De acordo com o porta-voz, 137 pessoas
morreram na praça Rabaa al-Adawiya do Cairo, principal área ocupada pelos manifestantes
que exigiam o retorno ao poder do presidente islamita destituído em 3 de julho
pelo exército.
Em outra praça, Al-Nahda, um pouco
menor e também ocupada há um mês e meios pelos partidários de Morsi, 57 pessoas
morreram na quarta-feira. As outras 227 mortes aconteceram no restante do
país, segundo a mesma fonte.
As duas praças foram invadidas e
violentamente desalojadas na quarta-feira pelas forças de segurança e pelo
exército. Após os confrontos, o exército instaurou estado de emergência
durante um mês no país, com um toque de recolher no Cairo e em metade do Egito,
das 19h (14h de Brasília) às 6h (1h).
O governo do Egito anunciou ainda o
fechamento por tempo indeterminado da passagem de fronteira com o território
palestino da Faixa de Gaza.
Centenas de trabalhadores palestinos
atravessam todos os dias a passagem de Rafah, na península do Sinai.
Depois do início da operação policial
contra os acampamentos, a Irmandade Muçulmana, grupo ao qual Morsi é ligado,
convocou seus partidários para que fossem às ruas de todo país, fato que
desencadeou intensos confrontos com as forças da ordem e opositores do líder
deposto.
A detenção de Mori foi prorrogada por
mais 30 dias, segundo a agência estatal de notícias.
O massacre gerou fortes protestos da
comunidade internacional, com EUA, União Europeia e ONU à frente.
O premiê da Turquia, Recep Tayyip
Erdogan, pediu que o Conselho de Segurança da ONU se reúna para tratar da
situação egípcia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário