Estamos disponibilizando pra você todo início de semana, mais um comentário sobre cada lição da EBD. Assim fazemos, para que os irmãos possam melhor preparar sua aula. Cada item, contém um comentário, para que o amado leitor entenda melhor os tópicos da lição. Estudaremos esta semana a lição nº 6 desse 1º trimestre, que tem como título: O TRIBUNAL DE CRISTO E OS GALARDÓES. Para cada tópico, deixamos o nosso comentário. Fizemos cuidadosa pesquisa a respeito dessa tão importante lição. Buscamos auxílio e Ainda recorremos a vários mestres no assunto, para que pudéssemos aplicá-lo para o seu melhor entendimento. Em caso de dúvidas com relação ao assunto, deixe seu comentário, a sua dúvida, no final desta postagem, que responderemos com todo prazer a sua pergunta. Espero que satisfaça a todos, e tenha uma boa aula.
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje estudaremos acerca do Tribunal de
Cristo e dos galardões. Todos os crentes terão que comparecer a este tribunal,
porém não se trata do Juízo final, que será instaurado para o julgamento dos
ímpios (Ap 20.11-15), mas será um tribunal para julgar as obras e os atos dos
crentes, recompensando-os, ou não, pelo que fizeram em sua vida. Neste
Tribunal, todos os fiéis em Cristo serão galardoados com justiça.
Comentário
Os crentes
serão julgados? A Bíblia diz: “E, como aos homens está ordenado morrerem uma
vez, vindo depois disso o juízo...” (Hb 9.27). Até mesmo uma pessoa salva
deverá passar por um julgamento, o julgamento do tribunal de Cristo. O
julgamento de 1 Coríntios 3, com ênfase nos versos 13 e 14, refere-se aos
cristãos, de modo que se alguém é salvo – é um filho de Deus – e é aí que ele
se encaixa. O Tribunal de Cristo, desta forma, envolve crentes dando contas de
suas vidas a Cristo. O Tribunal de Cristo não determina salvação; esta foi
determinada pelo sacrifício de Cristo em nosso lugar (1Jo 2.2), e nossa fé Nele
(Jo 3.16). Todos os nossos pecados são perdoados e nunca seremos condenados por
eles (Rm 8.1). Não devemos olhar para o Tribunal de Cristo como Deus julgando
nossos pecados, mas sim como Deus nos galardoando por nossas vidas. Sim, como
dizem as Escrituras, teremos que dar conta de nossas vidas. Parte disto é,
certamente, dar conta pelos pecados que cometemos. Entretanto, este não será o
foco principal do Tribunal de Cristo.
1. O julgamento. Todos os crentes, já
transformados e com um corpo incorruptível, vão comparecer perante o Tribunal
de Cristo (cf. 2Co 5.10; 1Co 1.8). Não se trata de julgamento de pecados, pois
os que serão julgados já são salvos. Os ímpios é que passarão pelo julgamento de
suas obras e pecados, no juízo do Trono Branco, após o Milênio (cf. Ap
20.11-15). Os salvos em Cristo Jesus, desde que permaneçam fiéis, em santidade,
não mais passarão por qualquer tipo de condenação: “Portanto, agora, nenhuma
condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne,
mas segundo o espírito” (Rm 8.1). Estar “em Cristo Jesus” é a condição
indispensável para ter sido salvo e permanecer salvo. Neste tribunal serão
julgadas as obras dos salvos que foram praticadas na Terra, a fim de que
recebam, ou não, o galardão (Ap 22.12).
Comentário
No Tribunal
de Cristo, crentes são recompensados tomando-se por base o quão fielmente
serviram a Cristo (2Co 9.4-27; 2Tm 2.5). As coisas pelas quais seremos julgados
serão provavelmente o quão fielmente obedecemos à Grande Comissão (Mt
28.18-20), o quão vitoriosos fomos sobre o pecado (Rm 6.1-4), o quão bem
controlamos nossa língua (Tg 3.1-9), etc. A Bíblia fala dos crentes recebendo
coroas por diferentes coisas com base em quão fielmente serviram a Cristo (1Co
9.4-27; 2Tm 2.5). As várias coroas são descritas em textos como 2Tm 2.5; 2Tm
2.4-8; Tg 1.12; 1Pd 5.4 e Ap 2.10. Tiago 1.12 é um bom resumo de como devemos
pensar no Tribunal de Cristo: “Bem-aventurado o homem que sofre a tentação; porque,
quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos
que o amam.”
