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Missionário Vicente Dudman
Formatura:
Teologia -
Assembleia de Deus no Brasil
Direito - Universidade Estácio de
Sá (Câmara Cascudo) no Rio
Grande do Norte.
Inglês - University of Texas
Estados Unidos. |
Estamos disponibilizando pra você todo início de semana, mais um comentário sobre cada lição da EBD. Assim fazemos, para que os irmãos possam melhor preparar sua aula. Cada item, contém um comentário, para que o amado leitor entenda melhor os tópicos da lição. Estudaremos esta semana a lição nº 9 desse 1º trimestre, que tem como título: A VINDA DE JESUS EM GLÓRIA. Para cada tópico, deixamos o nosso comentário. Fizemos cuidadosa pesquisa a respeito dessa tão importante lição. Buscamos auxílio e Ainda recorremos a vários mestres no assunto, para que pudéssemos aplicá-lo para o seu melhor entendimento. Em caso de dúvidas com relação ao assunto, deixe seu comentário, a sua dúvida, no final desta postagem, que responderemos com todo prazer a sua pergunta. Espero que satisfaça a todos, e tenha uma boa aula.
INTRODUÇÃO
Após o período tenebroso da Grande Tribulação,
Jesus voltará e implantará o seu Reino Milenial na Terra. Ele virá juntamente
com sua Igreja, cercado de anjos e será visto por todos os que habitam na Terra
(Cl 3.4). Na sua vinda em Glória, Jesus será visto por todos, inclusive pelos
que os traspassaram: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os
mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre Ele.
Sim! Amém!” (Ap 1.7).
Comentário
Em Apocalipse capítulo 20, encontramos na Bíblia a única menção de um
reino milenial de Cristo com os que viveram e os que não receberam a marca da
besta em suas testas, nem em suas mãos. Infelizmente, os cristãos de hoje, em
nossas Igrejas, sabem pouco sobre o Reino Milenar de Cristo nesta terra. Uma
era futura, onde se cumprirá as promessas de Deus referente as alianças
firmadas por Ele no decorrer da história bíblica. Já falamos em lições
anteriores que há três interpretações referente a esta porção bíblica, mas
relembrando, estas são as escolas principais de interpretação: a) Pré-Milenistas:
entendem a base da interpretação literal das profecias, a Vinda de Jesus Cristo
precederá o Seu reinado de mil anos em companhia de Seus remidos; b) Pós-Milenistas:
acreditam que a Segunda Vinda de Jesus Cristo será precedida da vitória final
do Evangelho no período do milênio, e c) Amilenistas: entendem que
a descrição de Apocalipse 20 é puramente simbólica. Nesta lição,
esquadrinharemos a Escritura em referência ao ensino do milênio, com o fim de
chegar a uma conclusão bíblica a respeito. Antes que a batalha de Armagedon
seja travada, aparece nos céus um sinal, o sinal do Filho do Homem (Mt 24.30).
Seu sinal não é revelado, mas seu efeito é. Ele faz com que os exércitos
abandonem a hostilidade mútua e unam-se contra o próprio Senhor. João diz: “E
vi a besta e os reis da terra, com seus exércitos, congregados para pelejarem
contra aquele que estava montado no cavalo e contra o seu exército” (Ap 19.19).
Nesta ocasião, os exércitos hostis serão destruídos pelo Senhor.
I. JESUS VOLTARÁ E TODOS O VERÃO
1. Jesus voltará com poder e glória. Após
as Bodas do Cordeiro, Jesus voltará com os santos, como prometeu aos seus discípulos
(Jo 14.2,3). E sua vinda será visível aos olhos de todo o mundo (Ap 1.7; 1Ts
3.13; Mt 24.42-44). Ele voltará para dar fim às catástrofes mundiais, acabar
com a Grande Tribulação, livrar Israel do Anticristo e seus aliados e implantar
o seu Reino Milenial. Com a sua vinda em Glória, Ele preparará o mundo para o
Milênio. Antes deste, diversos eventos serão vistos na Terra, protagonizados
pelo Senhor Jesus Cristo.
