo será teocrático, vindo do céu, implantado sem a mão do homem, que é corruptível. Seu reino jamais “passará a outro povo”, será eterno (Dn 2.44,45; 7,27). Tudo o que ainda restar de estruturas dos impérios, reinos e governos, será aniquilado e substituído pelo Reino de Cristo. Jesus reinará com poder pleno sobre a Terra (1Tm 1.17). As palavras do salmista, declaradas no Salmo 96, serão cumpridas na implantação do Reino Milenial de Cristo sobre a Terra (Sl 96.7-13; Is 33.22). 

Comentário
No reino milenar, iremos reinar com Cristo, mas para isso precisamos distinguir o que é reinar segundo o conceito de Deus – algo muito diferente, para não dizer oposto, do conceito humano. O conceito humano está envenenado pela mentira que a serpente inoculou no primeiro casal, cujo efeito – para usarmos uma comparação com um fenômeno atual – foi como o de tornar transgênico o seu DNA, que seria transmitido de geração para geração à humanidade em formação. Podemos compreender esta situação quando Jesus, na condição de último Adão, repreende Pedro por este cogitar das coisas dos homens e ser, portanto, um porta-voz de Satanás para tentar desviá-lo (Jesus) da cruz (Mt 16.21-23). Era como se Pedro estivesse exalando o hálito desse veneno. Isso também fica claro quando Jesus debate com os judeus que pretendiam matá-lo julgando prestar um serviço a Deus. Jesus os denunciou por estarem dando ouvidos a Satanás, que é mentiroso e homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade (Jo 8.44). esus apresentou o antídoto para este veneno quando afirmou que através do conhecimento da verdade – o próprio Cristo – o homem pode ser liberto. Segundo o pensamento envenenado dos homens, governar significa dominar sobre os semelhantes, mas para Jesus governar é servir. Para governar com Cristo, o principal requisito é pensar como ele, possuir e agir conforme a sabedoria dele. Assim como, ressuscitado, Jesus governou sobre os discípulos a caminho de Emaús, sobre os discípulos pescadores e o cardume de peixes na pesca abundante, sobre a incredulidade de Tomé e sobre o futuro de Pedro, da mesma forma vamos exercer nosso correinado com ele. Nos dias do reino milenar, estaremos num corpo ressuscitado, semelhante ao de Jesus, e agiremos de modo a não deixar errar os homens que estiverem num corpo natural, tal como estavam os discípulos. Aqueles quarenta dias foram um período em que Cristo reinou sobre alguns homens e num pequeno espaço desta Terra. No milênio, contudo, seu reino será sobre todos, universalmente!

2. A Igreja reinará com Cristo (Ap 20.6; 1.6, 5.10). Todos os salvos em Jesus Cristo serão reis e sacerdotes e reinarão com Cristo com poder e autoridade (Ap 2.26,27; 2Tm 2.12a). Além de julgar o mundo, os salvos, que fazem parte da Igreja de Cristo, hão de julgar os anjos! (1Co 6.3). 

Comentário
Estes reviverão e estarão presentes no reinado de Jesus Cristo: Todos os que foram arrebatados: É necessário lembrar que o Arrebatamento separou os mortos em Cristo e os que foram arrebatados em vida. Todos os novos crentes convertidos durante a Tribulação (pós-Arrebatamento): todos os que foram deixados para trás no Arrebatamento, mas aceitaram a Jesus como Senhor e Salvador durante a Tribulação, sejam os já mortos no período ou os que sobreviveram durante os sete anos, também estarão presentes no governo milenar. Os santos do Velho Testamento: serão ressuscitados depois do governo milenar, para também receberem seu galardão por sua fidelidade a Deus.

3. A Nova Jerusalém. É a cidade celeste e eterna, que será destinada a todos os salvos em Jesus Cristo. Segundo as Escrituras sua beleza é impar, mas somente os crentes, lavados e redimidos pelo sangue do Cordeiro, poderão desfrutar de tal preciosidade. A Nova Jerusalém não é uma utopia, como afirmam alguns teólogos. Ela é real e os crentes devem desejar alcançá-la. Neste mundo estamos sujeitos à morte, à dor, às enfermidades e a muitos outros males, mas há uma cidade santa sendo preparada para nós. Ali não haverá choro nem dor e todos viverão eternamente com Cristo (Ap 21.1,2,10-27). 