2. Quando se dará? Segundo
Eurico Bergstén, acontecerá no dia em que Jesus voltar. O Salvador voltará e
trará o seu galardão consigo (Ap 22.12). Naquele grande dia, todos os crentes
que permaneceram fiéis ao Senhor, servindo a Ele com integridade, receberão a
sua recompensa. Paulo foi um servo que sofreu muitas tribulações (naufrágio,
cadeias, fome, nudez) em favor do Reino de Deus, porém ele esperava o dia em
que receberia a sua coroa (recompensa). Ele afirmou que “naquele dia” receberia
“a coroa da justiça” que lhe havia sido reservada (cf. 2Tm 4.8). Não desanime
diante das dificuldades enfrentadas neste mundo, pois em breve Jesus virá e
recompensará todo o seu trabalho. Esta é a melhor recompensa que um servo ou
uma serva de Deus pode receber.
Comentário
Este
julgamento de cristãos acontecerá logo após o arrebatamento e certamente
durante o período de sete anos de tribulação: Em primeiro lugar, é sustentado
por dedução lógica. Se crentes hão de ser julgados pelas obras feitas antes do
arrebatamento, faz sentido que tal julgamento seguir-se-á de perto ao
arrebatamento. Parece lógico fazer saber os resultados do julgamento o mais
cedo possível. Em segundo lugar, em Lucas 14.14, Jesus diz que a recompensa
pelas obras praticadas será entregue "na ressurreição dos justos", e
isto acontecerá, como vimos, na época do arrebatamento. Em terceiro, 1
Coríntios 4.5 e Apocalipse 22.12 indicam que Cristo conferirá galardões na
época de Sua vinda para os Seus, com a sugestão que acontecerá muito perto
daquela vinda.
3. Quem será o juiz? Não
temos dúvida e podemos afirmar, segundo a Palavra de Deus, que o juiz será
nosso Senhor Jesus Cristo (2Tm 4.8). O Pai entregou a Jesus todo o juízo (cf.
Jo 5.22). Somente Deus e o seu Filho, no Universo, têm o direito legítimo de
julgar os homens. Queira ou não, ninguém escapará da justiça do Todo-Poderoso
(Is 43.13).
Comentário
O termo
usado nas Escrituras para se referir à esse julgamento é "o tribunal de
Cristo"; emprega-se em 2Co 5.10 e Rm 14.10. O "tribunal" (grego
- bema) do mundo Grego e Romano era o lugar onde um juiz sentava. Por exemplo,
usa-se a palavra "bema" do lugar onde Pilatos sentou quando se
pronunciou sobre Cristo (Mt 27.19; Jo 19.13) e do lugar onde Gálio sentou
quando Paulo foi levado perante ele em Corinto (At 18.12,16; cf. 25.6). Então,
o tribunal de Cristo será o lugar onde Cristo promulgará julgamento aos santos
arrebatados, glorificados da igreja. Jesus Cristo se assentará para julgar as
obras dos membros do seu corpo, a Sua noiva, a igreja, provando-os pelo fogo.
Se as obras de um cristão forem inteiramente consumidas no processo e assim se
revelarem inúteis, ele sofrerá a perda de não ser o "vencedor da corrida",
porém sua salvação nunca estará em questão. Esse ponto foi definitivamente
estabelecido na cruz do Calvário.
II. AS OBRAS DO CRENTE E O
JULGAMENTO DE CRISTO
1. A precisão do julgamento. O
julgamento será preciso, pois passará pelo crivo do Senhor Jesus Cristo. Muitos
fazem a obra de Deus e praticam boas ações apenas para serem vistos pelos
homens. Estes buscam satisfazer seus interesses pessoais, buscam seus próprios
galardões. Mas a Palavra de Deus diz que todas as obras serão provadas pelo
fogo. O fogo divino vai purificar e revelar qual é a verdadeira intenção do
coração.
