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Missionário Vicente Dudman
Formatura:
Teologia -
Assembleia de Deus no Brasil
Direito - Universidade Estácio de
Sá (Câmara Cascudo) no Rio
Grande do Norte.
Inglês - University of Texas
Estados Unidos. |
Estamos disponibilizando pra você todo início de semana, mais um comentário sobre cada lição da EBD. Assim fazemos, para que os irmãos possam melhor preparar sua aula. Cada item, contém um comentário, para que o amado leitor entenda melhor os tópicos da lição. Estudaremos esta semana a lição nº 13, a última desse 1º trimestre, que tem como título: O DESTINO FINAL DOS MORTOS. Para cada tópico, deixamos o nosso comentário. Fizemos cuidadosa pesquisa a respeito dessa tão importante lição. Buscamos auxílio e Ainda recorremos a vários mestres no assunto, para que pudéssemos aplicá-lo para o seu melhor entendimento. Em caso de dúvidas com relação ao assunto, deixe seu comentário, a sua dúvida, no final desta postagem, que responderemos com todo prazer a sua pergunta. Espero que satisfaça a todos, e tenha uma boa aula.
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje estudaremos o destino final dos
ímpios e dos salvos em Jesus Cristo. A Palavra de Deus nos garante que não será
em vão a nossa esperança em Jesus Cristo, pois pela fé já temos assegurado um
futuro glorioso ao seu lado. Para os ímpios, que não se arrependeram, é
reservado o sofrimento e a condenação eterna, pois suas escolhas enganosas os
levaram a desprezar a salvação de Deus.
Comentário
“Em Lucas
16.23, diz que o rico foi para o ‘Hades’ e Lázaro para o ‘Seio de Abraão‘. A
pergunta é: onde se situava um e outro lugar. Em primeira instância podemos
declarar que é impossível situar a localização geográfica destes dois lugares,
por se tratar da habitação dos espíritos. Todavia, apresentaremos a posição
bíblica analisando ambos, dentro do parâmetro contextual divino “além-túmulo”.
Nas Escrituras hebraicas, a palavra usada para descrever o reino dos mortos é
Sheol. Ela significa simplesmente o "lugar dos mortos" ou o
"lugar das almas/ espíritos que partiram." A palavra grega do Novo
Testamento usada para "inferno" é hades, que também se refere ao
"lugar dos mortos". A palavra grega gehenna também é usada no Novo
Testamento para "inferno" e é derivada da palavra hebraica hinnom.
Outras Escrituras no Novo Testamento indicam que Seol/Hades é um lugar
temporário onde as almas dos infiéis são mantidas enquanto aguardam a
ressurreição e julgamento final no julgamento do Grande Trono Branco. Ao
morrerem fisicamente, as almas dos justos vão diretamente para a presença de
Deus - céu/paraíso/seio de Abraão (Lc 23.43; 2Co 5.8, Fp 1.23). Lázaro foi para
o seio de Abraão e o rico para o inferno. Eles permaneceram num estado
consciente, um está no lugar de punição e o outro no lugar de recompensa, e não
há possibilidade de saírem de onde estão. Essa parábola ensina que depois da
morte as almas dos salvos vão para o paraíso, enquanto que as almas dos
perdidos vão para o inferno. Só existem esses dois lugares e quem foi para um
deles não pode mais sair. Por três vezes em Marcos 9, Jesus adverte aos
discípulos: “melhor é para ti entrares na vida-reino de Deus – aleijado, coxo e
cego – do que ires para o inferno” (v. 43, 45, 47). A cada advertência Jesus
também acrescenta algo sobre o inferno: “para o fogo que nunca se apaga [ARA-
inextinguível] (2x)” seguida de outro qualificativo: “onde o seu bicho não
morre”. É sobre esta descrição terrível vindo da doce voz do Senhor, que
estudaremos hoje.