Comentário
Em princípio, há três Jerusaléns que não devem ser confundidas: a Jerusalém celestial (Hb 12.22, Ap 21.10-22.5), que é a igreja em seu caráter administrativo nos céus, a Jerusalém terrena (Jr 3.17, 30.18, Sl 48, Ez 49.15-20), que é a habitação do príncipe e de outros santos provavelmente da família real de Davi no Milênio, e a Nova Jerusalém (Ap 21.2), que é a cidade dos santos no Estado Eterno. Todas são chamadas santas (Ap 21.2, 10, Joel 3.17)". Os profetas do Antigo Testamento usaram a figura de uma nova e perfeita cidade para representar a bênção da comunhão com Deus depois de um período de sofrimento. Especificamente, falaram da igreja ou do reino do Messias que viria depois da purificação do cativeiro. Este tema é especialmente forte em livros como Ezequiel (capítulos 40-48) e Isaías (capítulos 60-66; especialmente 65.18-19). Paulo desenvolveu o mesmo tema quando falou de Jerusalém livre, que vem de cima (Gálatas 4.26-31). O autor de Hebreus, também, viu a cidade celestial como a igreja já existente no primeiro século: “Mas tendes chegado ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial...igreja dos primogênitos” (Hebreus 12.22-23). A mesma linguagem aqui no Apocalipse descreve a igreja do Senhor. Nada no texto aqui limita essas bênçãos ao futuro (a igreja no céu). Podemos entender a nova Jerusalém como a igreja já abençoada aqui na terra e, desta maneira, a interpretação deste trecho se ajusta ao contexto histórico do livro. Ataviada como noiva adornada para o seu esposo: A mesma figura que encontramos em 19.7-8. Isaías descreveu as bênçãos da salvação em Cristo “como noiva que se enfeita com as suas jóias” (61.11).

III. ASPECTOS RELEVANTES DO MILÊNIO
1. Quem vai participar deste Reino. Vão participar do Milênio todos os salvos em Jesus Cristo, “o remanescente” dos israelitas, salvos por Cristo, na batalha do Armagedom (Rm 9.27) e os que escaparem da Grande Tribulação. 

Comentário
O reino teocrático terrenal, instituído por Jesus na sua segunda vinda, incluirá todos os salvos de Israel e também os gentios salvos, que estiverem vivos por ocasião de seu retorno. As Escrituras deixam bem claro que todos os pecadores serão eliminados antes da instituição do reino (Is 1.19-31; 65.11-16; 66. 15-18; Jr 25.27-33; 30.23,24; Ez 11.21; 20. 33-44; Mq 5.9-15; Zc 13.9; Ml 3.2-6; 3,18; 4.3) O registro do julgamento das nações (Mt 25.35) revela que apenas os salvos entrarão no reino. A parábola do trigo e do joio (Mt 13.30,31) e a parábola da rede ( Mt 13.49,50) mostram que apenas os salvos entrarão no reino. Daniel deixa claro que o reino é dado aos santos: Dn 7.18,22,27).

2. Haverá um conhecimento universal de Deus. “[...] A terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Is 11.9; 54.13). Haverá um derramamento pleno do Espírito Santo (Is 32.15). Será um verdadeiro avivamento mundial (Mq 4.2; Mt 24.14).

Comentário
O ministério do Rei levará os súditos do reino ao pleno conhecimento. Sem dúvida haverá um ensinamento sem paralelo do Espírito Santo (Is 11.1,2,9; 41.19,20; 54.13; Hc 2.14)

3. Haverá paz na Terra. Jesus é o “Príncipe da Paz” (Is 9.6) e durante o Milênio o homem desfrutará da paz que só Jesus pode dar e que não depende das circunstâncias. As famílias viverão em completa união (Is 65.23), não haverá mais guerras ou ações terroristas, durante os mil anos de paz sobre a Terra (Is 2.4). A justiça e a verdade neste período serão plenas (Is 11.4,5), pois o Filho de Deus é quem julgará com justiça e retidão.

Comentário
O término da guerra pela unificação dos reinos do mundo sob o reinado de Cristo, juntamente com a prosperidade econômica resultante, visto que as nações não precisam dedicar grandes proporções de dinheiro a armamentos, é um dos temas principais dos profetas. A paz nacional e individual é fruto do reino do Messias (Is 2.4;  9.4-7; 11.6-9).

4. A natureza será transformada. Animais selvagens vão perder sua ferocidade e poderão conviver harmoniosamente com o ser humano. Leia Isaías 11.6-8. A maldição da Terra por causa do pecado desaparecerá (Gn 3.17,18). Não haverá necessidade de agrotóxicos, pois a bênção de Deus estará sobre a produção de alimentos. Não haverá pestes, enchentes, terremotos, nem falta de alimentos na Terra (Jr 31.12; Sl 67.5,6), pois terá uma produção agrícola jamais vista. 