Comentário
Várias
passagens indicam a necessidade desta ocasião de juízo: Em Mateus 12.36, Jesus
diz que "toda palavra frívola que proferirem os homens" será chamada
à prestação de contas; isto é uma declaração geral, na certa se referindo aos
salvos e perdidos. Em Gálatas 6.7, Paulo dá o princípio que todos vão colher o
que semearam. E em Colossenses 3.24,25, Paulo fala em particular aos cristãos
quando diz que os que servirem bem ao Senhor receberão "do Senhor a
recompensa da herança”, mas os que fizerem errado colherão pelo errado que
fizeram. E mais, ambos os textos mencionados e identificados na ocasião são
significantes. Romanos 14.10-12 diz que “cada um de nós dará contas de si mesmo
a Deus", referindo claramente aos cristãos. Indica que ninguém estará
isento nesta questão. O mesmo pensamento é expressada em 2 Coríntios 5.10 com
as palavras: "Importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de
Cristo para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio
do corpo". João descreve em Apocalipse 1.14 a Jesus Cristo glorificado e
diz que: “os seus olhos (são) como chama de fogo”. Isto significa que um dia
nossas obras estarão sujeitas ao rigoroso exame dos olhos de nosso Senhor Jesus
Cristo. Esses olhos santos irão atravessar nossas almas, a fim de testar as
nossas obras e queimar tudo que nós tivermos feito. Pois, o que não tiver sido
feito por amor a Ele não irá suportar o fogo. Ele vai ver o tipo de cada obra e
também a razão da mesma. Paulo diz em 1º Coríntios 13.3: “Ainda que entregasse
o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria”.
Quando as pessoas lêem esta passagem sempre a interpretam do ponto de vista
humano. Elas a lêem aplicando-a ao “amor ao próximo”. Mas é bom ter cuidado. O
primeiro mandamento em Mateus 22.37 é: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu
coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento”, logo, ele se refere
ao fogo que perscruta nosso ser e pesa nossas obras.
2. Ouro, prata e pedras preciosas. Na
Bíblia, o ouro simboliza aquilo que procede de Deus, as coisas divinas (Jó
22.23-25; Ap 3.18). Podemos comparar o ouro às obras que os crentes fizeram
para a glória de Deus (1Co 10.31). Obras praticadas por crentes que têm um
espírito quebrantado e contrito. Estas foram “feitas em Deus” (Jo 3.21), ou
seja, em parceria, comunhão com o Senhor. Quando usamos bem os talentos dados
por Deus, realizamos obras “de ouro” (Mt 25.14,20). São obras que glorificam
não o nosso nome ou ministério, mas a Deus (Mt 5.16). Na tipologia bíblica, a
prata é símbolo de redenção. No Antigo Testamento, a redenção dos filhos de
Israel era paga em prata (Êx 30.11-16; Lv 5.15). No Novo Testamento, simboliza
a redenção feita por Cristo (1Pe 1.18; 1Co 6.20). As pedras preciosas são
símbolos do Espírito Santo, ou da glória de Cristo no crente (Jo 17.22). Os
crentes que possuem os dons espirituais têm o adorno do Espírito Santo. São
obras feitas pelo poder do Espírito Santo (Fp 3.3; Tt 3.5).