1. O que é? É o estado entre a morte
física e a ressurreição, tanto dos salvos, como dos ímpios. Os salvos terão um
destino diferente dos ímpios: “Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em
que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem
sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição
da condenação” (Jo 5.28,29). A Palavra de Deus afirma que não existe purgatório
e que também não há o “sono da alma”, nem tampouco a reencarnação, como creem
alguns. Depois da morte segue-se o juízo divino.
Comentário
A morte é a
cessação temporária da vida corporal e a separação entre a alma e o corpo. Uma
vez que o crente morre, embora o seu corpo físico permaneça na terra sepultado,
no momento da morte seu espírito vai imediatamente para a presença de Deus com
regozijo. Quando Paulo reflete sobre a morte, ele diz: “Temos, pois, confiança
e preferimos estar ausentes do corpo e habitar com o Senhor” (2Co 5.8). Estar
ausente do corpo é estar em casa com o Senhor. Ele também diz que o seu desejo
é “partir e estar com Cristo, o que é muito melhor” (Fp 1.23). Jesus disse ao
ladrão que estava à sua direita: “Hoje você estará comigo no paraíso” (Lc 2
3.43). O autor de Hebreus diz que, quando os cristãos comparecem para adorar
juntos, eles vêm não somente à presença de Deus no céu, mas também à presença
dos “espíritos dos justos aperfeiçoados” (Hb 12.23). Contudo, como veremos em
mais detalhes a seguir, Deus não vai deixar o corpo para sempre na sepultura,
pois, quando Cristo retornar, a alma dos crentes será reunida ao corpo, o corpo
será ressuscitado dentre os mortos e os crentes viverão com Cristo eternamente.
No ensino da Igreja Católica Romana, o purgatório é o lugar para onde a alma
dos crentes vai a fim de ser purificada do pecado, até que esteja pronta para
ser admitida no céu. De acordo com esse pensamento os sofrimentos do purgatório
são dados por Deus em substituição à punição dos pecados que os crentes
deveriam ter recebido nesta vida, mas não receberam. Essa doutrina romana não
tem respaldo bíblico e é contrária aos versículos citados anteriormente.
2. O Sheol e o Paraíso. Sheol é
um termo hebraico que pode significar sepultura ou “lugar ou estado dos
mortos”. Em o Novo Testamento, Sheol é traduzido por Hades.
Normalmente o Hades é visto como um lugar destinado aos
ímpios. Deus livra o justo do Sheol ou da sepultura (Sl
49.15). O Sheol (inferno) é lugar de punição para os ímpios
que não se arrependeram dos seus pecados e não entregaram suas vidas a Jesus
Cristo (cf. Sl 9.17). O vocábulo “paraíso” é de origem persa e significa um
parque ou jardim de paz e harmonia. Foi usado pelos tradutores da Septuaginta
para significar o Jardim do Éden (Gn 2.8). Aparece apenas três vezes no Novo
Testamento (Lc 23.43; 2Co 12.4; Ap 2.7).
Comentário
No Antigo
Testamento a palavra Sheol ocorre sessenta e cinco vezes e é traduzida na
versão inglesa da Bíblia trinta e uma vezes como "sepultura", três
vezes como "abismo" e trinta e uma vezes como "inferno", o
que significa que os excelentes tradutores da versão inglesa de 1611 não
consideraram a palavra como tendo um significado uniforme. Ela aparece na versão
grega sessenta e uma vezes como Hades, duas vezes (2 Sm 22:6 e Pv 23:14) como
"morte" (thanatos), enquanto em duas passagens (Jó 24:19 e Ez 32:21)
não exista uma contrapartida exata das referências hebraicas que esteja
reproduzida na Septuaginta, e por isso não há uma representação dessa palavra
nestes casos. Já nas passagens que se seguem (existem outras), como Gn 37:35;
Gn 42:38; Gn 44:29, 31: Nm 16:30, 33; 1 Rs 2:6, 9; Sl 49:15; Sl 141:7, a
palavra Sheol pode muito bem não significar nada além de "túmulo" ou
"sepultura", e é assim que aparece na Versão Autorizada (King James)
(exceto em Nm 16, onde aparece como "abismo"); enquanto nos demais
lugares costuma ser feita uma referência genérica como o lugar para onde vão os
espíritos que partiram. A sepultura recebe o corpo. Assim, no Antigo Testamento
a palavra Sheol (ou Seol) é usada para ambos receptáculos. Todavia, quando
vamos para o Novo Testamento essa indefinição desaparece, pois vida e
incorrupção são coisas que agora são desvendadas ao longo do evangelho. O
Hades, uma representação genérica da palavra Sheol (Seol) aparece no Novo
Testamento restrito ao mundo invisível dos espíritos separados, ou como
"morte", ou como a sepultura, e aplica-se (Ap 20) apenas ao corpo, e
não à alma ou ao espírito. É o corpo que morre; enquanto o espírito retorna
para Deus que o deu. O espírito e a alma nunca deixam de existir, seja para o
bem, seja para o mal. Além disso, o Hades recebe apenas os ímpios; enquanto o
crente, quando chamado a morrer, não vai para o Hades, mas para o Paraíso.