Comentário
Quando
Cristo retornar à terra, ao fim do período da Grande Tribulação, Ele Se
estabelecerá como Rei de Jerusalém, sentado no trono de Davi (Lc 1.32,33). Os
pactos incondicionais exigem uma volta literal e física de Cristo para
estabelecer o reino. O pacto de Abraão prometia a Israel uma terra, uma
posteridade, um governante e uma bênção espiritual (Gn 12.1-3). O pacto da
Palestina prometia a Israel a restauração e ocupação da terra (Dt 30.1-10). O
pacto de Davi prometia a Israel perdão: meio pelo qual a nação poderia ser
abençoada (Jr 31.31-34). A segunda vinda de Cristo, ainda que pessoal e
visível, será muito diferente de Sua primeira vinda. Ele não voltará no corpo
de Sua humilhação, mas num corpo glorificado e com vestes reais, Hb. 9.28. As
nuvens do céu serão a Sua carruagem, Mt. 24.30, os anjos o seu corpo da guarda,
2 Ts. 1.7, os arcanjos os seus arautos, 1 Ts 4:16, e os anjos de Deus serão o
seu glorioso séquito, 1 Ts 3:13; 2 Ts 1:10. Ele virá como Rei dos reis e Senhor
dos senhores, triunfante sobre todas as forças do mal, havendo posto todos os
Seus inimigos debaixo dos Seus pés, 1 Co 15:25; Ap 19:11-16. (Teologia
Sistemática: Louis Berkhof). Jesus virá para destruir o Anticristo “E então
será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo sopro da sua boca, e
aniquilará pelo esplendor da sua vinda” (2Ts 2.8). Depois que Satanás e "o
homem do pecado" realizarem sua obra de engano e maldade (vv. 9,10), serão
aniquilados quando da vinda de Cristo à terra, no fim da tribulação (ver Ap
19.20). “Vi o céu aberto, e apareceu um cavalo branco. O seu cavaleiro chama-se
Fiel e Verdadeiro, e julga e peleja com justiça”. (Ap 19.11). Este versículo
narra o começo da segunda vinda de Cristo à terra, como Rei dos reis e Senhor
dos senhores (v. 16). Ele vem do céu como o Messias-Vencedor (cf. 2 Ts 1.7,8)
para estabelecer a verdade e a justiça (Sl 96.13), julgar as nações e aniquilar
o mal (cf. Jo 5.30), trazendo conSigo os exércitos celestiais - incluem todos
os santos que já estão no céu (cf. 17.14). Suas vestes brancas confirmam esse
fato. É esse o evento que os fiéis de todas as gerações aguardam.
2. O cortejo que acompanhará o Rei. “E vi
o céu aberto, e eis um cavalo branco. O que estava assentado sobre ele chama-se
Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça” (Ap 19.11). João registrou no
Apocalipse uma visão do cortejo real que acompanhará Cristo em sua vinda em
glória para assumir o governo total do Universo. Ele virá como Rei dos reis e
Senhor dos senhores e regerá as nações “com vara de ferro”, símbolo de
autoridade absoluta (Ap 19.12-16).
Comentário
O glorioso
retorno de Cristo que, juntamente com a sua Igreja, virá instaurar, neste
mundo, o Reino de Deus, de conformidade com o que predisseram os profetas, os
apóstolos e o próprio Cristo (Is 9.6; Dn 7.13; Mt 6.10). Os exércitos que há
nos céus são santos glorificados descritos em termos semelhantes de pureza no v
8. Os santos arrebatados devem voltar à terra com Cristo.
II. JESUS VOLTARÁ PARA DAR A DEVIDA RECOMPENSA AOS
ÍMPIOS E PARA LIVRAR ISRAEL DO EXTERMÍNIO
1. A recompensa dos ímpios. Nunca,
a depravação, a iniquidade e as blasfêmias contra Deus foram tão acentuadas
como no Século XXI. A corrupção, a injustiça, a ganância, vem sendo praticada
com respaldo legal e institucional, ignorando as leis de Deus. O casamento é
desprezado e a família (Gn 2.24) está sendo substituída por configurações que
não obedecem ao padrão bíblico. Além disso, “a corrupção que destrói
grandemente” (Mq 2.10) não tem limites assim como a violência. Jesus castigará
severamente os que “não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo”
(2Ts 1.8; Jd vv.15,16).
