![]() |
Missionário Vicente Dudman
Formatura:
Teologia -
Assembleia de Deus no Brasil
Direito - Universidade Estácio de
Sá (Câmara Cascudo) no Rio
Grande do Norte.
Inglês - University of Texas
Estados Unidos. |
Estamos disponibilizando pra você todo início de semana, mais um comentário sobre cada lição da EBD. Assim fazemos, para que os irmãos possam melhor preparar sua aula. Cada item, contém um comentário, para que o amado leitor entenda melhor os tópicos da lição. Estudaremos esta semana a lição nº 10 desse 1º trimestre, que tem como título: MILÊNIO - UM TEMPO GLORIOSO PARA A TERRA. Para cada tópico, deixamos o nosso comentário. Fizemos cuidadosa pesquisa a respeito dessa tão importante lição. Buscamos auxílio e Ainda recorremos a vários mestres no assunto, para que pudéssemos aplicá-lo para o seu melhor entendimento. Em caso de dúvidas com relação ao assunto, deixe seu comentário, a sua dúvida, no final desta postagem, que responderemos com todo prazer a sua pergunta. Espero que satisfaça a todos, e tenha uma boa aula.
INTRODUÇÃO
Satanás será preso por mil anos, mas em seguida
será solto, para logo em seguida ser lançado no Lago de Fogo. Neste tempo, onde
estarão os salvos em Cristo? Eles estarão com Jesus Cristo e reinarão,
juntamente com Ele, por um período de mil anos. Este será o tema da lição que
estudaremos na aula de hoje — o Milênio.
Comentário
Milenarismo ou milenialismo (derivada do latim millenium -
"milênio") designa a doutrina que anuncia o regresso de Jesus Cristo
para constituir um reino com duração de mil anos (Ap 20.1-10). O
estabelecimento do reino milenar de Cristo se torna indispensável, porque
somente assim, haverá o cumprimento de todas as alianças feitas por Deus com
Israel. Sabemos que uma aliança é um pacto, um acordo. E Deus fez vários
pactos, acordos com a nação de Israel, nas quais, Ele próprio Se obrigou a
cumpri-los, independente do homem obedecer a Deus ou não. Já comentei sobre as
três escolas principais de interpretação: Os Pré-Milenistas, que
entendem a base da interpretação literal das profecias, a Vinda de Jesus Cristo
precederá o Seu reinado de mil anos em companhia de Seus remidos; os Pós-Milenistas,
que acreditam que a Segunda Vinda de Jesus Cristo será precedida da vitória
final do Evangelho no período do milênio, e os Amilenistas, aqueles
que entendem que a descrição de Apocalipse 20 é puramente simbólica. Sobre os
Pré-Milenistas, escrevi também que há duas linhas de pensamento; o
Pré-milenismo histórico e o dispensacionalista.
Rapidamente, temos: Pré-milenismo histórico: Durante os primeiros
quatro séculos da história da Igreja, de acordo com vários documentos da época
(como o Didaquê e a Epístola de Barnabé), predominava o que é conhecido como
pré-milenismo, ou seja, a perspectiva de que Jesus voltará depois do período
final de tribulação e antes do milênio de paz e justiça sobre a Terra. Somente
depois desse milênio é que começará o Reino eterno.Pré-milenismo
dispensacionalista: No século 19, houve um retorno ao pré-milenismo, porém
com algumas diferenças fundamentais em relação ao pré-milenismo histórico dos
primeiros séculos. Esse novo pré-milenismo, que seria conhecido como
dispensacionalista por dividir o plano de Deus na Bíblia em etapas bem
distintas chamadas dispensações, levou várias décadas para ser mais aceito e só
se tornou a visão escatológica predominante nas igrejas evangélicas no século
20. A semelhança entre as duas linhas de pré-milenismo é que ambas interpretam
o milênio de Apocalipse 20 como um período literal em que Jesus reinará na
Terra depois da Segunda Vinda. A diferença é que o pré-milenismo
dispensacionalista coloca uma vinda secreta de Jesus antes da tribulação, em
que a Igreja será arrebatada para o Céu. Durante a tribulação e o domínio do anticristo,
a nação de Israel será preparada para aceitar o Messias e ser a base do Reino
milenar. Assim, haveria dois planos de Deus para dois povos distintos: um reino
espiritual para a Igreja no Céu e um reino terreno para Israel na Terra. A
Segunda Vinda ocorreria em duas etapas, uma secreta para arrebatar a Igreja
antes da tribulação e outra visível no final da tribulação.