3. O lugar
dos mortos. Os Teólogos entendem que “o lugar dos mortos”,
o Hades, estava dividido em duas partes. Estes tomam como base o
texto de Lucas 16.19-31, no texto que se refere a Lázaro e ao rico. O primeiro,
fiel a Deus, foi levado para o “Seio de Abraão”, ou ao Paraíso, estando em
repouso e felicidade. O rico, orgulhoso e incrédulo foi para o Hades,
onde experimenta angústia e sofrimento atroz. Myer Pearlman diz que Cristo
desceu ao Sheol (Sl 16.10; 49.15), “ao mundo inferior dos
espíritos” (Mt 12.40; Lc 23.42,43), e libertou os santos do Antigo Testamento
levando-os consigo para o paraíso celestial (Ef 4.8-10). O lugar ocupado pelos
justos que aguardam a ressurreição foi trasladado para as regiões celestiais
(Ef 4.8; 2Co 12.2). Desde então, os espíritos dos justos sobem para o céu e os
espíritos dos ímpios descem para a condenação (Ap 20.13,14). Segundo os textos
bíblicos, o Paraíso estaria em cima (Pv 15.24a) e o Hades embaixo
(Pv 15.24b).
Comentário
Esse
entendimento não é unânime. Ao dizer que ficaria "o Filho do homem três
dias e três noites no seio da terra" (Mt 12.40), e que o Senhor
"tinha descido às partes mais baixas da terra" (Ef 4.9), é entendido
como a sepultura. O Senhor não apenas morreu, mas foi sepultado e ressuscitou
no terceiro dia. Jonas era um sinal disso. O Salmo 139.15 pode nos ajudar a nos
guardarmos de uma interpretação muito literal das palavras "partes mais
baixas da terra" que poderiam parecer indicar como algo fora de vista ou
um lugar escondido. Antes da vinda do Salvador o seio de Abraão representava o
ápice da bênção para o judeu piedoso, considerando que Abraão foi chamado de
amigo de Deus! Estar "com Cristo" é a perspectiva de bênção que o
cristão tem agora revelada para si. Isso ocorre no Paraíso de Deus, nas
alturas. O Paraíso não é o Hades, e tampouco Abraão esteve no Hades, mas é
visto "ao longe" das almas atormentadas que estão no Hades (Lc
16.23). É loucura alguém pensar que o Senhor desceu ao Hades e libertou
qualquer um que estivesse ali. O Senhor não foi ao Hades, mas ao Paraíso.
Tampouco as Escrituras dão qualquer ideia de que exista uma libertação do
Hades. Juízes 5.12; Salmos 68.18, Efésios 4.8 falam, não de ter libertado
prisioneiros, mas de ter levado cativo o cativeiro e os poderes opressores do
mal, aqui chamados de "cativeiro". Cristo derrotou as potestades e
principados (maus) e os exibiu publicamente ao triunfar sobre eles (Cl 2.15).
