Dois pastores evangélicos foram linchados e queimados vivos em
Jomvu, região de Mombasa, Quênia, no dia 08 de maio. Benjamim Juma, da Igreja
Batista Nyali, e Kiolo Jackson, da Igreja Melchizedeki, teriam sido confundidos
com ladrões pela população, que os atacou e ateou fogo nos dois homens que
queimaram até a morte.
Os
pastores estavam organizando uma cruzada evangelística na cidade, um outro
homem que os acompanhava conseguiu fugir do linchamento, após tentar convencer
a multidão de que os pastores era inocentes. Segundo a Divisão de Polícia de
Mombasa, já há cinco suspeitos, que serão indiciados tão logo sejam concluídas
as investigações.
Em
entrevista à imprensa do país, Gladys Juma, viúva do pastor Juma explicou como
recebeu a notícia, “um amigo do meu marido recebeu uma ligação sobre o
incidente, mas num primeiro momento o ignorou, achou que fosse uma brincadeira
ou engano. Mas depois de procurar Benjamin e não o encontrar, ele ficou
preocupado e chamou alguns amigos na tentativa de localizá-lo. Depois vieram à
minha casa para verificar se ele estava, mas eu lhes disse que ainda não havia
chegado”.
“Eles
diziam às pessoas que não eram ladrões, mas ninguém os ouviu. A multidão tinha
todas as informações necessárias sobre eles. Ninguém sequer se preocupou em
verificar se eles eram ou não de fato os ladrões. Eles poderiam ter perguntado!
Eles não se incomodaram em queimá-los vivos”, explicou a mulher.
Chorando,
ela concluiu, “Eu não sei o que eles usaram, se era gasolina ou qualquer outra
coisa, mas após o incêndio, não dava pra ver nada (as partes do corpo ), havia
apenas pedaços de carvão”.
Fonte: Gospel+
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