Comentário
Os dias são maus... Devemos orar pela volta de Cristo e pelo
estabelecimento do Seu reino eterno no novo céu e na nova terra (Ap 21.1; cf. 2
Pe 3.10-12; Ap 20.11; 22.20). Devemos orar pela presença e manifestação
espiritual do reino de Deus agora. Isso inclui a operação do poder de Deus
entre o seu povo para destruir as obras de Satanás, curar os enfermos, salvar
os perdidos, promover a justiça e derramar o Espírito Santo sobre seu povo. De
acordo com o que podemos depreender dos vários textos proféticos, tanto do
Antigo quanto do Novo Testamento, esta é a ocasião na qual o Senhor punirá os
ímpios. “Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos, para fazer juízo
contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de
impiedade que impiamente cometeram e por todas as duras palavras que ímpios
pecadores disseram contra ele” (Jd vv.14,15). Daniel 7.10 Um rio de fogo manava
e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões
estavam diante dele; assentou-se o juízo, e abriram-se os livros. Zacarias 14.5
E fugireis pelo vale dos meus montes (porque o vale dos montes chegará até
Azel) e fugireis assim como fugistes do terremoto nos dias de Uzias, rei de
Judá; então, virá o SENHOR, meu Deus, e todos os santos contigo, ó Senhor.
Mateus 25.31 E, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os santos
anjos, com ele, então, se assentará no trono da sua glória; 2 Tessalonicenses
1.7 e a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o
Senhor Jesus desde o céu, com os anjos do seu poder, Apocalipse 1.7 Eis que vem
com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as
tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim! Amém!
2. A batalha do Armagedom. Os
exércitos do Anticristo se reunirão para destruir Israel, no vale do Armagedom:
“E os congregaram no lugar que em hebreu se chama Armagedom” (Ap 16.16). O
objetivo é exterminar Israel. A batalha durará só um dia. Será uma batalha em
que Israel não terá condições de vencer pelas armas humanas. Um terço dos
judeus morrerá (Zc 13.8), mulheres serão violentadas (Zc 14.2) e a situação de
Israel será muito crítica (Ap 14.20). Jesus então descerá para socorrer Israel
(Ler Zc 14.3-5); Ele destruirá as nações “que vierem contra Jerusalém” (Zc
12.8,9). Só então Israel reconhecerá que Jesus é o Messias (Ez 37).
Comentário
Lemos sobre
Armagedom em Daniel 11.40-45; Joel 3.9-17; Zacarias 14.1-3; Apocalipse 16.14-16.
Essa grande batalha acontecerá nos últimos dias da Tribulação. João nos fala
que os reis do mundo se reunirão "...para a peleja do grande dia do Deus
Todo-Poderoso. ...no lugar que em hebraico se chama Armagedom" (Ap
16.14,16). O local da reunião dos exércitos é a planície de Esdraelom, ao redor
da colina chamada Megido, que fica no norte de Israel, a cerca de 32
quilômetros a sudeste de Haifa. Segundo a Bíblia, grandes exércitos do Oriente
e do Ocidente se reunirão nessa planície. O Anticristo reagirá a ameaças ao seu
poder provenientes do sul. Ele também tentará destruir a Babilônia
restabelecida no leste antes de finalmente voltar suas forças contra Jerusalém.