Ele levou cativo o próprio cativeiro; não existe qualquer menção de ter livrado
cativos do inferno, como alguns querem entender. Assim, discordo da tese
defendida por Myer Pearlman e apresentada neste subtópico e sugiro que os
leitores reflitam sobre isso.
II. A SITUAÇÃO DOS MORTOS
Qual é a real situação daqueles que já morreram? O
texto de Lucas 16 nos mostra a diferença entre o estado dos ímpios e dos justos
após a morte. Vejamos:
Comentário
Classicamente,
o cristianismo tem defendido que, após a morte, enquanto o corpo vai para a
sepultura, o espírito vai para o chamado “Estado Intermediário”. Esse local diz
respeito a onde estão, por um lado, os que foram salvos em Cristo, no caso do
céu, e por outro, os que foram condenados por seus pecados, no caso o inferno.
Surgiram outras interpretações. Testemunhas de Jeová e Adventistas defendem o
chamado “sono da alma”, ou seja, que todas as almas, quer de ímpios quer de
crentes ficam dormindo até o dia da ressurreição.
1. O estado intermediário dos salvos. Na história
do rico e Lázaro (Lc 16), vemos o estado intermediário dos salvos. O justo ao
morrer é conduzido pelos anjos até o Paraíso (v.22). Que privilégio, que honra
têm os salvos ao morrer, e serem recepcionados pelos anjos. Ao ladrão da cruz
Jesus disse: “Hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23.42,43). O espírito e a
alma deixam o corpo e permanecem no lugar de espera (Paraíso), aguardando a
ressurreição na Vinda de Jesus.
Comentário
Depois da morte as almas dos
salvos vão para o paraíso, o seio de Abraão. Esta doutrina bíblica é uma grande
benção para o crente, já que nos assegura que ao ser chamado nosso nome, de
imediato estaremos no paraíso com o Senhor.
2. Os justos são recebidos pelo Senhor. É o
próprio Senhor Jesus quem recebe o espírito dos justos após a morte. Tomemos
como exemplo o caso de Estevão que está narrado em Atos 7.59. Para espanto dos
ímpios, eles verão Jesus recepcionar gloriosamente os que o aceitaram como
Salvador. Os que morreram em Cristo, bem como os ímpios, vão manter sua identidade
pessoal, sua personalidade e consciência depois da morte. Moisés, tendo sido
sepultado por Deus, aparece, falando com Jesus no Monte da Transfiguração (Mt
17.3; Lc 9.30-32), ao lado de Elias, que foi arrebatado. Note-se que são os
mesmos nomes, Moisés e Elias. A despeito de tudo o que foi dito, devemos
lembrar que, para o salvo, a morte é um ganho: “Porque para mim o viver é
Cristo, e o morrer é ganho”. Paulo tinha o “desejo de partir e estar com
Cristo, porque isto é ainda muito melhor” (Fp 1.21,23).
Comentário
O Rev Leandro Antônio
de Lima, pastor da Igreja Presbiteriana de Santo Amaro-SP, esclarece: “As almas
dos que já morreram estão no céu ou no inferno, e estão lá conscientes. Um dado
interessante quanto a isso, é que elas estão nesses dois lugares
temporariamente. O estado em que estão as almas depois da morte, seja o céu ou
o inferno, é chamado de intermediário porque não corresponde ao local
definitivo onde, tanto os salvos quanto os condenados, habitarão eternamente.
As almas dos salvos no céu e as almas dos condenados no inferno aguardam pelo
último dia, o dia da ressurreição. Naquele dia, de acordo com a Bíblia, todos
ressuscitarão (Dn 12.2; Ver 1Co 15.52; 1Ts 4.16). Após a ressurreição os
perdidos que estavam no inferno irão para o lago de fogo (Ap 20.15), e os
salvos que estavam no céu para o novo céu e a nova terra (Ap 21.1). O motivo é
simples: Deus não criou o ser humano para viver sem corpo. Atualmente, tanto no
céu como no inferno, as almas estão despidas de seus corpos, o futuro lhes assegura
que um dia se reunirão a seus corpos.”