Comentário
A terra será consertada e restaurada, tornando-se um verdadeiro paraíso aos homens que confiam em Cristo. No sermão da bem-aventurança Jesus prometeu o seguinte: "Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra" (Mt 5.5). Vejamos então a descrição das mudanças que este globo terrestre terá no decorrer dos mil anos: "Todo vale será levantado, e será abatido todo monte e todo outeiro; e o terreno acidentado será nivelado, e o que é escabroso, aplanado" (Is 40.4). A Bíblia nos ensina que no período de mil anos uma mudança profunda será feita na terra. Por exemplo, muitas montanhas e ilhas desaparecerão ou serão transladados a outros lugares: "Porque eis que o Senhor está a sair do seu lugar, e descerá, e andará sobre as alturas da terra. Os montes debaixo dele se derreterão, e os vales se fenderão, como a cera diante do fogo, como as águas que se precipitam por um declive"(Mq 1.3-4). "E o céu recolheu-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares" (Ap 6.14). "Todas as ilhas fugiram, e os montes não mais se acharam" (Ap 16.20). O monte das Oliveiras na Palestina se repartirá: "Naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, do oriente para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se removerá para o norte, e a outra metade dele para o sul" (Zc 14.4). A terra tornará excepcionalmente fértil: "O deserto e a terra sedenta se regozijarão; o ermo exultará e florescerá; como o narciso florescerá abundantemente, e também exultará de júbilo e romperá em cânticos; dar-se-lhe-á a glória do Líbano, a excelência do Carmelo e Sarom; eles verão a glória do Senhor, a majestade do nosso Deus" (Is 35.1-2) "Em lugar do espinheiro crescerá a faia, e em lugar da sarça crescerá a murta; o que será para o Senhor por nome, por sinal eterno, que nunca se apagará" (Is 55.13). Os desertos áridos e secos produzirão água em abundância: "Os animais do campo me honrarão, os chacais e os avestruzes; porque porei água no deserto, e rios no ermo, para dar a beber ao meu povo, ao meu escolhido" (Is 43.20). No milênio o problema ecológico será completamente resolvido. As árvores crescerão em grande número e não haverá derrubadas indiscriminadas como nos dias de hoje. Veja em Ezequiel 47.7. Na região da Palestina surgirá um novo rio cujas águas conterão elementos que purificará qualquer outra fonte, inclusive o Mar Morto que há milhares de anos está podre, será purificado pelas águas desse novo rio. Veja Ezequiel 47.8-10. 

 5. Haverá saúde e prosperidade para todos. As condições ambientais serão altamente favoráveis à melhoria da qualidade de vida no planeta. A longevidade surpreenderá a todos pelas excelentes condições de saúde (Is 65.20-22). Além da saúde, as condições de moradia para todos serão as melhores jamais vistas. 

Comentário
A Terra será restaurada a sua fertilidade, como diz em Is 35.6-7. O mar morto dará abundancia de peixes (Ez 47.1-12). Nunca mais haverá fome na Terra (Ez 36.29-30). A Terra será como Jardim do Éden (Ez 34.36-37; Is 51.3). As riquezas serão abundantes (Is 60.16-17). A maldição será tirada da Terra (Gn 3.17-18). O Senhor irá restaurar a Terra por completo (Ez 36.29-36). O Senhor será o alvo de todas as atenções (Zc 8.20-23), todos quererão vê-lo (Is 2.2-4). Não haverá idolatria (Is 17.7-8). E a saudação será, O Senhor te abençoe (Jr 31.23). Os judeus nessa época serão os mensageiros do Rei Jesus (Zc 8.23), e eles serão uma benção para as nações (Zc 8.13). No início no Milênio a população mundial será escassa (Is 13.11-12). Mas, depois no decorrer dos acontecimentos, o Senhor mudará esse quadro conforme Jeremias 33.22. O mundo inteiro viverá nessa harmonia completa com Cristo, em gozo de alegria, paz mundial, sem fome e sem doenças; a Terra produzirá o que os homens precisarem, porque será abençoada como foi no princípio, e todos de todas as nações do mundo inteiro correrão a Jerusalém, para prestarem adoração ao Senhor Jesus (Zc 14.16). Haverá mudança no solo (Zc 14.10). A criação do mundo todo aguarda ansiosamente esse tempo para sua libertação (Rm 8.22-23). 


CONCLUSÃO
Deus tem um plano glorioso para o planeta Terra, que inclui a restauração espiritual, moral, social, ecológica e institucional. E essa realidade só se concretizará, no Milênio, quando Cristo implantar o seu reino na Terra. Jesus governará o mundo com poder e grande glória, após suplantar todos os reinos e governos do mundo. 


Comentário
O esplendoroso reinado de Cristo na terra por mil anos (Ap 5.10; 20.4-7; Is 65.20, 20, 25; Dn 2.35, 44; Lc 1.32, 33). Ocorrerá após a volta de Jesus, (Ap 20.1-7). Trata-se de um reino literal, cujo principal objetivo é a exaltação de Jesus não somente como messias de Israel, mas como o Desejado de todas as nações (Ag 2.7). Não é uma fantasia nem fruto de devaneios teológicos. É o reino de Deus que o Senhor Jesus Cristo, juntamente Sua Igreja, implantará neste mundo logo após a Grande Tribulação. Os crentes em Cristo devem saber que o milênio é uma doutrina essencialmente bíblica e consistentemente teológica. Enquanto este glorioso tempo não vier, continuemos a fazer aquela oração que Jesus nos ensinou: "Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra, como no céu" (Mt 6.10)“NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”.

Missionário Vicente
Natal/RN
Março de 2016


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