(Durante centenas de anos a Babilônia, localizada no atual Iraque, foi uma das
cidades mais importantes do mundo. Segundo Apocalipse 14.8; 16.9; e 17-18, ela
será reconstruída novamente nos últimos dias como uma cidade religiosa, social,
política e economicamente poderosa). Enquanto o Anticristo e seus exércitos
atacarem Jerusalém, Deus intervirá e Jesus Cristo voltará. O Senhor destruirá
os exércitos, capturará o Anticristo e o Falso Profeta e os lançará no lago de
fogo (Apocalipse 19.11-21). Quando o Senhor voltar, o poder e o governo do
Anticristo terminarão. O Dr. Charles Dyer escreve sobre esse evento: “Daniel,
Joel, Zacarias identificam Jerusalém como o local onde a batalha final entre o
Anticristo e Cristo acontecerá. Todos os três prevêem que Deus intervirá na
história para salvar Seu povo e destruir o exército do Anticristo em Jerusalém.
Zacarias prevê que a batalha terminará quando o Messias voltar à terra e Seus
pés tocarem o Monte das Oliveiras. Essa batalha termina com a Segunda Vinda de
Jesus à terra... A batalha termina antes mesmo de começar.Chambers,
Joseph. A Palace for the Antichrist: Saddam Hussein’s Drive to Rebuild Babylon
and Its Place in Bible Prophecy. Green Forest, AR: New Leaf Press, 1996 .
A batalha de Armagedom – na verdade em Jerusalém – será o combate mais
anticlimático da história. À medida em que João descreve os exércitos reunidos
de ambos os lados, esperamos testemunhar um conflito épico entre o bem e o mal.
Mas não importa quão poderoso alguém seja na terra, tal indivíduo não é páreo
para o poder de Deus. O conflito de Armagedom será uma batalha real? A profecia
de Armagedom não é uma alegoria literária ou um mito. Armagedom será um evento
real de proporções trágicas para aqueles que desafiam a Deus. Será uma reunião
de forças militares reais no Oriente Médio, numa das terras mais disputadas de
todos os tempos – uma terra que nunca conheceu paz duradoura. Armagedom será
também uma batalha espiritual entre as forças do bem e as do mal. Ela terá o
seu desfecho com a intervenção divina e o retorno de Jesus Cristo.
3. O Anticristo se voltará contra Jesus (Ap 19.19). Será o
seu fim. O Senhor, à frente do exército celestial, em cavalos brancos, vencerá
o Anticristo e o falso profeta e os lançará no lago de fogo (2Ts 2.8; Ap 19.20)
e os exércitos inimigos serão destruídos (Zc 14.12). Jesus vencerá o Anticristo
como um fogo, e os carros do céu serão como uma tempestade (Is 66.15,16) e com
“o assopro da sua boca” (2Ts 2.8) destruirá todos os sistemas mundiais e a
satânica “Nova Ordem Mundial” (Dn 2.44,45; Mt 21.44b). Jesus lançará o
Anticristo e o Falso Profeta “no ardente lado de fogo e de enxofre” (Ap 19.20;
Mt 25.41). Um anjo poderoso prenderá o Diabo e o lançará no abismo, onde
permanecerá durante mil anos (Ap 20.3).
Comentário
O Governo da
Terra estará de acordo com a vontade de Deus, ou seja, será Teocracia, governo de
Deus. Nenhum outro sistema de governo é representante de Deus na terra, Deus
nunca intentou que houvesse monarquia (Os Hebreus é que pediram, com inveja dos
governos ímpios à sua volta). Democracia nunca foi e nunca será o sistema de
governo idealizado por Deus, pois está mais do que provado que os homens não
sabem se governar; somente Jesus é senhor dos senhores e rei dos reis e pode
governar sobre todos. 1 Sm 12.17 Pedirei ao Senhor que envie trovões e chuva
para que vocês reconheçam que fizeram o que o Senhor reprova totalmente, quando
pediram um rei". 18 Então Samuel clamou ao Senhor, e naquele mesmo dia o
Senhor enviou trovões e chuva. E assim todo o povo temeu grandemente o Senhor e
Samuel. 19 E todo o povo disse a Samuel: "Ora ao Senhor, o teu Deus, em
favor dos teus servos, para que não morramos, pois a todos os nossos pecados
acrescentamos o mal de pedir um rei". “E vi descer do céu um anjo que
tinha a chave do abismo e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a
antiga serpente, que é o diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. E lançou-o
no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que mais não engane as
nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um
pouco de tempo. E vi tronos; e assentaram-se sobre eles aqueles a
quem foi dado o poder de julgar. E vi as almas daqueles que foram degolados
pelo testemunho de Jesus e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta nem
a sua imagem, e não receberam o sinal na testa nem na mão; e viveram e reinaram
com Cristo durante mil anos” (Ap 20.1-4).
4. O fim da batalha do Armagedom. Com a
prisão de Satanás, do Anticristo e do Falso Profeta, a trindade satânica estará
destruída. Os pecadores, ante os juízos de Jesus sobre a Besta e os inimigos de
Israel, terão tanto pavor que clamarão pela morte (Ap 6.15-17). Não será a
estratégia de guerra de Israel que derrotará seus inimigos, mas o poder de Deus
e de Cristo, vindo do céu. Com a vitória retumbante de Jesus sobre o
Anticristo, o Diabo e o falso profeta, Israel será salvo da destruição e
assumirá suas funções no Milênio. O texto de Ezequiel 36.26-38 revela como será
a restauração de Israel, após a derrota dos exércitos inimigos por Jesus.
Comentário
Ap 20.2
PRENDEU O DRAGÃO... E AMARROU-O POR MIL ANOS. Depois da volta de Cristo e dos
eventos do capítulo 19, Satanás será preso e amarrado por mil anos para que não
mais engane as nações. Isso implica numa cessação total da sua influência
durante mil anos. Depois dos mil anos, ele será solto por pouco tempo para
enganar aqueles que se rebelarem contra o domínio de Deus (vv. 3,7-9). A obra
mais comum de Satanás é enganar (ver Gn 3.13; Mt 24.24; 2 Ts 2.9,10). 20.3 PARA
QUE MAIS NÃO ENGANE AS NAÇÕES. As nações que existirão durante o reino de
Cristo na terra são formadas pelos crentes que estavam vivos no fim da
tribulação (ver 19.21; 20.4). Embora a palavra "nações" seja, às
vezes, especificamente usada para os ímpios, João também a usa para representar
os salvos (21.24; 22.2). 20.4 TRONOS; E ASSENTARAM-SE SOBRE ELES. Aqueles que
se assentam nos tronos são provavelmente os vencedores oriundos de todos os
tempos (cf. 2.7) e possivelmente incluem os santos do Antigo Testamento (ver Ez
37.11-14; Ef 2.14-22; 3.6; Hb 11.39,40). Aqueles que "viveram" (i.e.,
voltaram à vida) depois da volta de Cristo são, conforme é declarado, os que
foram fiéis a Ele e que morreram durante a tribulação (6.9; 12.17). João não
menciona a ressurreição dos santos da igreja que morreram, porque ela já
ocorreu quando Cristo retirou sua igreja da terra e a levou ao céu (ver Jo
14.3; 1 Co 15.51) 20.4 REINARAM COM CRISTO DURANTE MIL ANOS. Este reino de
Cristo por mil anos é, às vezes, chamado "o milênio", termo de origem
latina que significa "mil anos".
5. O julgamento divino. Todas
as nações, especialmente as que se levantaram contra Israel, serão julgadas (Zc
12.3b). Esse julgamento ocorrerá depois que o Anticristo for vencido. Jesus vai
assentar-se no seu trono de glória, no lugar chamado “Vale de Josafá” (Jl
3.12,14), onde serão julgadas as nações coletivamente (Mt 24.32). De acordo com
Eurico Bergstén “possivelmente virão à presença de Jesus as autoridades
constituídas de cada nação”. As nações serão julgadas pelo modo como trataram
Israel (Mt 25.40,45).