3. O estado intermediário dos ímpios. Eles
vão para o Sheol ou Hades, ou seja, o inferno, que
é o seu destino final (Sl 9.17). Nesse “estado intermediário”, aguardam seu
julgamento final. O Hades é um lugar “embaixo”, ou seja,
oposto ao céu (“seio de Abraão”). O rico “ergueu os olhos”, vendo “ao longe
Abraão e Lázaro, no seu seio” (v.23): “Para o sábio, o caminho da vida é para
cima, para que ele se desvie do inferno que está embaixo” (Pv 15.24). Fato é
que os ímpios sofrerão e estarão conscientes. O rico ímpio estava em
“tormentos” (v.23) e clamava pedindo misericórdia (v.24). Os ímpios que
morreram sem Cristo estão “em prisão” (1Pe 3.19) e ali eles vão se lembrar dos
que ficaram na Terra (v.28). As Escrituras Sagradas afirmam que estes não podem
ser consolados por ninguém: “E, além disso, está posto um grande abismo entre
nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam,
nem tampouco os de lá, passar para cá” (v.26). Fica, pois, evidente que aqueles
que descem ao Hadesnão podem se comunicar com os vivos. Eles são
lembrados de que em vida tiveram oportunidade de ouvir as Escrituras, mas
desprezaram as suas advertências (vv.27-31).
Comentário
O Concise
Bible Dictionary define: “Os que morrem vão para o hades, mas aguardam o juízo
final em um estado consciente de tormento. Somente após o Trono Branco
(Apocalipse. 20) é que serão lançados no inferno propriamente dito, que será
muito maior em sofrimento do que o experimentado no Hades. Da mesma forma, os
que morrem em Cristo, vão à Sua bendita presença, como Paulo disse, "...partir
(morrer) e estar com Cristo" (Fl 1.3). Mas no arrebatamento, que será
antes da tribulação, os que morreram em Cristo serão ressuscitados dentre os
mortos, como Cristo, cujo corpo ficou sepultado três dias e três noites, mas
disse ao ladrão, "ainda HOJE estarás comigo no paraíso". Cristo é as
primícias dos que dormem, (1 Coríntios 15.20) ou seja, Ele ressuscitou
primeiro, e nós seremos igualmente ressuscitados pelo mesmo poder que O
ressuscitou. Passaremos por uma mesma experiência (1 Coríntios 15.23). O estado
do crente após a sua morte, é de gozo, mas não é igual ao estado que ele estará
após a ressurreição, que se dará, para os salvos, no arrebatamento”.
III. O DESTINO FINAL DOS MORTOS
Após passarem pelo “estado intermediário”, os
mortos ressuscitarão. Os salvos irão para a “vida eterna” e os ímpios, “para
desprezo eterno” (Jo 5.28,29).
1. O estado final dos salvos. Após a
primeira ressurreição (Rm 8.11), os salvos vão para as Bodas do Cordeiro,
passarão pelo Tribunal de Cristo, e viverão com Deus por toda a eternidade.
Esse é o destino final dos salvos. Seus corpos ressuscitarão e se tornarão
incorruptíveis (cf. 1Co 15.42-44). O mesmo corpo que morreu será transformado
por Deus e ressuscitará “em glória”, semelhante ao corpo de Jesus ao
ressuscitar (Fp 3.21).