I. O REINO
MILENIAL
1. A restauração da Terra. O Milênio
será um período literal de mil anos. Este momento não é uma utopia como alguns
afirmam. Deus criou tudo perfeito e outorgou ao homem autoridade e domínio para
cuidar da Terra e dos animais. Mas o homem fracassou em cuidar de si mesmo e do
seu habitat. A Queda rompeu a comunhão direta do homem com Deus. Não só a
humanidade, mas toda a natureza foi maculada pelo pecado e aguarda a redenção
que se dará quando Cristo assumir o Reino Milenial (Rm 8.20-23).
Comentário
O Milênio é
um período de mil anos, predito pelos profetas como sendo o reinado Messiânico,
ou seja, o reinado do céu estabelecido na terra,inaugurando uma nova era
espiritual, a sétima dispensação, um tempo probatório, especialmente para os
que nascerem na época dourada em que Satanás estiver preso. O Milênio não é o
fim nem a consumação de todas as coisas, como alguns supõem, mas um tempo de
provação e de preparação para o desfecho completo da obra de Deus, quando então
o Senhor Jesus, depois de dominar todas as coisas, entregará o reino ao Pai,
lCo 15.24-28. Há nas Escrituras uma infinidade de textos referentes ao Milênio.
Um dos primeiros, embora seja muito usado, não encontramos nele a palavra
Milênio, mas seu sentido profético fala de um tempo em que Cristo reinará na
casa de Judá, Gn 49.10: "Não se apartará de Judá o cetro, nem a vara de
comando de entre seus pés, até que venha Aquele (Cristo) de quem ele é, e a
esse obedecerão os povos", (VB). Aqui vemos a predição da vinda e do
estabelecimento do reino Messiânico. Ao Senhor Jesus, como rei de Judá, com a
vara de comando, que fala de seu governo de poder e de autoridade, todos os
povos hão de obedecer. Quando Deus criou o homem colocou sob seu domínio os
peixes, os répteis, as aves e todos os monstros, Gn 1.26. Infelizmente, por
causa do pecado, o homem perdeu esse domínio, embora tenha pretendido sempre,
com força bruta, dominar sobre a terra. Deus, ao criar o homem, dotou-o de
faculdades instintivas, além da razão e tirocínio psicológico. Criou-o capaz de
viver uma vida espiritual segundo o plano do seu Criador. No entanto, o pecado
deturpou a criatura feita à semelhança do Criador, Gn 1.26, reduzindo-a a um
ser inferior, como nos diz Pedro: "Mas estes, como animais sem
razão", 2Pe 2.12. O propósito divino foi criar um ser capaz de governar a
terra e de povoá-la, um ser que recebesse, para o exercício do seu domínio, a
bênção de Deus, Gn 1.28. Como seria o globo terráqueo se Adão não tivesse
transgredido as ordens de Deus?! Por certo continuaria sendo um paraíso. Seria
o reino dos céus implantado em toda a natureza - esse era o plano do Altíssimo.
Com isso, poderíamos ver na terra formosa os homens vestidos de roupagens
luminosas, as vestes espirituais dos entes celestes. Como Deus, que é coberto
de luz como de um manto, nós seríamos revestidos, SI 104.2. Quando Elias subiu
ao céu, deixou suas vestes naturais para receber as espirituais, vestes
permanentes, 2Rs 2.13. Os arqueólogos descobrem os milhões de anos e vão à
fantástica era arqueozônica; isto equivale dizer que vão além de milhões de
anos. Entretanto, o Sagrado Livro diz somente: "No princípio criou Deus os
céus e a terra", Gn 1.1. Se a terra existe há milhões de anos, encontramos
na Bíblia "No princípio..." Esse princípio é indefinível pelo saber
humano. É possível que durante o período caótico, a terra toda fosse verdadeiro
paraíso, tendo como governador aquela criatura que se elevou contra o próprio
Criador, Is 14.12-17; Ez 28.11-18 onde vemos tudo perfeito, belo e maravilhoso.