Comentário
Em
Apocalipse encontramos a declaração do apostolo João afirmando que o Armagedom
será : “a batalha do grande dia do Deus Todo-Poderoso” (Ap 16.14), e o dia do
“Deus todo poderoso” nada mais é do que o dia do juízo final. O vale tem esse
nome em homenagem ao rei Josafá. As Escrituras prevêem um julgamento vindouro
de Deus sobre todos os homens. Tal era a expectativa do salmista quando
escreveu: “porque vem, vem julgar a terra; julgará o mundo com justiça e os
povos, consoante a sua fidelidade (Sl 96.13). Paulo corrobora a mesma verdade
ao dizer: “Porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com
justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos,
ressuscitando-o dentre os mortos” (At 17.31). O julgamento das nações (Mt
25.31-46; Is 34.1,2; Jl 3.11-16). Na cronologia de Mateus 24 e 25, o julgamento
das nações aparece em seguida ao julgamento de Israel. Esse julgamento acontece
após a segunda vinda de Cristo à terra (leia Joel 3.1,2). Não é fácil
identificar a localização do vale de Josafá. Alguns acreditam que seja sinônimo
de ‘vale da bênção’ (2Cr 20.26), em que Josafá derrotou os moabitas e os
amonitas, cuja vitória deu ao lugar um novo nome. Outros acreditam que esse é o
vale de Cedrom que fica nos arredores de Jerusalém.
6. A separação dos “bodes” das “ovelhas” (Mt
25.31-33). Jesus utilizou como exemplo ovelhas e bodes
para demonstrar a diferença que existe entre os incrédulos e os crentes. Era
comum as ovelhas e os bodes pastarem juntos, todavia, na hora da tosquia, eles
eram separados. As “ovelhas” são todos aqueles que pela fé aceitaram a Jesus
como único e suficiente Salvador, tornando-se filhos (as) de Deus. Os “bodes”
são aqueles que rejeitam a Jesus Cristo e o seu sacrifício na cruz do Calvário
(Mt 25.41-46).
Comentário
Mateus
25.31-46: Quando, pois vier o Filho do homem na sua glória, e todos os anjos
com ele, então se assentará no trono da sua glória; 32 e diante dele serão
reunidas todas as nações; e ele separará uns dos outros, como o pastor separa
as ovelhas dos cabritos; 33 e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à
esquerda. 34 Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos
de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação
do mundo; 35 porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de
beber; era forasteiro, e me acolhestes; 36 estava nu, e me vestistes; adoeci, e
me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me. 37 Então os justos lhe
perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com
sede, e te demos de beber? 38 Quando te vimos forasteiro, e te acolhemos? ou
nu, e te vestimos? 39 Quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos
visitar-te? 40 E responder-lhes-á o Rei: Em verdade vos digo que, sempre que o
fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes.
41 Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai- vos de mim,
malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos; 42 porque
tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; 43
era forasteiro, e não me acolhestes; estava nu, e não me vestistes; enfermo, e
na prisão, e não me visitastes. 44 Então também estes perguntarão: Senhor,
quando te vimos com fome, ou com sede, ou forasteiro, ou nu, ou enfermo, ou na
prisão, e não te servimos? 45 Ao que lhes responderá: Em verdade vos digo que,
sempre que o deixaste de fazer a um destes mais pequeninos, deixastes de o
fazer a mim. 46 E irão eles para o castigo eterno, mas os justos para a vida
eterna. De acordo com o que disse Jesus, o primeiro evento que há de ocorrer
quando Cristo vier, o começo do reino eterno, será que se assentará a julgar, a
Bíblia diz que haverá separação de ovelhas e de cabritos. Quem são as ovelhas?
Jesus claramente falou em João 10, e disse que as ovelhas são os que pertencem
ao Pai, desde antes da fundação do mundo, e que foram dados a Jesus, e ouviram
a Sua voz, e Lhe seguiram. Em outras palavras, os crentes nascidos de novo, a
Igreja, Seu povo! Quem são os cabritos? Os cabritos são os que não pertencem a Jesus,
os ‘pecadores’ que negaram o evangelho. Uns irão para o castigo eterno, e
outros para a vida eterna. Aqui se estabelece o destino final de cada grupo,
uns (os cabritos) irão para o castigo eterno, e os outros (as ovelhas) irão
para a vida eterna (o reino).