Comentário
Wayne Grudem
escreve o seguinte em sua Teologia Sistemática (Ed Vida Nova): “A morte é a
cessação temporária da vida corporal e a separação entre a alma e o corpo. Uma
vez que o crente morre, embora o seu corpo físico permaneça na terra sepultado,
no momento da morte sua alma (ou espírito) vai imediatamente para a presença de
Deus com regozijo. Quando Paulo reflete sobre a morte, ele diz: “Temos, pois,
confiança e preferimos estar ausentes do corpo e habitar com o Senhor” (2Co
5.8). Estar ausente do corpo é estar em casa com o Senhor. Ele também diz que o
seu desejo é “partir e estar com Cristo, o que é muito melhor” (Fp 1.23). Jesus
disse ao ladrão que estava à sua direita: “Hoje você estará comigo no paraíso”
(Lc 2 3.43). O autor de Hebreus diz que, quando os cristãos comparecem para
adorar juntos, eles vêm não somente à presença de Deus no céu, mas também à
presença dos “espíritos dos justos aperfeiçoados” (Hb 12.23). Contudo, como
veremos em mais detalhes a seguir, Deus não vai deixar o corpo para sempre na
sepultura, pois, quando Cristo retornar, a alma dos crentes será reunida ao
corpo, o corpo será ressuscitado dentre os mortos e os crentes viverão com
Cristo eternamente. Deus não deixará nosso corpo morto na sepultura para
sempre. Quando Cristo nos redimiu, ele não redimiu apenas nosso espírito (ou
alma) — ele nos redimiu como pessoas completas, e isso inclui a redenção de
nosso corpo. Portanto, a aplicação da obra redentora de Cristo a nós não será
completa até que nosso corpo seja inteiramente liberto dos efeitos da queda e
trazido ao estado de perfeição para o qual Deus o criou. De fato, a redenção de
nosso corpo ocorrerá somente quando Cristo retornar e ressuscitá-lo dentre os
mortos. Mas, no tempo presente, Paulo diz que esperamos pela “redenção do nosso
corpo” e então acrescenta: “Pois nessa esperança fomos salvos” (Rm 8.23,24). O
estágio da aplicação da redenção em que receberemos por fim o corpo
ressuscitado é chamado de glorificação. Referindo-se àquele dia futuro, Paulo
diz que participaremos da glória de Cristo (cf. Rm 8.17). Além disso, quando
Paulo traça os passos na aplicação da redenção, o último que menciona é a
glorificação: “E aos que predestinou, também chamou; aos que chamou, também
justificou; aos que justificou, também glorificou” (Rm 8.30). Podemos definir
glorificação da seguinte maneira: A glorificação é o passo final na aplicação
da redenção. Ela acontecerá quando Cristo retornar e ressuscitar dentre os
mortos os corpos de todos os crentes de todas as épocas que morreram e
reuni-los às respectivas almas, e mudar os corpos de todos os crentes que
permanecerem vivos, dando assim a todos os crentes ao mesmo tempo um corpo
ressuscitado perfeito igual ao seu”.
2. O estado final dos ímpios. Os
ímpios ressuscitarão para “vergonha e desprezo eterno” (Dn 12.2). Seu destino
final é o lago de fogo (Ap 20.15), onde “haverá pranto e ranger de dentes” (Mt
22.13). Ali os ímpios desfrutarão da companhia do Diabo, do Anticristo e do
Falso Profeta (Ap 20.10; 21.8). Atualmente, muitos ímpios ficam impunes, mas no
inferno estes receberão o castigo eterno por tudo o que fizeram de mal (2Ts
1.9).