Comentário
Os
resultados do julgamento serão ou um galardão por obras aprovadas ou uma
sensação de perda por feitos desaprovados. Isto é claro pela maneira como Paulo
trata o assunto em 1 Coríntios 3.9-15. Ele fala sobre material de construção de
duas categorias: "ouro, prata, pedras preciosas" não sujeitas a
destruição de fogo, e "madeira, feno, palha" que o são. Ele declara
que os "cooperadores de Deus" podem construir com materiais de uma ou
outra classe no seu serviço por Ele; mas o fogo do juízo revelará de que classe
vêm. Aquele cujas obras são da primeira categoria "receberá
galardão", mas aquele cujas obras não resistem ao fogo, "sofrerá ele
dano". As obras que agradam a Deus, que fazem uma contribuição digna ao
"edifício de Deus", serão declaradas "ouro, prata, pedras
preciosas"; os feitos que não O agradam, que não contribuem ao edifício,
serão julgados "madeira, feno, palha". Ouro na
Bíblia significa divindade. Todos os móveis do Tabernáculo eram decorados com
ouro. O ouro representa a coisa mais elevada ali, porque é a coisa mais elevada
aqui na terra. E como sabemos disso? As ruas da Nova Jerusalém serão de ouro e
esta é uma cidade preciosa por ser de ouro puro. O ouro significa divindade e
em inglês se tirarmos o “l” da palavra “gold”, teremos a palavra “God=Deus”.
Sempre que se adora Jesus Cristo como Deus e sempre que O louvamos
como Deus “ajuntamos tesouro no céu” (Mt 6.20). Quando estamos com problemas
essa é a melhor ocasião para se louvar a Deus, porque o fazemos como um
sacrifício. Esse é “o sacrifício de louvor” de Hebreus 13.15. Jesus disse á
mulher de Samaria: “Deus é Espírito, e importa que os adoram o adorem em espírito
e em verdade” (João 4.24). Quando vamos à igreja e cantamos em alta voz sobre
Jesus Cristo e o louvamos com os nossos lábios, enquanto temos o coração
partido, estamos acumulando ouro no Tribunal de Cristo. Pratana
Bíblia é o preço da Redenção. Quando Jesus foi vendido o seu preço foi de 30
moedas de prata. Quando os judeus iam para a batalha, recebiam esse valor em
prata, como uma espécie de reparação pelas suas almas. Cada vez que vocês
falarem a um homem o que deve fazer para ser salvo, estarão acumulando um
tesouro de prata no céu, conforme Mateus 6.20-21. Sabem o que vaia acontecer a
uma porção de cristãos? Vão chegar lá no céu e descobrir que estão
completamente “quebrados”, que “não possuem prata nem ouro”, mas somente o
preço de Cristo, diante do Tribunal. Pedras Preciosas em
Malaquias 3.17-18: ”E eles serão meus, diz o SENHOR dos Exércitos; naquele dia
serão para mim jóias; poupá-los-ei, como um homem poupa a seu filho, que o
serve. Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o
que serve a Deus e o que não o serve”. Quem não leu em 1 Pedro 2 a respeito de
pedras preciosas? No verso 5 lemos: “Vós também como pedras vivas, sois
edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios
espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo”. Os salvos são como pedras
preciosas. Em Mateus 7.6 somos aconselhados por Jesus, assim: “Não deis aos
cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas, não aconteça
que as pisem com os pés e, voltando-se, vos despedacem”. Essas pérolas são os
seus filhos na fé. Vocês não vão tomar os seus convertidos e atirá-los aos cães
e aos porcos. O que são cães e porcos? Pedro diz que são os falsos mestres e os
falsos profetas. “E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será
blasfemado o caminho da verdade” (2 Pedro 2.2). Isto está bem claro, quando se
compara Escritura com Escritura. Pena que as pessoas lêem isso tão
superficialmente que jamais entendem corretamente. Pedras preciosas são as
pessoas que vocês levaram a Cristo. Em Zacarias 9.16 lemos que os salvos são
“como pedras de uma coroa”. Quando o filho pródigo regressou ao lar, seu pai
falou: “...Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na
mão, e alparcas nos pés” (Lucas 15.22). Quando alguém nasce de novo é como uma
pedra preciosa aos olhos de Deus. O que significa isto? Significa que as
pessoas que vocês conduzem a Cristo são as suas pedras preciosas que farão
parte da sua coroa. Daí porque os antigos cristãos costumavam cantar: “Haverá
estrelas em minha coroa, à noite, quando o sol se puser”?