2. A Terra
será governada por Jesus. “E o Senhor será rei sobre
toda a terra; naquele dia, um será o Senhor, e um será o seu nome” (Zc 14.9). O
governo de Cristo vai alcançar todas as nações. Todos os reinos deste mundo são
efêmeros, mas o reino de Cristo é eterno e vai abranger todos os países. Todos
terão que se prostrar, reconhecendo o senhorio do Rei dos reis. Estejamos
preparados para este glorioso momento com o nosso Salvador.
Comentário
Jesus, ao voltar em seu Aparecimento Glorioso, estabelecerá seu reino
milenar de paz verdadeira sobre a terra. O Espírito Santo de Deus revelou aos
profetas Miquéias e Isaías os detalhes de como será este governo milenar de
Jesus Cristo: "E julgará entre muitos povos, e arbitrará entre nações
poderosas e longínquas; e converterão as suas espadas em relhas de arado, e as
suas lanças em podadeiras; uma nação não levantará a espada contra outra nação,
nem aprenderão mais a guerra." (Mq 4.3); "E ele julgará entre as
nações, e repreenderá a muitos povos; e estes converterão as suas espadas em
enxadões e as suas lanças em foices; uma nação não levantará espada contra
outra nação, nem aprenderão mais a guerrear." (Is 2.4). É muito importante
ressaltar aqui que este será o único e verdadeiro governo de paz mundial, cujo
Rei será Jesus Cristo. O que estamos vendo hoje são governantes mundiais
prometendo falsas promessas de paz com o objetivo de se auto-promoverem. Deus
nos faz advertências sobre a mentira dos governantes em 1 Tessalonicenses 5.3:
"Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá
repentina destruição (ruína e morte), como as dores de parto àquela que está
grávida, e de modo nenhum escaparão." É evidente que não haverá um reino
teocrático na terra sem a presença pessoal e manifesta do Senhor Jesus Cristo.
Toda a era depende de Seu retorno à terra como prometido. Tudo o que existe no
milênio tem origem no Rei revelado. O milênio não poderia existir sem a
manifestação de Cristo, de quem depende toda a era milenar. Jesus convida seu
povo a governar com Ele. Finalmente, um novo tempo começa na terra e
verdadeiramente aqueles que amam a Jesus serão sacerdotes de Deus com Ele,
confirmando ainda mais sua herança em Deus e co-herança em Cristo em Romanos 8.17:
"E, se nós somos [Seus] filhos, somos logo [Seus] herdeiros também,
herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo [compartilhando Sua herança com
Ele]: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos
glorificados." Daniel também obteve esta mesma revelação, por parte do
Espírito Santo de Deus: "Até que veio o ancião de dias, e fez justiça aos
santos do [Deus] Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos possuíram o
reino." (Dn 7.22); "E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos
debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino
será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão."
Dn 7.27.
3. Jerusalém será a capital do mundo. No
Reino Milenial, Jerusalém será a capital espiritual e política do mundo (Is
2.1-3; 60.3). As nações terão de reconhecer o valor de Jerusalém, sob pena de
sofrerem sérias consequências (Zc 14.16,17).
Comentário
Esta cidade
será totalmente restaurada cumprindo-se a visão do salmista Davi que disse:
“Grande é o Senhor e mui digno de ser louvado na cidade de nosso Deus, Seu
santo nome, belo e sobranceiro é a alegria de toda a terra, o monte Sião para
todos os lados do norte a cidade do grande Rei. Nos palácios dela Deus se faz
conhecer como alto refúgio” (Sl 48.1-3). O Lugar do Reino será na
Terra, refletindo não somente o aspecto espiritual, mas também o terreal (Is
65.21; Mt 5.25-26; Ap 5.9-10). A Capital do Reino: será Jerusalém (Sl 48.1-3).