Comentário
Wayne Grudem
escreve o seguinte em sua Teologia Sistemática (Ed Vida Nova): “A Escritura
nunca nos encoraja a pensar que as pessoas terão outra oportunidade de confiar
em Cristo após a morte. De fato, trata-se exatamente do contrário. A parábola
de Jesus a respeito do rico e de Lázaro não dá esperança alguma de que as
pessoas possam passar do inferno para o céu após terem morrido. Embora o rico
no inferno tivesse gritado : “Pai Abraão, tem misericórdia de mim e manda que
Lázaro molhe a ponta do dedo na água e refresque a minha língua, porque estou
sofrendo muito neste fogo”, Abraão lhe respondeu: “entre vocês e nós há um
grande abismo, de forma que os que desejam passar do nosso lado para o seu, ou
do seu lado para o nosso, não conseguem”(Lc 16.24-26). O livro de Hebreus
associa a morte com a conseqüência do julgamento em uma seqüência imediata: “Da
mesma forma, como o homem está destinado a morrer uma só vez e depois disso
enfrentar o juízo” (Hb 9.27). Além disso, a Escritura nunca apresenta o juízo
final como dependente de qualquer coisa feita após a nossa morte, mas
dependendo somente do que aconteceu nesta vida (Mt 25.31-46; Rm 2.5-10; cf. 2Co
5. 10) . Alguns argumentam a favor de outra oportunidade para se crer no evangelho
com base na pregação de Cristo aos espíritos em prisão em 1 Pedro 3.18-20 e na
pregação do evangelho “a mortos” em 1 Pedro 4.6 , mas essas são interpretações
inadequadas dos versículos em questão e, numa análise mais precisa, não dão
apoio a tal pensamento. Devemos também perceber que a idéia de que haverá outra
oportunidade de aceitar Cristo após a morte é baseada na suposição de que cada
pessoa merece uma oportunidade para aceitar Cristo e que a punição eterna vem
aos que conscientemente decidem rejeitá-lo. Mas certamente essa idéia não tem o
apoio da Escritura; todos nós somos pecadores por natureza e escolha, e
realmente ninguém merece nenhuma graça de Deus nem nenhuma oportunidade de
ouvir o evangelho de Cristo — que vêm ao homem somente por causa do favor
imerecido de Deus. A condenação vem não somente por causa da rejeição
deliberada de Cristo, mas também por causa dos pecados que todos cometemos e da
rebelião contra Deus que esses pecados representam (v. Jo 3.18) Embora os
descrentes passem para o estado de punição eterna imediatamente após a morte, o
corpo deles não será ressuscitado até o dia do juízo. Naquele dia, o corpo de
cada um será ressuscitado e reunido à alma, e comparecerão perante o trono de
Deus para o juízo final que vai ser pronunciado sobre eles, incluindo o corpo
(v. Mt 25.31-46; Jo 5.28,29; At 24.15; Ap 20.12,1 5) . Isso nos conduz à
consideração da ressurreição do corpo do crente, que é o passo final de sua
redenção”.
CONCLUSÃO
O estudo da Escatologia é um dos mais edificantes
para a Igreja em todos os tempos, principalmente no presente século, quando
muitos sinais dão a entender que a vinda de Jesus poderá acontecer a qualquer
momento. Que você possa prosseguir com o estudo da Escatologia Bíblica. Leia a
Palavra de Deus, ore, jejue e esteja aguardando o maior acontecimento
escatológico de todos os tempos: O arrebatamento da Igreja do Senhor Jesus
Cristo.
Comentário
Finalizamos
assim, o estudo deste maravilhoso tema. Seu enfoque foi consiso e necessita de
um aprofundamento se quisermos ter um domínio adequado e até mesmo, nos
posicionarmos, dado que existem muitas outras visões sobre este tema. Sugiro a
leitura do Manual de Escatologia de J. Dwight Pentecost, Ed Vida. Para
concluir, quando Cristo retornar, ele nos dará novos corpos para que sejam
iguais ao seu corpo ressurreto: “... sabemos que, quando ele se manifestar,
seremos semelhantes a ele, pois o veremos como ele é” (lJo 3.2; essa afirmação
é verdadeira não somente no sentido ético, mas também em termos de nosso corpo
físico; cf. 1 Co 15.49; tb. Rm 8.29). Tal segurança proporciona a afirmação
clara de que a criação física de Deus é boa. Viveremos nos corpos que terão
todas as qualidades excelentes que Deus criou para que as tivéssemos e, assim,
para sempre seremos prova viva da sabedoria de Deus em fazer tudo na criação
material, desde o princípio, “muito bom” (Gn 1.31). Viveremos como crentes
ressuscitados no novo corpo,e ele será adequado para a nossa habitação nos
“novos céus e nova terra, onde habita a justiça” (2Pe 3.13).]“NaquEle
que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de
vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Missionário Vicente Dudman
Natal/RN
Março de 2016
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