III. PREPARAÇÃO PARA O MILÊNIO
1. Satanás é preso por mil anos. Para
onde irão os que foram derrotados na Batalha do Armagedom? Segundo a Palavra de
Deus, eles terão três destinos diferentes: O Anticristo e o Falso profeta serão
lançados no Lago de Fogo; seus seguidores irão para o Hades, onde aguardarão o
Juízo Final e Satanás será preso no Abismo por mil anos (Ap 20.1-3).
Comentário
Depois da
volta de Cristo e dos eventos do capítulo 19, Satanás será preso e amarrado por
mil anos para que não mais engane as nações. Isso implica numa cessação total
da sua influência durante mil anos. Depois dos mil anos, ele será solto por
pouco tempo para enganar aqueles que se rebelarem contra o domínio de Deus (vv.
3,7-9). João escreve que ele viu descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do
abismo e uma grande corrente. Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o
diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos; lançou-o no abismo, fechou-o e pôs
selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações até se completarem os mil
anos. Depois disto, é necessário que ele seja solto pouco tempo”.
2. Quem estará no Milênio com Cristo? Todas
as ovelhas de Jesus Cristo entrarão no Milênio para reinar com Ele (Mt 25.34).
Os “bodes” serão lançados no inferno (Mt 25.41,46). As ovelhas reinarão com
Cristo por mil anos, literalmente, bem como os homens que não adoraram a Besta
(Ap 20.4). Também entrará o restante das nações que escaparem da Grande
Tribulação. Os ímpios só ressuscitarão para serem julgados, no Juízo Final,
após os mil anos (Ap 20.5,6).
Comentário
Haverá dois
grupos distintos que ocuparão a terra durante o Reino Milenar – aqueles com
corpos glorificados e os com corpos terrestres que viverem durante a Tribulação
e entrarem no Reino Milenar. Aqueles com corpos glorificados consistem da
Igreja, a qual receberá corpos glorificados no Arrebatamento (1 Tessalonicenses
4.13-18, 1 Coríntios 15.21-23, 51-53), e os que são ressuscitados depois da
volta de Cristo à terra (Apocalipse 20.4-6). Os que têm corpos terrestres podem
ser subdivididos em dois grupos: os crentes gentios e os crentes judeus
(Israel). Para um estudo mais aprofundado sobre este assunto (de quem vai viver
no Reino Milenar), dê uma olhada também nas seguintes passagens: Isaías 2.2-4;
Zacarias 14.8-21, Ezequiel 34.17-24, Daniel 7.13-14; Miqueias 4.1-5
CONCLUSÃO
A batalha do Armagedom e a vinda do Senhor devem
ser encaradas como literais e não como hipóteses futuras. Estes eventos
escatológicos têm o respaldo das Escrituras Sagradas. Eles serão o cumprimento
do plano de Deus na Terra. Vale à pena refletir a respeito do que Deus tem
preparado para os fins dos tempos, tanto para a Igreja, como para o mundo.
Comentário
Olhando para
as coisas futuras que hão de acontecer, cabe a cada um de nós, estarmos prontos
para o arrebatamento e escaparmos das coisas que acontecerão após o mesmo. O
poder de Satanás não é, nem jamais será, capaz de resistir ao poder de Deus. Já
vimos que Satanás é um derrotado (capítulo 12). Ele só pode fazer o que Deus
permite, e Deus não lhe permite derrotar seus discípulos fiéis (1 Coríntios
10.13). É admirável que tantas igrejas e pregadores de hoje apliquem tanta da
sua atenção ao trabalho do diabo derrotado. A mensagem de Apocalipse é clara,
deveremos ver além do seu poder limitado e confiar no poder superior do
Vencedor.]“NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por
meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Missionário Vicente Dudman
Natal/RN
Fevereiro de 2016
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