3. As obras que perecerão. “Se a
obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia
como pelo fogo” (1Co 3.15). Esse texto mostra que haverá crentes cujas obras
não subsistirão quando passarem pelo crivo do fogo divino. Observe:
Comentário
“Quando Deus o chamar para prestar contas de sua vida, não haverá lugar
oculto, esconderijo, nem protelação. Não haverá ouro que suborne, não haverá
padrinho político que o proteja. Não haverá nada neste mundo que possa proteger
você. Você, como réu estará diante do Tribunal de Cristo”. Hernandes Dias Lopes
- http://hernandesdiaslopes.com.br/2007/06/o-tribunal-de-cristo/#.Vq_1dU8szIU.
A Bíblia diz que no dia do juízo, quando o Senhor da glória, assentar-se no
trono para julgar, os livros serão abertos e nós seremos julgados segundo o que
tiver escrito nos livros. Tudo o que falamos, fizemos, deixamos de fazer ou
pensamos estará registrado lá.
a) Madeira. Na Bíblia, madeira é símbolo das coisas
humanas. É uma figura da árvore, que cresce por si mesma. Há crentes que fazem
muitas coisas, mas buscando a glória humana. No fogo do julgamento, elas vão
desaparecer. Há quem trabalhe muito na igreja, mas não o faz para a glória de
Deus (1Co 10.31). Madeira não resiste ao fogo.
b) Feno. Feno é capim, erva seca. São obras
aparentes, mas sem consistência, sem vida, tais como erva seca (Is 15.6). O
capim é perecível (Is 51.12) e representa as obras dos crentes que trabalham
somente buscando a glória e a fama para si. Infelizmente, nos dias atuais, há
muitos pregadores e cantores que só realizam a obra de Deus pelo dinheiro ou se
o evento tiver destaque na mídia. Estes “já receberam o seu galardão”, aqui
mesmo (cf. Mt 6.2,5,16).
c) Palha. A madeira tem certa consistência, mas a
palha é muito fraca. Não resiste a força do fogo. O vento a leva com facilidade
(Sl 1.4; Jó 21.18; Os 13.3). É instável. Não pode se misturar com o trigo (Jr
23.28); palha representa obras sem firmeza, ou seja, feita por crentes que são
inconstantes. Muitos vivem mudando de igreja, de costume, de crenças, etc. São
levados, como a palha, por “todo vento de doutrina” (Ef 4.14).
Comentário
O apóstolo
Paulo mencionou seis diferentes materiais que, figurativamente, representam os
elementos que empregamos na construção de nossa vida cristã. Os materiais são
indicados como ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno e palha. Os três
primeiros são resistentes ao fogo do julgamento de Cristo. Os três últimos são
frágeis e não resistem ao juízo de fogo. A obra de cada um será provada (1 Co
3.13-15). O tribunal de Cristo avaliará os materiais que temos utilizado na
construção do edifício da nossa vida cristã. As obras feitas com madeira, feno
e palha serão manifestas naquele dia, e o galardão será consoante à avaliação
divina. Os materiais de madeira, feno e palha são inflamáveis e perecíveis, por
isso, tudo o que for construído com eles não subsistirá. O juízo que
determinará a qualidade das obras feitas (2 Co 5.10). As obras praticadas pelo
crente serão submetidas ao julgamento naquele dia para se determinar se são
boas ou más. A palavra “mal” na língua grega aparece como kakosou poneros, e
ambas significam aquilo que é eticamente mal. Porém, a palavra poneros, além de
denotar maldade, tem o sentido de se estar praticando alguma coisa de total
inutilidade. Portanto, o que Paulo entendia como obras más era a prática de
coisas sem utilidade alguma, feitas com materiais espiritualmente imprestáveis.
III. A PRESTAÇÃO DE CONTAS DO
CRENTE E OS GALARDÕES
Galardões são prêmios. Lauréis a que o crente fez
jus, pois desempenhou bem a função para qual foi vocacionado no Reino de Deus.
1. Os pastores darão conta dos seus rebanhos. Ser
pastor é um grande privilégio, mas também uma responsabilidade muito grande.