Biblicamente, a Palestina é o centro geográfico da Terra. Será o centro de
adoração para todos os povos. Jerusalém terrena será a capital do Reino e de
onde sairá todas as decisões. Haverá segurança e será exaltada. (Is 24:23; 2:3;
62;7; Mq 4:2; Jr 33:16; Jl. 3:20,21; Zc 2:10-13; 8:22).
II. O
GOVERNO DE JESUS CRISTO
1. Jesus governará com os seus servos. No Milênio,
o governo de Cristo será teocrático, vindo do céu, implantado sem a mão do
homem, que é corruptível. Seu reino jamais “passará a outro povo”, será eterno
(Dn 2.44,45; 7,27). Tudo o que ainda restar de estruturas dos impérios, reinos
e governos, será aniquilado e substituído pelo Reino de Cristo. Jesus reinará
com poder pleno sobre a Terra (1Tm 1.17). As palavras do salmista, declaradas
no Salmo 96, serão cumpridas na implantação do Reino Milenial de Cristo sobre a
Terra (Sl 96.7-13; Is 33.22).
Comentário
No reino milenar, iremos reinar com Cristo, mas para isso precisamos
distinguir o que é reinar segundo o conceito de Deus – algo muito diferente,
para não dizer oposto, do conceito humano. O conceito humano está envenenado
pela mentira que a serpente inoculou no primeiro casal, cujo efeito – para
usarmos uma comparação com um fenômeno atual – foi como o de tornar transgênico
o seu DNA, que seria transmitido de geração para geração à humanidade em
formação. Podemos compreender esta situação quando Jesus, na condição de último
Adão, repreende Pedro por este cogitar das coisas dos homens e ser, portanto,
um porta-voz de Satanás para tentar desviá-lo (Jesus) da cruz (Mt 16.21-23).
Era como se Pedro estivesse exalando o hálito desse veneno. Isso também fica
claro quando Jesus debate com os judeus que pretendiam matá-lo julgando prestar
um serviço a Deus. Jesus os denunciou por estarem dando ouvidos a Satanás, que
é mentiroso e homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade (Jo
8.44). esus apresentou o antídoto para este veneno quando afirmou que através
do conhecimento da verdade – o próprio Cristo – o homem pode ser liberto.
Segundo o pensamento envenenado dos homens, governar significa dominar sobre os
semelhantes, mas para Jesus governar é servir. Para governar com Cristo, o
principal requisito é pensar como ele, possuir e agir conforme a sabedoria
dele. Assim como, ressuscitado, Jesus governou sobre os discípulos a caminho de
Emaús, sobre os discípulos pescadores e o cardume de peixes na pesca abundante,
sobre a incredulidade de Tomé e sobre o futuro de Pedro, da mesma forma vamos
exercer nosso correinado com ele. Nos dias do reino milenar, estaremos num
corpo ressuscitado, semelhante ao de Jesus, e agiremos de modo a não deixar
errar os homens que estiverem num corpo natural, tal como estavam os
discípulos. Aqueles quarenta dias foram um período em que Cristo reinou sobre
alguns homens e num pequeno espaço desta Terra. No milênio, contudo, seu reino
será sobre todos, universalmente!
2. A Igreja reinará com Cristo (Ap 20.6; 1.6,
5.10). Todos os salvos em Jesus Cristo serão reis e
sacerdotes e reinarão com Cristo com poder e autoridade (Ap 2.26,27; 2Tm
2.12a). Além de julgar o mundo, os salvos, que fazem parte da Igreja de Cristo,
hão de julgar os anjos! (1Co 6.3).
Comentário
Estes reviverão e estarão presentes no reinado de Jesus Cristo: Todos os
que foram arrebatados: É necessário lembrar que o Arrebatamento separou os
mortos em Cristo e os que foram arrebatados em vida. Todos os novos crentes
convertidos durante a Tribulação (pós-Arrebatamento): todos os que foram
deixados para trás no Arrebatamento, mas aceitaram a Jesus como Senhor e
Salvador durante a Tribulação, sejam os já mortos no período ou os que
sobreviveram durante os sete anos, também estarão presentes no governo milenar.
