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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

TOMANDO A DECISÃO CERTA

No decorrer da nossa vida, tomamos muitas decisões. Algumas são fáceis de serem tomadas, como, por exemplo, escolher o que comer, a que horas dormir, a que filme assistir. Mas, iniciar um namoro, escolher o curso ou a profissão exige bem mais de nós. E o temor de errar nos deixa, muitas vezes, indecisos e paralisados. Mas a verdade é de que, gostando ou não, temos que decidir, senão tudo pára. Sabemos que uma vida bem sucedida está profundamente relacionada com as decisões acertadas. Por isso, nos últimos anos, muitos livros de auto-ajuda foram publicados trazendo orientações sobre como decidir corretamente. Assim, algumas pessoas recorrem ao esoterismo, ao horóscopo e aos videntes antes de tomarem uma decisão. Outros abrem a Bíblia e colocam o dedo num versículo para ver qual será a orientação de Deus. Mas esses recursos, por serem ineficazes, deixam os seus adeptos ainda mais confusos e inseguros. Uma decisão acertada não surge com um passo de mágica, mas está relacionada a muitos fatores. Então, quero apresentar algumas diretrizes para que você tome decisões com sabedoria e desfrute dos benefícios resultantes disso. A primeira diretriz é saber que Deus nos deu liberdade de escolha. Assim, decidimos o que comer, que roupa vestir, o horário de dormir, etc. Essa liberdade, não nos leva a perguntar para Deus qual é a vontade dEle nesses casos. Há pessoas que não fazem nada sem saber a vontade específica de Deus em cada movimento que precisam dar. Esse comportamento não é sábio e nem bíblico. Deus nos deu sentimentos, desejos, consciência, a razão, pessoas e também a sua Palavra para tomarmos decisões com sabedoria e segurança.
Outras pessoas também passam anos e anos esperando uma confirmação visível e audível de Deus antes de decidirem. Não posso afirmar que isso não vai acontecer, mas é bem provável que Ele prefira não agir dessa maneira. No êxodo, Deus orientava a caminhada do povo no deserto através da coluna de fogo, da nuvem e também falando diretamente com Moisés. Na história bíblica Deus falava diretamente com os profetas e mostrava o que fazer em determinadas situações. Eu sei que Deus não está amarrado e tem o poder para fazer sinais espetaculares quando quiser. Mas os exemplos bíblicos aconteceram em situações específicas, com propósitos específicos dentro da revelação progressiva de Deus. Eles nem sempre se repetiram. Ficar esperando esses sinais e manifestações de Deus para então decidir, não é sinal de espiritualidade, mas, sim, de imaturidade cristã. Eu sei que o nosso coração é enganoso e pode nos induzir ao erro em muitas decisões. Os sentimentos, a paz interior, as circunstâncias favoráveis e aquela voz íntima são importantes numa decisão, mas não é tudo o que precisamos para decidir. Há pessoas que dizem estarem convictas da vontade de Deus diante de uma decisão, mas, depois de um tempo reconhecem o grande erro que cometeram e mudam de opinião. Mediante a tudo isso, a segunda diretriz que apresento é: Não tome decisões precipitadamente. A nossa vida é cheia de possibilidades de decisão e de oportunidades. Aproveitar uma boa e salutar oportunidade revela sabedoria. Benjamim Disraeli disse: O segredo do sucesso na vida de um homem consiste na sua preparação para apropriar-se da oportunidade quando ela surgir. Esse é um lado da moeda da decisão. O outro lado diz que não devemos tomar decisões precipitadas. O sábio Salomão afirmou em Provérbios 19.2: Não é bom proceder sem refletir, e erra quem é precipitado. Eu sei que ninguém gosta de passar longos meses na indefinição, porém em alguns casos, isso se faz necessário. É melhor esperar e decidir corretamente, que decidir logo e cometer uma loucura. Há casos em que o erro pode ser reparado a tempo, mas em outros, as conseqüências são danosas. As propagandas sempre apelam para a decisão imediata, como, por exemplo, compre logo, venha já, só hoje, só amanhã, ligue já, não perca a oportunidade. Todavia essa pressão toda é para decidirmos logo, sem avaliar se podemos ou não, se temos os recursos ou não. Por isso, a cautela e a paciência diante das decisões são fundamentais para quem quer acertar.
A terceira diretriz de que precisamos observar é quanto aos conselhos. Quando uma pessoa vai comprar um carro, é aconselhável que ela leve alguém que conheça os segredos da compra de um carro, para verificar o estado do motor, da lataria e da documentação. Já cometi muitos erros na compra de alguns carros que já possui: um estava com o motor nas últimas, outro era carro batido e só fui saber depois. Tudo isso poderia ser evitado se tivesse tomado conselhos. Mas a ânsia de comprar o carro era grande e fazia vista grossa para aqueles detalhes que eram essenciais. Os bons conselhos na hora da decisão sempre são bem vindos. Em Provérbios 11.14 lemos: Na multidão de conselheiros há segurança. Por isso, antes de tomar uma decisão importante, procure sempre consultar pessoas capacitadas e tementes a Deus para encontrar uma palavra de orientação. Eu sei que quando já temos a decisão formada, queremos distância de todos aqueles que possam trazer uma palavra contrária a nossa. Mas cuidado! O ímpeto de tomar uma decisão, sem ouvir conselhos pode levar os projetos ao fracasso, mas com os muitos conselheiros há bom êxito.1 É preciso ter sempre em mente que Deus deseja que acertemos nas decisões. Às vezes pensamos que Deus está lá no céu, sentado num trono e preocupado apenas com assuntos mais importantes. Mas Ele nos criou, sustenta-nos e também deseja conduzir-nos em triunfo. É verdade que diante de incertezas quanto às nossas decisões, ficamos muitas vezes confusos, sem saber o que fazer. Então esse é o momento certo para voltarmos Àquele que quer nos orientar. Quando deixamos de buscar a Deus em oração, perdemos muitas vezes o rumo da nossa vida. Através da oração podemos pedir que Deus nos dê sabedoria2 e a orientação para agirmos corretamente. É certo que Ele não vai fazer vista grossa do seu caso, e vai agir no tempo certo e no modo dEle. Além do recurso da oração, Deus nos deixou também a sua Palavra, a Bíblia, que é a bússola, o mapa e o farol que precisamos para orientar-nos em nossas decisões. O apóstolo Paulo disse em 2 Timóteo 3.16 que toda Escritura é útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça. Nela aprendemos que a vontade de Deus não é chata, difícil de cumprir e obscura, como alguns pensam, pelo contrário, ela é boa, perfeita e agradável, é para o nosso próprio bem. Devemos tomar muito cuidado para não corrermos atrás de revelações, visões, sonhos e profecias. O que Deus deseja que façamos nessa vida para viver conforme o seu agrado, já está revelado em Sua Palavra.
Se no passado você tomou uma decisão e acabou entrando numa canoa furada, como fruto de uma decisão que não agradou a Deus e nem a você mesmo, e está curtindo as conseqüências, nada mais sábio do que planejar hoje mesmo o retorno. Todos nós erramos. Mas o problema maior é persistir no erro e não tomar nenhuma atitude para mudar. Por isso, reflita no seu caso, planeje o retorno, dê meia volta e volte-se para o caminho correto, porque muitas outras decisões ainda virão. E a vida continua!

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