Sabemos que a salvação é individual, mas aqueles que servem ao Senhor como
pastores, um dia, terão que prestar contas ao Sumo Pastor. O profeta Ezequiel,
criticou os líderes (pastores) de Israel por cuidarem de si mesmos, ao invés de
cuidarem das ovelhas do Senhor. Leia Ezequiel 34. O profeta não se calou diante
do erro dos líderes do seu povo, mas com coragem e ousadia, apontou o pecado e
pronunciou o julgamento divino (Ez 34.7-10). O Senhor dará a justa recompensa a
cada pastor pelo seu trabalho. Muitos tem se desgastado fisica e emocionalmente
em favor das ovelhas do Senhor. São incansáveis na pregação, no ensino da
Palavra, visitando e cuidando de cada ovelha com muito carinho e zelo, seguindo
o exemplo do Bom Pastor (Jo 10.10). Estes receberão o justo galardão pelo
trabalho realizado. Por isso, se você recebeu de Deus o ministério pastoral,
cuide com zelo de suas ovelhas, exerça seu ministério com dedicação, pois em
breve Jesus voltará e lhe dará os lauréis pelo seu trabalho.
Comentário
As obras
praticadas pelo crente serão submetidas ao julgamento naquele dia para se
determinar se são boas ou más. A palavra “mal” na língua grega aparece como kakos ou poneros,
e ambas significam aquilo que é eticamente mal. Porém, a palavra poneros, além
de denotar maldade, tem o sentido de se estar praticando alguma coisa de total
inutilidade. Portanto, o que Paulo entendia como obras más era a prática de
coisas sem utilidade alguma, feitas com materiais espiritualmente imprestáveis. Lições
Bíblicas CPAD, Jovens e Adultos-3º Trimestre de 1998. Título: Escatologia — O
estudo das últimas coisas; Comentarista: Elienai Cabral.Lição 8: O Tribunal de
Cristo, Data: 23 de Agosto de 1998. A palavra de Deus, na primeira carta
a Timóteo 3.1, nos encoraja a aspirar na dedicação à obra do ministério e na
pregação do Evangelho do Senhor Jesus, e fortalece dizendo: Se alguém deseja o
episcopado, excelente obra deseja. Mas temos contemplado hoje muitos desvios. A
Bíblia nos fornece muitos elementos pelos quais se pode reconhecer o abuso
neste ministério - tanto no Velho como no Novo Testamento (Jr 10.21; Ez 34.2-4;
1Pe 5.3; 3Jo 9; 1Pe 5.1. Uma Igreja que tolera um pastor infiel sofre danos já
agora. Os membros se espalham (Assim se espalham, por não haver pastor, e se
tomaram pasto para todas as feras do campo. As minhas ovelhas andam desgarradas
por todos os montes, e por todo o elevado outeiro; as minhas ovelhas andam
espalhadas por toda a terra, sem haver quem as procure, ou quem as busque. Ez
34.5-6). Numa igreja onde Cristo, o cabeça, é suibstituido por um “pastor”
ditador, fatalmente o rebanho se espalhará. Ao pastor infiel, Deus vai dar
termo ao seu pastoreio: "Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu estou contra
os pastores, e deles demandarei as minhas ovelhas; porei termo ao seu pastoreio,
e não se apascentarão mais a si mesmos; livrarei as minhas ovelhas da sua boca,
para que já não lhes sirvam de pasto. (Ez 34.10). Um pastor ditador pode se
manter por algum tempo no trono, porém o dia vem quando Deus mesmo o afastara
do seu ministério. Convém lembrar mais uma vez que toda a liderança da igreja é
responsável perante Deus quando permite que se crie uma situação destas. A toda
a liderança é atribuída o cuidado pelo rebanho (Atos 20.17 a 28) e
cada um dará contas a Deus pelas pessoas que foram espalhadas.