Os santos do Velho Testamento: serão ressuscitados depois do governo milenar,
para também receberem seu galardão por sua fidelidade a Deus.
3. A Nova Jerusalém. É a
cidade celeste e eterna, que será destinada a todos os salvos em Jesus Cristo.
Segundo as Escrituras sua beleza é impar, mas somente os crentes, lavados e
redimidos pelo sangue do Cordeiro, poderão desfrutar de tal preciosidade. A
Nova Jerusalém não é uma utopia, como afirmam alguns teólogos. Ela é real e os
crentes devem desejar alcançá-la. Neste mundo estamos sujeitos à morte, à dor,
às enfermidades e a muitos outros males, mas há uma cidade santa sendo
preparada para nós. Ali não haverá choro nem dor e todos viverão eternamente
com Cristo (Ap 21.1,2,10-27).
Comentário
Em
princípio, há três Jerusaléns que não devem ser confundidas: a Jerusalém
celestial (Hb 12.22, Ap 21.10-22.5), que é a igreja em seu caráter
administrativo nos céus, a Jerusalém terrena (Jr 3.17, 30.18, Sl 48, Ez
49.15-20), que é a habitação do príncipe e de outros santos provavelmente da
família real de Davi no Milênio, e a Nova Jerusalém (Ap 21.2), que é a cidade
dos santos no Estado Eterno. Todas são chamadas santas (Ap 21.2, 10, Joel
3.17)". Os profetas do Antigo Testamento usaram a figura de uma nova e
perfeita cidade para representar a bênção da comunhão com Deus depois de um
período de sofrimento. Especificamente, falaram da igreja ou do reino do
Messias que viria depois da purificação do cativeiro. Este tema é especialmente
forte em livros como Ezequiel (capítulos 40-48) e Isaías (capítulos 60-66;
especialmente 65.18-19). Paulo desenvolveu o mesmo tema quando falou de
Jerusalém livre, que vem de cima (Gálatas 4.26-31). O autor de Hebreus, também,
viu a cidade celestial como a igreja já existente no primeiro século: “Mas
tendes chegado ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, a Jerusalém
celestial...igreja dos primogênitos” (Hebreus 12.22-23). A mesma linguagem aqui
no Apocalipse descreve a igreja do Senhor. Nada no texto aqui limita essas
bênçãos ao futuro (a igreja no céu). Podemos entender a nova Jerusalém como a
igreja já abençoada aqui na terra e, desta maneira, a interpretação deste
trecho se ajusta ao contexto histórico do livro. Ataviada como noiva adornada
para o seu esposo: A mesma figura que encontramos em 19.7-8. Isaías descreveu
as bênçãos da salvação em Cristo “como noiva que se enfeita com as suas jóias”
(61.11).
III.
ASPECTOS RELEVANTES DO MILÊNIO
1. Quem vai participar deste Reino. Vão
participar do Milênio todos os salvos em Jesus Cristo, “o remanescente” dos
israelitas, salvos por Cristo, na batalha do Armagedom (Rm 9.27) e os que
escaparem da Grande Tribulação.
Comentário
O reino
teocrático terrenal, instituído por Jesus na sua segunda vinda, incluirá todos
os salvos de Israel e também os gentios salvos, que estiverem vivos por ocasião
de seu retorno. As Escrituras deixam bem claro que todos os pecadores serão
eliminados antes da instituição do reino (Is 1.19-31; 65.11-16; 66. 15-18; Jr
25.27-33; 30.23,24; Ez 11.21; 20. 33-44; Mq 5.9-15; Zc 13.9; Ml 3.2-6; 3,18;
4.3) O registro do julgamento das nações (Mt 25.35) revela que apenas os salvos
entrarão no reino. A parábola do trigo e do joio (Mt 13.30,31) e a parábola da
rede ( Mt 13.49,50) mostram que apenas os salvos entrarão no reino. Daniel
deixa claro que o reino é dado aos santos: Dn 7.18,22,27).
2. Haverá um conhecimento universal de Deus. “[...]
A terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Is
11.9; 54.13). Haverá um derramamento pleno do Espírito Santo (Is 32.15). Será
um verdadeiro avivamento mundial (Mq 4.2; Mt 24.14).
Comentário
O ministério
do Rei levará os súditos do reino ao pleno conhecimento. Sem dúvida haverá um
ensinamento sem paralelo do Espírito Santo (Is 11.1,2,9; 41.19,20; 54.13; Hc
2.14)
3. Haverá paz na Terra. Jesus
é o “Príncipe da Paz” (Is 9.6) e durante o Milênio o homem desfrutará da paz
que só Jesus pode dar e que não depende das circunstâncias. As famílias viverão
em completa união (Is 65.23), não haverá mais guerras ou ações terroristas,
durante os mil anos de paz sobre a Terra (Is 2.4). A justiça e a verdade neste
período serão plenas (Is 11.4,5), pois o Filho de Deus é quem julgará com
justiça e retidão.
Comentário
O término da
guerra pela unificação dos reinos do mundo sob o reinado de Cristo, juntamente
com a prosperidade econômica resultante, visto que as nações não precisam
dedicar grandes proporções de dinheiro a armamentos, é um dos temas principais
dos profetas. A paz nacional e individual é fruto do reino do Messias (Is
2.4; 9.4-7; 11.6-9).
4. A natureza será transformada. Animais
selvagens vão perder sua ferocidade e poderão conviver harmoniosamente com o
ser humano. Leia Isaías 11.6-8. A maldição da Terra por causa do pecado
desaparecerá (Gn 3.17,18). Não haverá necessidade de agrotóxicos, pois a bênção
de Deus estará sobre a produção de alimentos. Não haverá pestes, enchentes,
terremotos, nem falta de alimentos na Terra (Jr 31.12; Sl 67.5,6), pois terá
uma produção agrícola jamais vista.
Comentário
A terra será
consertada e restaurada, tornando-se um verdadeiro paraíso aos homens que
confiam em Cristo. No sermão da bem-aventurança Jesus prometeu o seguinte:
"Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra" (Mt 5.5).
Vejamos então a descrição das mudanças que este globo terrestre terá no
decorrer dos mil anos: "Todo vale será levantado, e será abatido todo
monte e todo outeiro; e o terreno acidentado será nivelado, e o que é
escabroso, aplanado" (Is 40.4). A Bíblia nos ensina que no período de mil
anos uma mudança profunda será feita na terra. Por exemplo, muitas montanhas e
ilhas desaparecerão ou serão transladados a outros lugares: "Porque eis
que o Senhor está a sair do seu lugar, e descerá, e andará sobre as alturas da
terra. Os montes debaixo dele se derreterão, e os vales se fenderão, como a
cera diante do fogo, como as águas que se precipitam por um declive"(Mq
1.3-4). "E o céu recolheu-se como um livro que se enrola; e todos os
montes e ilhas foram removidos dos seus lugares" (Ap 6.14). "Todas as
ilhas fugiram, e os montes não mais se acharam" (Ap 16.20). O monte das
Oliveiras na Palestina se repartirá: "Naquele dia estarão os seus pés
sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o
monte das Oliveiras será fendido pelo meio, do oriente para o ocidente, e
haverá um vale muito grande; e metade do monte se removerá para o norte, e a
outra metade dele para o sul" (Zc 14.4). A terra tornará excepcionalmente
fértil: "O deserto e a terra sedenta se regozijarão; o ermo exultará e
florescerá; como o narciso florescerá abundantemente, e também exultará de
júbilo e romperá em cânticos; dar-se-lhe-á a glória do Líbano, a excelência do
Carmelo e Sarom; eles verão a glória do Senhor, a majestade do nosso Deus"
(Is 35.1-2) "Em lugar do espinheiro crescerá a faia, e em lugar da sarça
crescerá a murta; o que será para o Senhor por nome, por sinal eterno, que
nunca se apagará" (Is 55.13). Os desertos áridos e secos produzirão água
em abundância: "Os animais do campo me honrarão, os chacais e os
avestruzes; porque porei água no deserto, e rios no ermo, para dar a beber ao
meu povo, ao meu escolhido" (Is 43.20). No milênio o problema ecológico
será completamente resolvido. As árvores crescerão em grande número e não
haverá derrubadas indiscriminadas como nos dias de hoje. Veja em Ezequiel 47.7.
Na região da Palestina surgirá um novo rio cujas águas conterão elementos que
purificará qualquer outra fonte, inclusive o Mar Morto que há milhares de anos
está podre, será purificado pelas águas desse novo rio. Veja Ezequiel 47.8-10.
5. Haverá
saúde e prosperidade para todos. As condições ambientais serão
altamente favoráveis à melhoria da qualidade de vida no planeta. A longevidade
surpreenderá a todos pelas excelentes condições de saúde (Is 65.20-22). Além da
saúde, as condições de moradia para todos serão as melhores jamais vistas.
Comentário
A Terra será
restaurada a sua fertilidade, como diz em Is 35.6-7. O mar morto dará
abundancia de peixes (Ez 47.1-12). Nunca mais haverá fome na Terra (Ez
36.29-30). A Terra será como Jardim do Éden (Ez 34.36-37; Is 51.3). As riquezas
serão abundantes (Is 60.16-17). A maldição será tirada da Terra (Gn 3.17-18). O
Senhor irá restaurar a Terra por completo (Ez 36.29-36). O Senhor será o alvo
de todas as atenções (Zc 8.20-23), todos quererão vê-lo (Is 2.2-4). Não haverá
idolatria (Is 17.7-8). E a saudação será, O Senhor te abençoe (Jr 31.23). Os
judeus nessa época serão os mensageiros do Rei Jesus (Zc 8.23), e eles serão
uma benção para as nações (Zc 8.13). No início no Milênio a população mundial
será escassa (Is 13.11-12). Mas, depois no decorrer dos acontecimentos, o
Senhor mudará esse quadro conforme Jeremias 33.22. O mundo inteiro viverá nessa
harmonia completa com Cristo, em gozo de alegria, paz mundial, sem fome e sem
doenças; a Terra produzirá o que os homens precisarem, porque será abençoada
como foi no princípio, e todos de todas as nações do mundo inteiro correrão a
Jerusalém, para prestarem adoração ao Senhor Jesus (Zc 14.16). Haverá mudança
no solo (Zc 14.10). A criação do mundo todo aguarda ansiosamente esse tempo para
sua libertação (Rm 8.22-23).
CONCLUSÃO
Deus tem um plano glorioso para o planeta Terra,
que inclui a restauração espiritual, moral, social, ecológica e institucional.
E essa realidade só se concretizará, no Milênio, quando Cristo implantar o seu
reino na Terra. Jesus governará o mundo com poder e grande glória, após
suplantar todos os reinos e governos do mundo.
Comentário
O
esplendoroso reinado de Cristo na terra por mil anos (Ap 5.10; 20.4-7; Is
65.20, 20, 25; Dn 2.35, 44; Lc 1.32, 33). Ocorrerá após a volta de Jesus, (Ap
20.1-7). Trata-se de um reino literal, cujo principal objetivo é a exaltação de
Jesus não somente como messias de Israel, mas como o Desejado de todas as
nações (Ag 2.7). Não é uma fantasia nem fruto de devaneios teológicos. É o reino
de Deus que o Senhor Jesus Cristo, juntamente Sua Igreja, implantará neste
mundo logo após a Grande Tribulação. Os crentes em Cristo devem saber que o
milênio é uma doutrina essencialmente bíblica e consistentemente teológica.
Enquanto este glorioso tempo não vier, continuemos a fazer aquela oração que
Jesus nos ensinou: "Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na
terra, como no céu" (Mt 6.10)] “NaquEle que me garante:
"Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de
Deus" (Ef 2.8)”.
Missionário Vicente
Natal/RN
Março de 2016
Nenhum comentário:
Postar um comentário