2. Crentes darão conta de seus talentos. Todo
crente recebeu algum tipo de talento (habilidades, dons) do Senhor. Uns recebem
mais e outros menos, pois estes são distribuídos de acordo com a capacidade de
cada um, mas todos recebem (Mt 5.14-30). O Senhor espera que venhamos
desenvolver nossos talentos com dedicação e zelo, utilizando-os para a glória
do Pai. Você é responsável, perante o Senhor, por usar bem aquilo que Ele lhe
concedeu. Jesus está voltando, por isso, é tão urgente que venhamos empregar
nosso tempo e nossos talentos diligentemente em sua obra. Não aja jamais como o
servo negligente, que com medo do seu senhor, enterrou seu talento. Utilize
suas habilidades em favor do Reino de Deus, pois o Pai vai lhe recompensar por
isso.
Comentário
Já vimos que
as pessoas julgadas nesse tribunal são os santos remidos por Cristo. O texto de
2Co 5.1-10 fala daqueles que lutam nesta vida para alcançarem o privilégio de
serem revestidos de uma habitação espiritual no céu. Não haverá discriminação
nesse lugar. Só entrarão os salvos, os remidos. Não haverá lugar nesse tribunal
para julgamento condenatório. Jesus falou em Mt 12.36 que “toda palavra ociosa
(ou frívola) que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo”. O
apóstolo Paulo declarou que todos vão colher o que semearam (Gl 6.7), e, numa
palavra especial aos cristãos, Paulo escreveu que os que servirem bem ao Senhor
receberão a recompensa da sua herança (Cl 3.24,25). Em 1Co 3.9-15 não há
descrição da natureza dos galardões a serem recebidos pelas obras aceitáveis,
mas passagens paralelas sugerem que a recompensa tomará a forma de
"coroas". Distingue-se cinco "coroas" distintas em vários
textos:
(1) a
"coroa incorruptível" para aqueles que dominam a velha natureza (1 Co
9.25);
(2)uma
"coroa em que exultamos" para aqueles que levam outros a Cristo (1 Ts
2.19);
(3) uma
"coroa de justiça" para os que amam a vinda de Cristo (2 Tm 4.8);
(4) uma
"coroa da vida" para aqueles que mantém o seu amor pelo Senhor no
meio de tribulação (Tg 1.12);
(5) uma
"coroa de glória" para aqueles que são bons pastores do rebanho de
Deus (1 Pe 5.4).
CONCLUSÃO
No Tribunal de Cristo, os crentes fiéis verão que
valeu a pena suportar as aflições do tempo presente: “Porque para mim tenho por
certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória
que em nós há de ser revelada” (Rm 8.18). Eles receberão seus galardões. Jesus
é que fará a criteriosa avaliação das obras dos salvos para dar a cada um
conforme o seu trabalho (Ap 22.12).
As obras que
fizermos por meio do corpo serão provadas pelo fogo (2Co 5.10) e podem ser
aprovadas ou reprovadas (1Co 9.27). A palavra utilizada por Paulo para “mal” é
phaulos, que tem o sentido de inutilidade, impossibilidade de gerar qualquer
bem. Cristo vai avaliar o tipo de cada obra e também a razão da mesma: foi
feito por amor ao Senhor? (1Co 13.3). Pois o primeiro mandamento em Mt 22.37 é:
“Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de
todo o teu pensamento”. Se as fizemos de boa vontade, receberemos galardão (1Co
9.17,18; 1Pe 5.2-4), mas se as fizemos com motivos de auto benefício, nada
receberemos (Fp 1.15). Há um segundo evento que ocorre para os santos da igreja
logo após o arrebatamento. Apocalipse 19.7-9 refere-se a isto como "as
bodas do Cordeiro". Nesta ceia Cristo será o Noivo e a igreja será a Sua
noiva. As figuras de um noivo e sua noiva em se referir a Cristo e Sua igreja
são usadas freqüentemente em outras passagens do Novo Testamento (veja, por
exemplo, Jo 3.29; Rm 7.4; 2 Co 11.2; Ef 5.25-33). As bodas celebrarão a união
formal de Cristo com a Sua igreja num relacionamento eterno. Até este momento
estavam separados, Um no céu e a outra na terra, mas deste instante em diante
estarão sempre juntos.] “NaquEle que me garante: "Pela graça
sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef
2.8)”,
Missionário Vicente Dudman
Natal/RN
Fevereiro de 2016
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